OPDUALAG é uma combinação de dose fixa de nivolumabe e relatlimabe. Nivolumabe é um anticorpo monoclonal IgG4 direcionado contra a proteína humana 1 de morte celular programada (PD-1), um receptor expresso em células T CD4+ e CD8+, em células Natural killer (NK), em células B e em monócitos. A interação de PD-1 com seus ligantes, PD-L1 e PD-L2, leva à infrarregulação das respostas de células T, incluindo proliferação de células T e produção de citocinas, e limita a destruição imune de tecidos, incluindo tecidos tumorais. Nivolumabe bloqueia a interação do receptor PD-1, inibindo assim várias interações com o ligante PD-1 e restaura a capacidade de resposta das células T e a capacidade de montar um ataque imunológico direto das células T contra as células tumorais.
OPDUALAG oferece um benefício estatisticamente significativo na sobrevida livre de progressão (SLP) em comparação a nivolumabe em monoterapia para pacientes com melanoma irressecável ou metastático, com uma redução de risco estimada de 25% para progressão da doença ou morte e um ganho na SLP mediana de 5,49 meses em comparação com nivolumabe em monoterapia.
Relatlimabe é um anticorpo específico para o gene 3 de ativação de linfócitos humanos (LAG-3). É expresso como um anticorpo do isotipo imunoglobulina G4 (IgG4) e se liga ao receptor LAG-3 com alta afinidade e bloqueia as interações de LAG-3 com seu ligante conhecido, complexo principal de histocompatibilidade (MHC) de Classe II, que é a molécula de apresentação do antígeno peptídico reconhecida pelas células T CD4+. A ligação de relatlimabe inibe a função reguladora negativa de LAG-3 in vitro. Ao bloquear a via de regulação negativa, relatlimabe aumenta a resposta imune antitumoral e, portanto, tem o potencial de inibir o crescimento de várias doenças malignas quando administrado como agente único ou em combinação com outros anticorpos monoclonais (mAbs) terapêuticos imuno-oncológicos.
Os estudos clínicos demonstraram a eficácia em pacientes com melanoma irressecável ou metastático. A mediana dos resultados da sobrevida livre de progressão (SLP) de 10,12 meses com relatlimabe + nivolumabe versus 4,63 meses com monoterapia com nivolumabe e uma razão de risco (HR) de 0,75 (95% CI: 0,62, 0,92, log-rank p-valor 0,0055), na população geral pode ser considerado um benefício clinicamente relevante. Os dados de sobrevida global (SG), embora não estatisticamente significativos e não totalmente maduros, também mostram uma tendência para um benefício clínico do tratamento combinado em relação à monoterapia. Um efeito prejudicial pode ser excluído.
O perfil de segurança qualitativo da combinação foi comparável ao conhecido para a monoterapia com nivolumabe e não foram identificados novos sinais de segurança. Em geral, relatlimabe + nivolumabe mostrou mais toxicidade do que a monoterapia com nivolumabe, como seria de esperar de um tratamento combinado, por ex. a incidência numérica de eventos adversos graves relacionados ao medicamento de grau 3-4 é maior em pacientes tratados com relatlimabe + nivolumabe versus nivolumabe. Embora as frequências gerais de todos os eventos adversos de causalidade e relacionados ao medicamento também foram maiores no braço relatlimabe + nivolumabe, a maioria era de baixo grau (Graus 1-2) e o perfil de segurança de relatlimabe + nivolumabe foi gerenciável. Notavelmente, no grupo relatlimabe + nivolumabe, 14,6% versus nivolumabe 6,7% dos pacientes tiveram que descontinuar o tratamento devido a eventos adversos relacionados ao medicamento. No geral, o perfil de segurança foi favorável ao uso do produto.