Trodelvy (sacituzumabe govitecana): novo registro
Nome do produto |
Trodelvy (sacituzumabe govitecana) |
Empresa |
Gilead Sciences Farmaceutica do Brasil Ltda |
Categoria |
Produto biológico - Registro de Produto Novo
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Indicação |
Trodelvy como monoterapia é indicado para o tratamento de pacientes adultos com câncer de mama triplo-negativo irressecável ou metastático (CMTNm) que receberam duas ou mais terapias sistêmicas anteriores, incluindo pelo menos uma para doença avançada. |
Publicação no DOU | 17/10/2022 |
Mais informações |
O medicamento Trodelvy é um pó liófilo para solução injetável a ser usada pela via intravenosa, que contém 200 mg de sacituzumabe govitecana. Sacituzumabe govitecana é um conjugado anticorpo-medicamento (ADC) direcionado ao Trop-2 que engloba o SN-38, um inibidor da topoisomerase I, acoplado ao anticorpo monoclonal anti-Trop-2 humanizado hRS7IgG1κ por um espaçador hidrolisável. O câncer de mama triplo negativo (CMTN) é definido pela falta de expressão nas células tumorais do receptor de estrogênio (ER), receptor de progesterona (PR) e receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano (HER2), sendo responsável por aproximadamente 15% dos cânceres de mama invasivos. O CMTN está associado à biologia tumoral agressiva e a um prognóstico ruim. O padrão de tratamento para pacientes com CMTNm continua sendo a quimioterapia sequencial com agente único, enquanto os regimes combinados são recomendados para pacientes que apresentam crise visceral. A depender do uso prévio de (neo)adjuvantes, os tratamentos de primeira linha recomendados são taxanos, antraciclinas e também compostos de platina. Outras opções terapêuticas incluem capecitabina, gencitabina, vinorelbina ou eribulina. A quimioterapia padrão está associada a baixas taxas de resposta (10 a 15%) e curta sobrevida livre de progressão (2 a 3 meses) entre pacientes com CMTNm pré-tratado. O estudo aberto IMMU-132-05 atribuiu aleatoriamente 529 pacientes com CMTNm irressecável localmente avançado ou CMTNm em uma proporção de 1:1 para receber sacituzumabe govitecana (SG) ou tratamento de escolha do médico - TPC (eribulina, vinorelbina, gencitabina ou capecitabina). Os pacientes haviam recebido pelo menos 2 regimes de quimioterapia padrão de cuidados anteriores. Os resultados de eficácia na população negativa para metástase cerebral (BMNeg) mostraram uma melhora estatisticamente significativa de sacituzumabe govitecana sobre TPC em sobrevida live de progressão (PFS) e sobrevida global (OS) com taxas de risco (HR) de 0,41 (n = 468; IC 95%: 0,32, 0,52; valor p: <0,0001) e 0,48 (n=468; IC 95%: 0,38, 0,59; valor p: <0,0001), respectivamente. A PFS mediana foi de 5,6 meses vs 1,7 meses; a OS mediana foi de 12,1 meses vs 6,7 meses, em pacientes tratados com sacituzumabe govitecana e TPC, respectivamente. Os resultados de eficácia na população geral (princípio ITT) foram consistentes com a população BMNeg na análise final pré-especificada de PFS e OS com taxas de risco (HR) de 0,43 (n = 529; 95 % CI: 0,35, 0,54; p-valor: <0,0001) e 0,51 (n=468; 95% CI: 0,41, 0,62; p-valor: <0,0001), respectivamente. O perfil de segurança do SG é considerado desfavorável, em comparação com os agentes quimioterápicos do braço controle, principalmente devido às altas taxas de eventos hematológicos (neutropenia grave) e distúrbios gastrointestinais (diarreia grave); no entanto, as toxicidades podem ser consideradas manejáveis pelo suporte com o fator estimulador de colônias de granulócitos e modificações de dose. Dada a melhora significativa na sobrevida global, o benefício de um tratamento com SG supera o aumento das toxicidades, quando comparado com as opções de quimioterapia padrão. Este registro foi priorizado de acordo com a RDC 205/2017 |