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Adenovírus, placebo, in vitro? Dicionário da pandemia
A pandemia do novo coronavírus trouxe, sem dúvida, inúmeros desafios. Entre eles, a necessidade de compreender termos que antes eram comuns apenas aos profissionais de saúde. Para que a sociedade possa acompanhar, com clareza, as etapas de desenvolvimento das vacinas e tudo relacionado ao tema, a equipe de Comunicação Social da Agência, com a apoio das áreas técnicas, elaborou este glossário.
Uma vez que o objetivo é tornar a linguagem mais simples, vale uma observação: glossário é um dicionário de palavras cujo sentido é pouco conhecido. Sua função, portanto, é esclarecer, tornar compreensível o significado de um vocábulo.
A
Adenovírus: são grupos de vírus que podem causar infecções em diferentes órgãos, porém parecem ter preferência pelas vias respiratórias e pelos órgãos do trato digestivo, urinário e olhos.
Anticorpos: são moléculas produzidas pelos glóbulos brancos do sangue cuja principal função é garantir a defesa do organismo, evitando que uma partícula invasora cause danos à saúde, ou seja, evitando a doença.
D
Desenvolvimento clínico: é o conjunto de todos os estudos conduzidos em seres humanos para avaliar a segurança e a eficácia de um medicamento ou de uma vacina.
E
Evento adverso: é qualquer sinal desfavorável e indesejado, sintoma ou doença temporariamente associada ao cuidado prestado ao paciente e que não está relacionado à evolução natural da doença de base.
Efeito placebo: é quando um indivíduo que recebeu um placebo acredita que o que está utilizando lhe trará benefícios. Essa crença pode modificar hábitos ou alterar a forma como a pessoa se sente. Isso, em alguns casos, auxilia na melhora de sintomas ou altera a percepção da doença pelo indivíduo.
Estudo não clínico: é o estudo realizado em laboratórios e com animais. Diferentemente do estudo clínico, ele não inclui pesquisa com seres humanos.
I
Imunogenicidade: capacidade, por exemplo, de uma vacina incentivar o organismo a produzir anticorpos contra o agente causador da doença.
P
Placebo: produzido para parecer com o tratamento real, porém sem nenhuma substância ativa. É utilizado em grupos de controle de pesquisas para avaliar os efeitos de um medicamento ou de uma vacina. Quando utilizado, espera-se que o grupo controle que recebeu o placebo não apresente nenhuma melhora clínica – em contraposição ao grupo que usou, de fato, o medicamento, que deve apresentar uma melhora substancial para comprovar a eficácia do novo tratamento.
R
Reação adversa: é uma resposta prejudicial ou indesejável e não intencional que ocorre com a administração de medicamentos ou de uma vacina em doses normalmente utilizadas para diagnóstico, prevenção ou tratamento de uma doença. Diferentemente do evento adverso, a reação adversa deve ter ao menos uma relação provável de causa e efeito com o tratamento que está sendo avaliado.
Reatogenicidade: é a capacidade de uma vacina gerar reação adversa local ou sistêmica no organismo.
T
Testes in vitro: são os testes realizados em laboratório, sem envolver animais ou seres humanos, e que fazem parte da fase inicial do desenvolvimento de um medicamento ou vacina.
V
Vacina atenuada: contém agentes infecciosos vivos, porém enfraquecidos. Na vacina atenuada os vírus estão ativos, mas não têm a capacidade de causar a doença.
Vacina inativada: contém os vírus inativados por agentes químicos ou físicos.
Vírus: são agentes infecciosos minúsculos e que podem causar doenças, como, por exemplo, a Covid-19.
Vírus atenuados: são assim chamados porque passam por um processo em que sua capacidade de provocar a doença é reduzida a níveis considerados seguros para a aplicação por meio de uma vacina. Os vírus atenuados ainda são capazes de se multiplicar, mas de forma lenta, apenas para induzir o organismo a uma resposta imune. Essa resposta garante a imunidade do organismo contra o vírus.
Vírus inativados: vírus, digamos, mortos, incapazes de causar infecções. Eles são inativados por agentes químicos ou físicos.
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