Projetos estratégicos
A Carteira de Projetos Estratégicos da Anvisa é parte do planejamento estratégico institucional e traz um conjunto de projetos destinados a contribuir para o alcance dos objetivos estratégicos da Agência, no ciclo 2024-2027.
Carteira de projetos - ciclo 2024-2027
Reconhecimento da Anvisa como autoridade sanitária de referência internacional na Who Listed Authority (WLA) |
Área líder: Assessoria de Assuntos Internacionais (AINTE) Escopo: Garantir a candidatura, avaliação e reconhecimento da Anvisa como WHO Listed Authority (WLA) pela OMS, com base na ferramenta Global Benchmarking Tool (GBT). Justificativa: As agências avaliadas pela GBT são publicamente listadas pela OMS como confiáveis (WLA). Essas agências terão excelência reconhecida internacionalmente e os produtos regulados por elas se beneficiam de acesso preferencial a sistemas de compras da OMS, bem como de outras organizações e de países que se pautam pelos critérios da OMS. Além disso, esse status fortalece a competitividade internacional de produtos fabricados no Brasil e amplia a possibilidade de reconhecimento unilateral dos atos regulatórios da Anvisa (registros, CBPF etc.), facilitando o acesso a outros mercados. |
UDI - Identificação Unívoca de Dispositivos médicos |
Área líder: Gerência-Geral de Tecnologia de Produtos para Saúde (GGTPS) Escopo: Implementar a identificação positiva de dispositivos médicos registrados na Anvisa, seguindo o padrão do Fórum Internacional de Reguladores em Dispositivos Médicos (IMDRF). Justificativa: A eficácia de atividades de vigilância do mercado é um desafio para fabricantes, usuários e autoridades competentes. A importância desse tema encontra espaço no fato de que a identificação de dispositivos médicos por meio de um sistema UDI amplia significativamente a eficácia de atividades de vigilância após a regularização dos produtos, relacionadas à segurança do paciente, adequadamente utilizado para melhorar o relato de eventos adversos, as ações de campo e o monitoramento pelas autoridades competentes. |
Aprimoramento da Detecção de Risco |
Área líder: Gerência-Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária (GGMON) Escopo: Aprimorar a atuação no monitoramento pós-mercado por meio da implementação e otimização da performance do novo Sistema de Notificações de Produtos e Serviços Sujeitos à Vigilância Sanitária. Justificativa: As ações de vigilância pós-comercialização (Vigipós) acompanham os riscos decorrentes do uso de produtos sujeitos à Vigilância Sanitária, por meio de monitoramento, avaliação, investigação e comunicação de riscos. Para que a Vigipós se desenvolva, é necessária a captação de dados sobre o desempenho desses produtos para que a informação gerada ampare a atividade reguladora do Estado. Sendo assim, torna-se essencial realizar a busca por soluções de tecnologia da informação que atendam às necessidades de vigilância pós-comercialização, visto que os sistemas utilizados atualmente não atendem plenamente a essas demandas, que estão sempre em evolução. |
Adoção do padrão IDMP (Identification of Medicinal Products) |
Área líder: Gerência-Geral de Conhecimento, Inovação e Pesquisa (GGCIP) e Gerência-Geral de Medicamentos (GGMED) Escopo: Implantar o padrão ISO IDMP no processo regulatório de medicamentos no Brasil. Justificativa: O padrão IDMP foi desenvolvido pela Organização Internacional de Normalização (ISO) como resposta a uma demanda mundial por maior harmonização na estrutura de dados e elementos para identificação unívoca e troca de informações regulatórias sobre produtos medicinais. Este padrão objetiva dar suporte às atividades das autoridades regulatórias de medicamentos ao redor do mundo, garantindo maior uniformidade nas informações acerca de produtos medicinais. Sendo um padrão abrangente e complexo, serve como arcabouço para toda a cadeia regulatória de medicamentos, englobando o desenvolvimento de novos produtos, registros, ciclo de vida de produtos medicinais, farmacovigilância, entre outros. |
Qualificação da gestão das ações estratégicas de vigilância sanitária no SNVS (IntegraVisa) |
Área líder: Assessoria do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (ASNVS) Escopo: Subsidiar a qualificação das ações de vigilância sanitária na perspectiva do planejamento e da gestão da qualidade, por meio da elaboração de documento com estratégias norteadoras que contribuam para a maior eficiência, eficácia e efetividade das ações do SNVS, no âmbito do SUS. Justificativa: Implementação das diretrizes de gestão da qualidade, visando à melhoria da eficiência na atuação dos órgãos de vigilância sanitária. |
Registro eletrônico da dispensação de produtos controlados |
Área líder: Gerência de Produtos Controlados (GPCON) Escopo: Estabelecer novo nível de segurança na prescrição e na dispensação de medicamentos controlados, assegurando uma proteção ampliada à saúde pública por meio de um controle mais rigoroso e transparente das transações. Justificativa: A Lei 14.063/2020 estabelece a obrigatoriedade da assinatura eletrônica qualificada para receitas de medicamentos de controle especial, entretanto, ainda não há uma solução tecnológica disponível para o registro eletrônico das dispensações. Essa lacuna representa uma limitação no uso da prescrição eletrônica para medicamentos controlados, o que pode resultar em riscos à saúde pública. |
Regulação Ágil |
Área líder: Assessoria de Melhoria da Qualidade Regulatória (ASREG) Escopo: Implementar conceitos e ferramentas da regulação ágil para aprimorar a atuação da Anvisa. Justificativa: O mundo moderno exige uma atuação regulatória ágil, flexível e orientada para resultados. É necessário que o regulador seja capaz de dar respostas rápidas em face a mudanças cada vez mais dinâmicas e imprevistas no cenário regulatório, de acompanhar o ritmo da inovação, de ser transparente e de aprender com suas experiências, de forma que a regulação se mantenha relevante e hábil para proteger os interesses e necessidades da sociedade. |
Implementação de súmulas no âmbito da Anvisa |
Área líder: Gerência-Geral de Recursos (GGREC) Escopo: Implementar o modelo de súmulas para aumento da eficiência no processo decisório da Anvisa. Justificativa: Num contexto regulatório como o da Anvisa, considerando o volume de decisões que são rotineiramente exaradas, a insegurança jurídica decorrente da ausência de padronização de práticas e de harmonização de entendimentos entre as diversas instâncias da Anvisa figura como um problema a ser prioritariamente solucionado. Com o mesmo esforço, há que se priorizar também a redução da oneração da estrutura administrativa, que atualmente apresenta morosidade no tempo de análise das petições e conta com grande volume de interposição de recursos administrativos. |
Consolidação e integração de dados de VISA na RNDS para apoiar a tomada de decisão em saúde pública |
Área líder: Assessoria do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (ASNVS) Escopo: Fortalecer a integração do SNVS por meio da gestão integrada da informação para apoiar a tomada de decisão. Justificativa: Conforme estabelecido na Lei nº9782/1999, dentre as competências da Anvisa na coordenação do SNVS, tem-se a manutenção do Sistema de Informação em Vigilância Sanitária que deve ser realizada em cooperação com estados, Distrito Federal e municípios. Em cumprimento a essa competência, diferentes Sistemas de Informação foram implementados desde a criação da Agência, visando atender a diferentes necessidades de gestão do SNVS, resultando num cenário de fragmentação da informação. Desta maneira, no intuito de superar tal situação, a Anvisa vem direcionando esforços na implementação de um modelo para a organização e gestão das informações de vigilância sanitária, a ser adotado no âmbito do SNVS, intitulado “Conjunto Mínimo de Dados da Vigilância Sanitária” (CMD-VISA). |
Avalia - Sistema de avaliação automática de documentação para funcionamento de empresas |
Área líder: Gerência-Geral de Inspeção e Fiscalização Sanitária (GGFIS) Escopo: Implantar Inteligência Artificial para análise de pedidos de AFE e fortalecimento de monitoramento e ações integradas de inspeções pelo SNVS. Justificativa: Manutenção dos prazos de análise de AFE estabelecidas pela Lei nº 6.360/1976 em prazo que viabilize o acesso seguro a produtos e serviços essenciais para a saúde da população sem a necessidade crescente de recursos humanos para análises. O prazo de análise dos pedidos de AFE de 2018 a 2023 foi de 47 dias para as 35.873 petições protocoladas no período, o que ocorre devido a capacidade de análise desses pedidos serem totalmente dependentes de análise direto por servidores em cada documento protocolado, o que é insustentável tendo em vista a taxa de crescimento dos pedidos e a necessidade de alocação dos servidores da Anvisa em outras atividades de maior necessidade de análise e decisão por servidores. |
Transformação Digital do PAS |
Área líder: Coordenação de Análise e Julgamento das Infrações Sanitárias (CAJIS) Escopo: Tornar o Processos Administrativos Sanitários (PAS) mais eficiente e eletrônico. Justificativa: Após realização de auditoria do Processo Administrativo Sanitário (PAS) na Anvisa, o Tribunal de Contas da União apontou, por meio do Relatório e Acórdão N° 732/2020, a baixa efetividade do PAS. Desse modo, destacou significativo espaço para aprimoramento do processo administrativo sancionador, com redução de retrabalho e ineficiência. a transformação digital do PAS na Anvisa permitirá intensa mudança organizacional, com uso intensivo de dados, soluções tecnológicas e revisão de processos de forma a tornar o PAS na Anvisa mais transparente e eficiente. |
Programa de Substâncias Químicas de Referência da Farmacopeia Brasileira |
Área líder: Gerência de Laboratórios de Saúde Pública (GELAS) Escopo: Estruturar o Programa de Programa de Substâncias Químicas de Referência da Farmacopeia Brasileira (SQRFB). Justificativa: As Substâncias Químicas de Referência (SQR) são insumos essenciais para a realização de análises de controle de qualidade. Estas, por sua vez, representam uma etapa obrigatória, que antecede a liberação de novos lotes de medicamentos ao mercado. Logo, qualquer interrupção no fornecimento de padrões de referência possivelmente tem impacto no acesso da população a produtos de qualidade. O Programa de SQR visa assegurar a disponibilidade de padrões de referência para contribuir com a autonomia do setor produtivo nacional. Além de colaborar para a política de estabelecimento e qualificação de padrões de referência utilizados nos ensaios laboratoriais, o programa ora em tela, contribui para o alcance dos critérios de avaliação utilizados pela Organização Mundial da Saúde para auditar as autoridades sanitárias nacionais |
Serviço Seguro - Projeto Nacional para a Melhoria da Segurança Sanitária dos serviços de saúde e de interesse para a saúde |
Área líder: Gerência-Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde (GGTES) Escopo: Reduzir o risco potencial dos serviços de saúde e de interesse para a saúde. Justificativa: No período de 2020 a 2023 foi desenvolvido um trabalho estruturante para a melhoria da inspeção, organização de instrumentos harmonizados, incorporação dos instrumentos na rotina da Visa, estruturação de banco de dados, compartilhamento de informações e oferta de capacitação. O monitoramento dados obtidos até o momento permitiram identificar indicadores que colocam alguns serviços na condição de inaceitáveis, o que compromete a segurança do serviço ofertado. A partir de 2024, a proposta é intervir nos riscos identificados por meio de ações que serão executados pela Anvisa, pelos órgãos de vigilâncias sanitárias locais e até em parceria com os outros órgãos para a redução de tais riscos para os seguintes serviços: Central de Material de Esterilização (CME), Centro Cirúrgico (CC), Unidade de Terapia Intensiva – Adulto (UTI-adulto) e Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) em 2024, como piloto. |
Estimando os riscos da ingestão de alimentos contendo múltiplos resíduos de agrotóxicos |
Área líder: Gerência-Geral de Toxicologia (GGTOX) Escopo: Identificar os riscos da exposição simultânea a múltiplos resíduos de agrotóxicos presentes nos alimentos. Justificativa: Os resultados do PARA tem demonstrado que diversos alimentos apresentam mais de um tipo de agrotóxico presente em uma mesma amostra. No último resultado, referente às amostras coletadas no ano de 2022, verificou-se que 40% das amostras analisadas apresentaram dois ou mais resíduos de agrotóxicos diferentes detectados simultaneamente, sendo que 2% apresentaram mais de 10 resíduos de agrotóxicos presentes em uma mesma amostra. Há a possibilidade de potencialização de efeitos adversos à saúde quando os resíduos de agrotóxicos detectados em uma mesma amostra possuem um mesmo modo de ação. No entanto, o fato de serem detectados múltiplos resíduos em uma amostra não caracteriza, por si só, uma irregularidade ou um risco à saúde. A exposição dietética cumulativa a resíduos de agrotóxicos que possuem o mesmo mecanismo de ação tóxica pode ocorrer por meio da ingestão de uma porção de alimento contendo múltiplos resíduos (um alimento tratado com vários agrotóxicos) e de diferentes alimentos contendo diferentes resíduos (vários alimentos tratados com os agrotóxicos avaliados fazendo parte da dieta). |