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Contrato da Fiol 1 é assinado na Bahia
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a Valec e a empresa Bahia Mineração S.A (Bamin) assinaram o contrato de subconcessão da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol 1), nesta sexta-feira (3/9), em Sussurana - distrito de Tanhaçu (BA).
O evento contou com a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro; do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas; do diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale; do presidente da Valec, André Kuhn; do presidente da Bamin, Eduardo Ledsham; entre outras autoridades.
“A Fiol, tão aguardada, agora virou realidade e vai transformar a economia da Bahia. Serão bilhões de investimentos, executados majoritariamente nos primeiros cinco anos da subconcessão, promovendo maior eficiência logística e dinamismo na economia. Com isso, a Fiol também beneficiará a vida dos baianos, com a geração de mais de 80 mil empregos, diretos e indiretos. E melhor do que um leilão bem-sucedido é um contrato bem executado”, destacou Rafael Vitale.
Histórico – A Bamin foi vencedora do leilão da Fiol, realizado em 8/4/2021, e ficará responsável pela finalização do empreendimento e operação do trecho de 537 km, em uma subconcessão que vai durar por 35 anos, totalizando R$ 5,41 bilhões de investimentos (Capex) e R$ 13,37 bilhões de custos operacionais (Opex). O segmento vai abranger o trecho ferroviário entre os municípios de Ilhéus/BA e Caetité/BA.
A ferrovia – O corredor logístico visa permitir o escoamento para o mercado externo do minério de ferro do sul da Bahia, por meio do futuro Porto de Ilhéus, além de possibilitar o transporte ferroviário de grãos do oeste baiano ao porto, em direito de passagem.
O traçado da Fiol 1 atravessará as seguintes cidades baianas: Ilhéus, Uruçuca, Aureliano Leal, Ubaitaba, Gongogi, Itagibá, Itagi, Jequié, Manoel Vitorino, Mirante, Tanhaçu, Aracatu, Brumado, Livramento de Nossa Senhora, Lagoa Real, Rio do Antônio, Ibiassucê e Caetité.
A expectativa é de que a Fiol 1 comece a operar em 2026, já transportando 18,4 milhões de toneladas de carga, entre grãos e, principalmente, o minério de ferro produzido na região de Caetité. Volume que vai mais que dobrar em 10 anos, atingindo 45,6 milhões de toneladas em 2036 – sendo a maior parte o minério de ferro. Entre as cargas também estão alimentos processados, cimento, combustíveis, soja em grão, farelo de soja, manufaturados, petroquímicos e outros minerais.
A operação inicial já deve contar com pelo menos 16 locomotivas e mais de 1.400 vagões – pelo menos, 1.100 destinados apenas para o escoamento de minério de ferro. Montante que terá um incremento diante do aumento da demanda, chegando a 34 locomotivas e 2.600 vagões, dentro de dez anos. Além de Ilhéus e Caetité, um terceiro pátio será instalado no município de Brumado.
A subconcessão da Fiol 1 vai permitir a criação de 82.830 empregos diretos, indiretos e efeito-renda ao longo da concessão.
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Projetos futuros – A ANTT e o Governo Federal também trabalham nos projetos para concessão dos outros dois trechos: a Fiol 2, entre Caetité (BA) e Barreiras (BA), com obras em andamento, e a Fiol 3, de Barreiras (BA) a Figueirópolis (TO). Um corredor de escoamento que terá um total de 1.527 km de trilhos, ligando o porto de Ilhéus, no litoral baiano, ao município de Figueirópolis (TO), ponto em que a Fiol se conectará com a Ferrovia Norte-Sul e o restante do país.