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ABRIGOS COLETIVOS
Instituições de acolhimento: ações contra a Covid-19
Já está disponível no portal da Anvisa a Nota Técnica 01/2020, que traz orientações para a prevenção e o controle da Covid-19 em instituições de acolhimento, tais como abrigos coletivos, albergues e comunidades terapêuticas, entre outras. O material informa sobre sinais e sintomas da doença, formas de transmissão e medidas de proteção.
Também detalha informações sobre as ações que devem ser adotadas em relação aos cuidados gerais com as pessoas que são acolhidas nas instituições, casos suspeitos e confirmados da doença, além de orientações para os trabalhadores e visitantes.
É importante ressaltar que a população acolhida nessas instituições vive em situação de vulnerabilidade devido a diversos fatores sociais, econômicos e etários. Com relação ao novo coronavírus (Sars-CoV-2), o risco de infecção é agravado pela proximidade entre as pessoas acolhidas em abrigos coletivos, pois ela aumenta o risco de infecção pelo novo coronavírus.
Recomendações e cuidados
O material trata de diversas orientações que já são de ampla divulgação, como lavar as mãos com frequência com água corrente e sabão ou higienizá-las com álcool gel a 70%, medida que vale para os acolhidos, profissionais que atuam nos abrigos e visitantes. Para isso, a instituição deve dispor de pontos e materiais para a higiene das mãos nos corredores, recepções, salas de estar, refeitórios, dormitórios e outras áreas comuns.
Os locais devem contar com profissionais para auxiliar os acolhidos que não conseguem higienizar as mãos. Os abrigos para crianças devem manter cuidados para evitar acidentes com relação às preparações alcoólicas, como ingestão ou queimaduras. Conforme orientações do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), nesse caso deve-se dar prioridade à estratégia da lavagem das mãos.
Monitoramento
As instituições devem fazer o monitoramento diário dos acolhidos quanto a febre, problemas respiratórios e outros sinais e sintomas da Covid-19, bem como avaliar as pessoas que passarem pelo processo de admissão.
Além da frequente higienização das mãos, todos devem ser orientados sobre os cuidados ao tossir e espirrar, como cobrir o nariz e a boca com o cotovelo flexionado ou com lenço de papel descartável. Após o uso, os lenços devem ser adequadamente descartados em lixeiras com pedal e as mãos devem ser lavadas.
Dentro dos abrigos, o tempo de circulação em áreas comuns deve ser reduzido e os acolhidos precisam manter a distância mínima de um metro entre eles. Essa distância vale também para locais de refeição e espaço entre as camas nos dormitórios.
Suspeitos e confirmados
Nos casos de suspeita de infecção de algum acolhido, é importante adotar o isolamento, se possível com utilização de quarto individual e banheiro diferenciado dos demais, utilização de máscara cirúrgica e imediata comunicação às autoridades de saúde. Também deve ser feita a desinfecção de todas as áreas por onde o acolhido circulou, para reduzir o risco de propagação da doença na instituição.
Trabalhadores
A nota técnica contém orientações sobre o uso de equipamento de proteção individual (EPI) e recomendações sobre limpeza e desinfecção de ambientes. Informa também que os profissionais que tenham tido contato com indivíduos com sintomas de infecções respiratórias ou com Covid-19 fora da instituição não devem se aproximar dos acolhidos. É recomendado, inclusive, medir a temperatura dos profissionais antes do início das atividades. No caso de febre, a pessoa não deve entrar em contato com os acolhidos e nem com os demais colaboradores do trabalho, devendo voltar para casa, ficar em observação e seguir as orientações das autoridades de saúde.
Visitantes
A orientação é reduzir ao máximo o número, a frequência e a duração das visitas. Na chegada, as instituições devem questionar os visitantes sobre sintomas de infecção respiratória (tosse, febre e dificuldade para respirar, entre outros) e contato prévio com pessoas com suspeita ou diagnóstico de Covid-19. É recomendado que seja avaliada a temperatura do visitante antes de autorizar a sua entrada na instituição.
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