Notícias
Agrotóxicos
Anvisa inicia as coletas do PARA do Ciclo 2024
A Agência de Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em conjunto com as Vigilâncias Sanitárias dos Estados e Municípios e Laboratórios de Saúde Pública, iniciou, no dia 13 de maio, as coletas de alimentos do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA).
O Plano de Amostragem do Ciclo 2024 prevê a coleta de 3.569 amostras de 14 alimentos listados a seguir: abobrinha, aveia, banana, cebola, couve, laranja, maçã, mamão, milho, pepino, pera, soja, trigo e uva.
As amostras do Ciclo 2024 serão coletadas no período de 13 de maio a 6 de dezembro deste ano nos seguintes Estados e no Distrito Federal: AC, AL, AP, AM, BA, CE, ES, GO, MA, MT, MS, MG, PA, PB, PE, PI, RJ, RN, RS, RO, SC, SP, SE e TO. O Ciclo 2024 é o segundo ciclo do Plano Plurianual 2023-2025, que prevê o monitoramento de 36 alimentos, os quais representam 80% do consumo total de alimentos de origem vegetal.
O planejamento da amostragem foi elaborado com a participação de todos os integrantes do PARA e diversas atividades foram realizadas para efetivação do plano. Entre elas, foi realizado Webinar de Treinamento do Ciclo 2024 do PARA, que contou com a participação de cerca de 200 agentes das vigilâncias sanitárias locais do país.
Também foi realizado um encontro presencial em Brasília/DF nos dias 24 e 25 de abril com os representantes de todas as instituições integrantes do PARA. Considerando a temática comemorativa dos 25 anos da Anvisa, o evento possibilitou avaliar os principais avanços ao longo dos 23 anos de existência do PARA, discutir temas técnicos para capacitação dos participantes e propor estratégias sustentáveis de atuação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária - SNVS no monitoramento e controle de resíduos de agrotóxicos em alimentos.
O evento também contou com a participação da empresa PariPassu, que operacionaliza o transporte das amostras do PARA, em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), responsável por essa operação desde 2022 por meio de Acordo de Cooperação Técnica firmado com a Anvisa. O acordo prevê a realização conjunta de atividades visando a melhoria da qualidade dos alimentos consumidos in natura em relação aos resíduos dos agrotóxicos utilizados no país, contribuindo para a melhoria da segurança do alimento disponibilizado para a população na categoria de frutas, legumes e verduras.
Saiba mais
O PARA é resultado de uma ação conjunta da Anvisa, das Vigilâncias Sanitárias (Visas) locais e dos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens). O objetivo é monitorar os resíduos de agrotóxicos nos alimentos que chegam à mesa do consumidor, visando reduzir eventuais riscos à saúde.
As coletas dos alimentos são realizadas pelas Vigilâncias Sanitárias Estaduais e Municipais de acordo com princípios e guias internacionalmente aceitos, como o Codex Alimentarius. Este documento recomenda que a coleta seja feita no local em que a população adquire os alimentos, com vistas a obter amostras com características semelhantes ao que será consumido. Para tanto, as coletas são realizadas semanalmente no mercado varejista, tais como supermercados e sacolões, seguindo programação que envolve seleção prévia dos pontos de coleta e das amostras a serem coletadas.
O PARA iniciou com o monitoramento de cerca de 100 agrotóxicos em 9 alimentos e hoje mais de 300 agrotóxicos são pesquisados em 36 alimentos, totalizando, desde 2001, mais de 40 mil amostras de alimentos de origem vegetal analisadas. A escolha desses alimentos considera principalmente a dieta básica do brasileiro, de acordo com os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE, e os alimentos monitorados no PARA representam hoje cerca de 80% do consumo de alimentos pela população brasileira.
Os resultados do PARA subsidiam medidas a serem tomadas quanto às irregularidades encontradas, além de possibilitar a avaliação e o mapeamento das situações em que os resíduos de agrotóxicos nos alimentos possam representar risco à saúde da população.
O PARA, assim como a Agência que completou 25 anos esse ano, evolui ao longo das últimas duas décadas e se consolidou por meio do trabalho articulado entre a Anvisa, as Vigilâncias Sanitárias (Visas) locais e os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens).