Entyvio (vedolizumabe): nova indicação
Nome do produto |
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Empresa |
Takeda Pharma Ltda |
Categoria |
Inclusão ou modificação de indicação terapêutica
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Indicação |
ENTYVIO é indicado para o tratamento de pacientes adultos com: Bolsite crônica moderada a grave na fase ativa que foram submetidos à proctocolectomia e bolsa ileal com anastomose ao canal anal por colite ulcerativa e que apresentaram uma resposta inadequada ou perda de resposta com terapia com antibióticos. Entyvio já é aprovado para s seguintes indicações: -Colite ulcerativa moderada a grave na fase ativa que apresentaram uma resposta inadequada, perda de resposta ou são intolerantes ao tratamento convencional ou a um antagonista de fator de necrose tumoral alfa (TNF-α). - Doença de Crohn moderada a grave na fase ativa que apresentaram uma resposta inadequada, perda de resposta ou são intolerantes ao tratamento convencional ou a um antagonista de fator de necrose tumoral alfa (TNF-α). |
Publicação no DOU | 15/04/2024 |
Mais informações |
O vedolizumabe IV oferece benefícios clínicos significativos e uma grande contribuição para os pacientes com bolsite, para os quais há uma grande necessidade médica não atendida. Os pacientes com colite ulcerativa (UC) podem necessitar da remoção do cólon e do reto (proctocolectomia) e a criação de um reservatório denominado de bolsa ileal para auxiliar na retenção de fezes - anastomose bolsa ileal-anal, (ABIA). Embora a ABIA também seja realizada para a condição rara prémaligna de polipose adenomatosa familiar (PAF), a bolsite é relatada mais significativamente em pacientes que têm uma ABIA devido a UC, do que devido a PAF. A bolsite aguda, afeta aproximadamente 50% de todos os pacientes com ABIA para UC, e geralmente responde a um único ou vários cursos de antibioticoterapia; no entanto, 10% a 15% dos pacientes com bolsite aguda podem subsequentemente desenvolver bolsite crônica. A bolsite pode ser considerada responsiva ao tratamento ou refratária ao tratamento, com base na resposta à monoterapia com antibióticos. Pacientes com bolsite crônica que não respondem à terapia convencional apresentam sintomas contínuos que podem levar à falha da bolsa. As consequências da bolsite sem controle efetivo são tão debilitantes que afetam o trabalho, a vida doméstica e a interação social dos pacientes afetados. Antibióticos e terapias de DIIs (doenças inflamatórias intestinais) são atualmente utilizados a longo prazo (e sem prescrição) para induzir e manter a remissão em indivíduos com bolsite crônica. No entanto, vários cursos de antibióticos estão associados ao desenvolvimento de efeitos colaterais relacionados a antibióticos e podem levar à dependência ou resistência a antibióticos. Além disso, os esteroides devem ser usados apenas a curto prazo, e ainda há evidências limitadas para apoiar o uso de imunossupressores a longo prazo. Embora os tratamentos com antifator de necrose tumoral (TNFs) tenham algumas evidências que apoiem a eficácia a curto prazo, a eficácia a longo prazo parece limitada em pacientes com bolsite crônica. Além disso, os anti-TNFs podem ser prejudicados pela imunogenicidade devido à exposição prévia (pré e pós-colectomia) potencialmente levando a uma resposta reduzida ou reações à infusão. No geral, o benefício a longo prazo e a eficácia de várias opções de tratamento, incluindo antibióticos, probióticos e outras intervenções usadas para tratar bolsite, são incertos. Pacientes com bolsite, que respondem bem a antibióticos, geralmente mantêm uma boa qualidade de vida; no entanto, os pacientes que respondem inadequadamente à terapia podem apresentar sintomas graves, incluindo aumento da frequência das fezes, dor, depressão, satisfação reduzida com o papel social e fadiga. Além disso, a idade avançada no momento da ABIA pode afetar o resultado funcional e a qualidade de vida. Relatos de estudos de coorte de longo prazo demonstram que complicações inflamatórias após ABIA criam uma carga significativa para pacientes após colectomia. O maior medo de muitos pacientes é retornar à cirurgia, remover a bolsa e ficar com uma ileostomia permanente. No geral, há uma grande necessidade médica não atendida para essa condição. O Estudo Vedolizumab-4004 utilizou um desenho randomizado e controlado por placebo em uma população de estudo que reflete a população-alvo a ser tratada, ou seja, pacientes com bolsite refratária à antibioticoterapia. A robustez dos resultados da análise primária deste estudo é apoiada por análises de sensibilidade e de subgrupo que mostram consistentemente o benefício do vedolizumabe em comparação com o placebo. Além disso, a consistência interna é refletida nos resultados de desfechos secundários e exploratórios que novamente sugerem benefício do vedolizumabe em comparação com o placebo. Os resultados do estudo são apoiados pela literatura disponível que, embora limitada, fornece informações adicionais sobre os benefícios do vedolizumabe observados em pequenos estudos, mas mais, na experiência clínica com o vedolizumabe usado para tratamento de bolsite crônica inadequadamente controlada com antibióticos. Finalmente, a plausibilidade do vedolizumabe no tratamento da bolsite crônica é apoiada por seu mecanismo de ação e pela fundamentação farmacológica que foi confirmada pelos efeitos conhecidos do vedolizumabe demonstrados em estudos de fase 3 em UC e Doença de Crohn. |