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PORTOS, AEROPORTOS E FRONTEIRAS
Posto da Anvisa no Rio Grande do Sul é reinaugurado após enchentes
Da esquerda para a direita: Bruno Rios, gerente de PAF, Mauda Rocha, coordenadora da Anvisa no RS, Danitza Rojas, diretora interina da Dire 3 e Júlio Colpo, coordenador do Posto da Anvisa no aeroporto de Porto Alegre, descerram placa de reinauguração da coordenação/posto.
É uma jornada ensolarada, de temperatura agradável e céu limpo em Porto Alegre, a capital dos gaúchos. Por contraste, tais condições meteorológicas tornam ainda mais especial o dia de hoje para os dois servidores da Coordenação da Anvisa no Rio Grande do Sul e para oito servidores que atuam no posto da Agência do Aeroporto Internacional Salgado Filho. É o dia da reinauguração da renovada sala do aeroporto, que a partir de agora abrigará as atividades profissionais desses dez servidores e de mais dois estagiários.
Em maio deste ano, os vigilantes sanitários gaúchos passaram a entrar na estatística das milhares de vítimas atingidas pelas cheias que, por quase três meses seguidos, e de forma inclemente, castigaram o estado mais meridional do Brasil. A elevação em níveis recordes das águas do rio Guaíba, que banha a cidade, atingiu em cheio as sedes da coordenação e do posto da Anvisa.
Tanto a coordenação (localizada no Centro Histórico de Porto Alegre) quanto o posto (sediado no próprio aeroporto, no bairro São João) foram invadidos pelas águas da enchente. ''Foi arrasador o que aconteceu em nossa sala no Centro. A água atingiu dois metros dentro do prédio. Eu não tive outra reação a não ser chorar quando vi a extensão do estrago. Foi avassalador! E toda vez que lembro, fico abalada'', diz a coordenadora da Anvisa no estado gaúcho, Mauda Rocha. ''Quando finalmente fomos autorizados a voltar às salas, depois de um mês de chuva, havia lodo por tudo que era lado, prateleiras caídas, documentos encharcados e móveis destruídos. Era de doer o coração!'', lembra a coordenadora-substituta, Luciana Kolm.
Por quase seis meses, as sedes do posto e da coordenação foram deslocadas para um espaço no terminal de cargas do aeroporto, um dos raros endereços poupados pela calamidade decorrente da enchente. Ainda assim, as dificuldades eram imensas: conexão precária com a Internet, isolamento físico e sala sem climatização. ''A destruição nos deixou sem um sentido de existir'', destaca o coordenador do posto, Júlio Colpo. A tragédia climática atingiu até mesmo a vida pessoal dos servidores. No período crítico da enchente, dos dez servidores da Agência, apenas Júlio e Luciana continuaram com acesso à água e à eletricidade em suas casas.
Reconstrução
Os gaúchos são bons de serviço, arregaçaram as mangas (mesmo servidores aposentados ajudaram) e partiram para a reconstrução da sede tão logo a nova sala foi entregue à Anvisa pela Fraport, administradora do aeroporto. A primeira decisão foi a de reunir as duas antigas sedes do posto e da coordenação no mesmo local do aeroporto.
Assim, hoje a sala de 100 metros quadrados conta com duas salas para a coordenação, duas salas para o posto, uma sala de reuniões, dois dormitórios para os plantonistas e uma copa. A nova sala é uma injeção de ânimo para os servidores retomarem com todo o gás o extenso trabalho da coordenação e do posto: inspeção de bagagem e de viajantes internacionais, inspeção de cargas, fiscalização da infraestrutura do aeroporto (água, ar condicionado), de vetores, de resíduos sólidos e dos estabelecimentos comerciais em funcionamento no Salgado Filho. Além disso, a equipe do posto dá apoio a inspeções nos portos secos de Canoas e de Novo Hamburgo, cidades próximas.
Na cerimônia de reinauguração da nova sala, o gerente-geral de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Agência, Bruno Rios, destacou a força de reação dos servidores locais: ''São diferenciados, guerreiros! E com a ajuda dos parceiros, rapidamente reconstruíram a base da Anvisa e retomaram o trabalho, que é tão essencial para a sociedade.''
A diretora interina da Terceira Diretoria, Danitza Rojas, por sua vez, agradeceu nominalmente a cada um dos parceiros, públicos e privados, que estiveram ao lado da Agência no período crítico da tragédia climática. ''A reconstrução das nossas bases exigiu resiliência de nossa parte e dos parceiros, mas o mais relevante foi termos nos colocado outra vez aptos a trabalhar em defesa da população e pela sua tranquilidade. Essa reinauguração é simbólica, pois o valor mais relevante é a vida, a qual a Anvisa pode continuar a defender com suas atividades tão essenciais''.