Evento "Ciclo ESG" reúne especialistas e líderes do setor para debater os desafios e as oportunidades associados ao tema

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deu um importante passo em direção à promoção das práticas ESG (Environment, Social, Governance) com a realização do Ciclo ESG, um marco na conscientização e compromisso com a sustentabilidade, responsabilidade social e governança transparente no setor de transporte terrestre. O Ciclo ESG ocorreu nesta quinta-feira (21/9), na sede da ANTT, em Brasília-DF.

Ao adotar e promover esta ação, que faz parte do programa PROREV, a ANTT se destaca como uma instituição comprometida em liderar pelo exemplo, tornando-se um agente de transformação no âmbito do desenvolvimento sustentável, social e corporativo. Segundo o diretor-geral substituto, Guilherme Theo Sampaio, a temática ESG é perene e está na agenda da Agência. "Nós temos um grande compromisso, tendo em vista que grande parte do transporte nacional está sob a nossa competência", sinalizou Sampaio na abertura do evento.

De acordo com o diretor Felipe Queiroz, propositor da pauta na ANTT, desde que a diretoria colegiada da Agência comprou a ideia, teve como princípio mobilizar todo o ecossistema, envolvendo o setor regulado. "Nossa missão é deixar de ser somente uma agência reguladora, mas ser uma agência fomentadora do tema. É assim que temos nos posicionado. Vamos, através da regulação, fazer com que essa agenda avance num setor que é visto como um setor 'cinza', de alta emissão de gases. Muito mais do que um rótulo, a ANTT assumiu o ESG como valor interno", afirmou o diretor.

A programação do evento incluiu debates, palestras e painéis onde especialistas do tema e líderes do setor discutiram os desafios e as oportunidades associados ao ESG. Os participantes aprofundaram-se em questões críticas que envolvem a agenda ESG e como ela afeta não apenas o setor de transporte terrestre, mas toda a sociedade.

Para a CEO da MoveInfra, Natália Marcassa, o evento foi uma importante oportunidade de discutir o ESG no âmbito dos transportes terrestres e conhecer qual o caminho que será trilhado nos próximos anos. "Pudemos conhecer o que a ANTT tem feito ao longo dos anos, de que forma está melhorando contratos de rodovias e ferrovias, e enxergar quais os efeitos que teremos nas cobranças regulatórias". Em seu pronunciamento, Marcassa apresentou que a MoveInfra, composta por seis entidades do setor de transportes, investe mais de R$ 1 bilhão em ações sociais por ano. Isso impacta comunidades lindeiras, prefeituras e escolas.

O evento foi transmitido ao vivo pelo Canal ANTT no YouTube, clique aqui para assistir. 

ESG na regulação e concessões de rodovias federais – Durante o Ciclo ESG, foram assinados dois termos de cooperação. Um deles foi com a Future Carbon Group, com o propósito de desenvolver ações relacionadas ao ESG no contexto da regulação de transportes terrestres. Isso se baseia na troca de experiências e conhecimentos, bem como na disseminação das melhores práticas nacionais e internacionais. O objetivo é incorporar os valores e metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) nos instrumentos de gestão da ANTT e contribuir para a melhoria dos mecanismos de gestão e fiscalização dos ativos de infraestrutura concedidos, especialmente no que diz respeito às melhores práticas ESG. Além disso, essa colaboração visa auxiliar no desenvolvimento de ações de monitoramento das operações de transporte, com foco na redução das emissões de gases de efeito estufa, bem como apoiar a implementação de projetos que promovam a redução dessas emissões.

O outro termo de cooperação foi assinado com a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) e tem como objetivo estabelecer iniciativas conjuntas para debater e integrar os princípios e valores ESG nos processos e regulamentações do setor de concessão de rodovias. Essa parceria pretende avaliar as perspectivas de incorporação de uma agenda ESG comum nas estratégias corporativas de ambas as entidades, realizar um diagnóstico do ecossistema ESG no setor de concessões de rodovias federais, com o objetivo de estimular uma rede colaborativa de boas práticas e identificar oportunidades para desenvolver ações conjuntas e entregáveis até 2024.