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ANTT destaca aceleração e investimentos em infraestrutura no 11º Fórum Caminhos da Safra
Foto: Jeff D’Avila / AESCOM ANTT
O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale, participou, na manhã desta quarta-feira (28/8), em Brasília, do 11º Fórum Caminhos da Safra. O encontro aconteceu na sede da Confederação da Agropecuária e Pecuária do Brasil (CNA) e reuniu especialistas, autoridades e representantes do setor para tratar dos rumos do transporte, infraestrutura, logística e capacidade de escoamento para produção do agronegócio brasileiro.
Em sua fala, Vitale reforçou a importância do papel da ANTT na transformação e modernização das rotas de escoamento da produção agropecuária do país, além de ter destacado como a Agência acelerou e investiu na promoção de melhorias significativas na infraestrutura terrestre, impactando positivamente na agropecuária, em especial no transporte de grãos, nos últimos anos.
"Nós fazemos um trabalho constante, junto com Ministério dos Transportes, ANTAQ e DNIT, além do TCU e governos locais, sendo possível notar mudanças muito grandes. A evolução desde 2010 nos permitiu sair de uma infraestrutura residual para um cenário atual em que rodovias, hidrovias e ferrovias têm se tornado verdadeiros corredores logísticos, vitais para o agronegócio", disse Vitale.
Como exemplo, Vitale mencionou a BR-163, no trecho que liga Itiquira a Sinop, no Mato Grosso, como um case de sucesso da atuação conjunta entre a ANTT, o governo do estado e o Tribunal de Contas da União (TCU). A concessão da via, que estava paralisada e com obras interrompidas, foi reativada por meio de uma troca de controle assistida, resultando em investimentos significativos e melhorias na infraestrutura, como pavimentação e duplicação de vias.
Além disso, a nova concessão da BR-163, envolvendo a concessionária Via Brasil, consolidou o corredor logístico da região, permitindo uma movimentação mais eficiente da produção agrícola. "A infraestrutura vai se aprimorando, especialmente por meio de investimentos privados, pelas concessões, que estão trazendo avanços significativos nas rodovias e ferrovias, além de parcerias institucionais como o DNIT, que está promovendo obras importantes", comentou Vitale.
Este é o quarto contrato firmado para a duplicação da BR-163 em menos de um ano da nova gestão da concessionária. A assinatura da ordem de serviço em 1º de julho de 2023, para início da obra entre Posto Gil e Nova Mutum, marcou a retomada da duplicação da BR-163, após 7 anos parada. Na sequência, foi a vez do trecho de Nova Mutum a Lucas do Rio Verde, iniciado em março deste ano. Mais recentemente, em 24 de maio, foi assinado o contrato para duplicação da Imigrantes.
Entre os projetos em destaque, está a recente concessão da descida da Serra de Paranaguá, que promete ampliar a capacidade de escoamento, melhorar o serviço de guincho e facilitar o acesso ao Porto de Paranaguá. No Paraná, o futuro pacote de concessões, que abrange mais de 3 mil km de rodovias e prevê mais de 1,5 mil km de duplicações, representa o maior investimento em infraestrutura rodoviária em uma única região, somando mais de R$ 50 bilhões.
Outro ponto importante são as ferrovias, com projetos como a FICO (Ferrovia de Integração Centro-Oeste) e a FIOL 2 (Ferrovia de Integração Oeste-Leste), que estão em construção e devem entrar em operação nos próximos dois anos. Esses projetos são essenciais para consolidar novos corredores logísticos, como o oeste-leste e o norte-sul, integrando ainda mais a produção agrícola às ferrovias.
Vitale também mencionou o avanço na Transnordestina, que promete se tornar uma nova rota logística para o transporte de grãos por ferrovia. "Todos os investimentos estão dentro do cronograma e com um andamento satisfatório. A regulação moderna e os incentivos ao investimento estão acelerando o ritmo das concessões, trazendo cada vez mais inovação para o setor", concluiu Vitale.
Sobre o 11º Fórum Caminhos da Safra
O 11º Fórum Caminhos da Safra é uma série de reportagens do projeto Caminhos da Safra, da Globo Rural, que visa mapear as condições das principais rotas da produção agropecuária do Brasil. A edição de 2024 marca 11 anos de projeto. A intenção é mostrar os desafios ao longo de cada percurso, além de mapear a situação de importantes terminais portuários para o setor.
O evento foi dividido em dois painéis. O primeiro tratou de novas rotas da produção, o que operadores e terminais portuários estão fazendo planejando e investindo em estruturas e aumento de capacidade para consolidar corredores logísticos e ampliar a movimentação de cargas.
O segundo painel trouxe temas relacionados à inovação e sustentabilidade na logística. Além de apresentar soluções, os debatedores falaram sobre assuntos como conectividade, tecnologia de operações e descarbonização da matriz de transporte, especialmente a ligada ao agronegócio.
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Assessoria Especial de Comunicação - AESCOM ANTT
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