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Prevenção de infecções
Anvisa promove seminário para debater sepse e segurança do paciente
Na manhã desta sexta-feira (13/9), a Anvisa realizou em sua sede, em Brasília (DF), o seminário “Segurança do Paciente: Estratégias Nacionais para Prevenção e Controle de Infecções, Resistência aos Antimicrobianos e Sepse em Serviços de Saúde”. O evento teve como objetivo destacar duas datas importantes: o Dia Mundial da Sepse (13/9) e o Dia Mundial da Segurança do Paciente (17/9).
Na abertura do seminário, o diretor da Terceira Diretoria da Anvisa, Daniel Meirelles Fernandes Pereira, cumprimentou os participantes e comemorou a presença de um auditório cheio em um evento direcionado a temas tão relevantes. Ele ressaltou, ainda, o esforço contínuo da Agência em quebrar paradigmas e buscar melhorias para a saúde da população brasileira. Desde 1999, a Anvisa coordena o Programa Nacional para Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (PNPCIRAS), entre outras iniciativas de grande impacto no país.
O diretor destacou também a parceria da Agência com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (Centers for Disease Control and Prevention - CDC) dos Estados Unidos e com laboratórios de pesquisa de todo o Brasil, em um projeto para monitorar e fortalecer o sistema brasileiro de vigilância de resistência antimicrobiana. No momento, a iniciativa acontece no Hospital de Base, no Distrito Federal, e no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mas a proposta é que esse projeto seja nacionalizado e contribua para a melhoria da assistência à saúde em todo o país.
Segurança do paciente e mudança de cultura
O evento contou com a participação da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) e teve como palestrante principal o administrador assistente para Saúde Global da entidade, Dr. Atul Gawande. Ele abordou o tema “Segurança do paciente: estratégia para redução dos danos ao paciente em serviços de saúde”, com mediação de Magda Machado de Miranda Costa (Anvisa).
Em sua fala, o representante da USAID enfatizou que, para alcançar o propósito da redução de danos ao paciente no Brasil, é de grande importância, em primeiro lugar, uma mudança de cultura nos serviços de saúde. De acordo com o especialista, isso envolve, por exemplo, o fortalecimento de boas práticas de atenção e higiene, além da adoção regular de protocolos, como o uso racional de antibióticos, e checklists cirúrgicos, como o proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Além disso, o Dr. Atul Gawande ressaltou a necessidade do trabalho com dados, para análise e monitoramento de ações, e um processo gradual na atualização de processos, sem imposições. “Um ditado famoso do Bill Gates diz que a gente superestima quanta mudança pode acontecer em dois anos e subestima quanta mudança pode acontecer em dez anos”, afirmou.
O palestrante destacou também, no contexto da One Health ou Saúde Única (uma abordagem integrada que reconhece a conexão entre a saúde humana, animal, vegetal e ambiental), a relevância de serem estabelecidos e desenvolvidos padrões de forma conjunta, considerando a proliferação de zoonoses, arboviroses e a ameaça da gripe aviária como uma possível próxima grande pandemia.
O seminário contou ainda com a participação de representantes do Ministério da Saúde, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), da Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecções e Epidemiologia Hospitalar (ABIH), da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) e do Instituto Latino-Americano de Sepse (ILAS).
Segundo Daniela Carla de Souza, do ILAS, em 2017 a OMS reconheceu a prevenção e o combate à sepse como prioridades de saúde, mas atualmente a adesão dos países-membro aos planejamentos ainda é baixa. “Hoje estamos trabalhando para desenvolver essa estratégia”, celebra. Para a especialista, através da educação e de programas de melhoria em relação à sepse é possível reduzir o número de óbitos e os custos em saúde no Brasil.
Sepse: 11 milhões de mortes anuais
O Dia Mundial da Sepse (13/9) é uma oportunidade para conscientizar e mobilizar a população na luta contra essa condição, que causa cerca de 11 milhões de mortes anualmente em todo o mundo. A sepse é uma resposta grave e generalizada do organismo a uma infecção. Também chamada de septicemia ou infecção no sangue, é mais conhecida atualmente como infecção generalizada.
Além disso, o Dia Mundial da Segurança do Paciente (17/9) contribui para ampliar as reflexões sobre a importância de prevenir e controlar infecções em ambientes de saúde, reforçando a necessidade de práticas seguras para evitar os casos de sepse e outros danos à saúde.
“Segurança do Paciente: Estratégias Nacionais para Prevenção e Controle de Infecções, Resistência aos Antimicrobianos e Sepse em Serviços de Saúde” - assista na íntegra.
Promovido pela Anvisa, em parceria com a Opas e a USAID, o evento aconteceu de modo presencial, com transmissão on-line ao vivo, e pode ser assistido na íntegra no YouTube.
Transmissão em português: https://www.youtube.com/live/EYNJljWu-4k
Transmissão em inglês: https://www.youtube.com/live/FHolG0T7kc0?si=oiXKiGx5GXOan066