Imfinzi (durvalumabe) e Imjudo (tremelimunabe): nova indicação
Nome do produto |
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Empresa |
Astrazeneca do Brasil LTDA. |
Categoria |
Produto Biológico Novo - Inclusão de Nova Indicação Terapêutica no País. |
Indicação |
Nova indicação IMFINZI® (durvalumabe), em combinação com IMJUDO® (tremelimumabe) e quimioterapia à base de platina é indicado para o tratamento de primeira linha de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) metastático sem mutações sensibilizantes do fator de crescimento epidérmico (EGFR) ou aberrações tumorais genômicas da quinase de linfoma anaplásico (ALK). |
Publicação no DOU | 13/11/2023 |
Mais informações |
O câncer de pulmão é o segundo tipo de câncer mais frequentemente diagnosticado, e continua como a principal causa de morte por câncer no mundo todo. O câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) compreende aproximadamente 85% de todos os casos de câncer de pulmão recém-diagnosticados. Ele inclui diversos subtipos histológicos, dos quais o carcinoma de células não escamosas (p. ex., adenocarcinoma, carcinoma de células grandes) e carcinoma de células escamosas são os mais comuns. Apesar dos avanços feitos na triagem, detecção precoce e estadiamento, a maioria dos pacientes com câncer de pulmão é diagnosticada quando a doença avançou para o estágio metastático e não é suscetível à ressecção cirúrgica. Tratamentos à base de imunoterapia são o padrão de tratamento de primeira linha em pacientes com CPNPC avançado metastático, cujos tumores não apresentam mutações condutoras. A despeito desses desenvolvimentos e das opções de tratamento, as estratégias de tratamento disponíveis aumentam a sobrevida a longo prazo em apenas uma minoria dos casos. O tremelimumabe, um inibidor de CTLA 4, e o durvalumabe, um inibidor de PD L1, são inibidores de checkpoint com mecanismos de ação distintos, porém complementares, em relação à intensificação da resposta imune antitumoral desencadeada por quimioterapia. O tremelimumabe media o bloqueio de funções de CTLA-4 precocemente na resposta imune, reduzindo o limiar para ativação de células T, permitindo que um número maior de células T sejam ativadas, aumentando a diversidade da população de células T. Isso aumenta a probabilidade de uma célula T que reconhece um neoantígeno tumoral se torne ativada. Espera-se que o bloqueio de PD-L1 por durvalumabe funcione principalmente durante a fase efetora da função de células T, depois que as células T entram no tumor, onde atuam para bloquear a supressão local da função de células T por PD-L1, intensificando a capacidade de células T antitumorais ativadas de atacar e matar as células tumorais. O objetivo primário da combinação de imunoterapia com quimioterapia é utilizar estratégias de tratamento que anulam o crescimento tumoral através de mecanismos complementares, com quimioterapia fornecendo um controle inicial da doença e imunoterapias fornecendo benefícios duráveis e prolongados na sobrevida. Embora a combinação de tremelimumabe, durvalumabe e à base de platina não pareça preencher uma necessidade médica não atendida no atual paradigma terapêutico do CPNPC avançado, pode ser considerado outro regime de quimioimunoterapia apropriado neste cenário paliativo. Entretanto, a toxicidade e a tolerabilidade devem ser levadas em conta, particularmente para pacientes mais frágeis ou idosos. |