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Vigimed: notificações de cidadãos aumentam 212%
A Anvisa registrou aumento do número de notificações feitas por cidadãos sobre eventos adversos relacionados ao uso de medicamentos. Entre os dias 1º de janeiro e 30 de abril deste ano, a média registrada foi de 43,7 notificações por mês. No mesmo período de 2018, houve apenas 14 relatos feitos por cidadãos. A comparação da média mensal de um ano em relação ao outro representa um crescimento de 212,5%.
Nos primeiros quatro meses deste ano (janeiro a abril), houve um total de 175 notificações de eventos adversos a medicamentos, contra 56 em 2018. De acordo com a Agência, o aumento foi notado após a implantação do VigiMed, um novo sistema de notificações que substituiu o antigo Notivisa especificamente para os relatos de eventos adversos, erros ou quase erros relacionados ao uso de medicamentos.
Para o titular da Gerência de Farmacovigilância (GFARM) da Anvisa, Marcelo Vogler, o crescimento das notificações feitas por cidadãos está associado à ampla divulgação sobre o VigiMed e à facilidade de uso do novo sistema, que tem menos campos obrigatórios para preencher.
“É sempre importante termos o maior número possível de notificações, uma vez que o ‘negócio’ da farmacovigilância é a informação. Por isso, quanto mais relatos forem registrados por cidadãos, profissionais de saúde ou outros segmentos, melhor”, afirma Marcelo Vogler.
O gerente da GFARM informa que, futuramente, a Anvisa pretende fazer outras avaliações sobre os dados do VigiMed, com informações de outros notificadores, como os profissionais de saúde.
Sobre o novo sistema de notificação
O VigiMed é baseado em uma solução tecnológica da Organização Mundial da Saúde (OMS), originalmente chamada VigiFlow. O sistema foi concebido para ser operado de forma intuitiva, com navegação fácil e com o auxílio de orientações sobre o preenchimento de campos obrigatórios. O primeiro módulo, destinado aos cidadãos e profissionais de saúde , foi implantado em dezembro de 2018.
Um dos aspectos importantes do VigiMed é a adoção da forma e do padrão de transmissão de notificações harmonizado internacionalmente. Isso qualificará ainda mais as informações do Brasil para uso no banco de dados da OMS, que permite avaliar casos e recomendar medidas em escala global.
O que são eventos adversos
De modo geral, são casos em que um produto tem algum tipo de efeito nocivo não esperado em um paciente, podendo agravar o seu estado de saúde, prolongar períodos de internação e, em situações extremas, até levar ao óbito. Também podem ser caracterizados por efeitos indesejados e não previstos, de qualquer natureza. Outra situação que pode causar um evento adverso é o uso incorreto de um produto.
Farmacovigilância
Cabe às ações de farmacovigilância identificar, avaliar e monitorar a ocorrência dos eventos adversos relacionados ao uso dos medicamentos comercializados no mercado brasileiro, com o objetivo de garantir que os benefícios relacionados ao uso desses produtos sejam maiores que os riscos por eles causados.
Além das reações adversas a medicamentos, são questões relevantes para a farmacovigilância: eventos adversos causados por desvios da qualidade de medicamentos, inefetividade terapêutica, erros de medicação, uso de medicamentos para indicações não aprovadas no registro, uso abusivo, intoxicações e interações medicamentosas.
Referência internacional
O sistema de farmacovigilância do Brasil foi comparado os sistemas de farmacovigilância da Espanha, da União Europeia e dos Estados Unidos. As conclusões indicam que o sistema brasileiro alcançou um alto nível de performance nos indicadores analisados.
Leia a publicação na íntegra https://lnkd.in/eHPUkac
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