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Reunião Participativa sobre nova ferrovia lota auditório em Lucas do Rio Verde MT
Com o auditório da Fundação Rio Verde lotado (mais de 500 pessoas), a ANTT realizou nesta sexta-feira (24/05), reunião participativa, na cidade de Lucas do Rio Verde (MT), para colher subsídios para as discussões para a elaboração dos estudos pertinentes à concessão do trecho ferroviário entre esta cidade e Campinorte (GO).
O diretor-geral da Agência, Jorge Bastos, e o diretor Carlos Fernando enfatizaram o caráter do encontro: ouvir sugestões e contribuições que ajudarão na construção das condições em que se dará a concessão da ferrovia ao setor privado.
Com 1.065 km de extensão e investimentos de cerca de R$ 6,6 bilhões, a ferrovia integra o Plano de Investimento em Logística (PIL), lançado no ano passado pelo governo federal. Os trilhos cortarão 16 municípios nos estados de Mato Grosso e Goiás.
Em Campinorte, fará conexão com a Ferrovia Norte Sul, permitindo acesso aos portos da região Norte do país e, futuramente, ao Sul.
A reunião ocorreu dentro da programação da ShowSafra, feira anual de tecnologia agrícola promovida pela Fundação Rio Verde, uma entidade privada do município de Lucas do Rio Verde, voltada para a pesquisa agrícola.
A execução do projeto ferroviário é considerada obra de redenção da região, segundo o prefeito de Lucas do Rio Verde, Otaviano Pivetta.
Com o funcionamento da ferrovia, será possível incorporar áreas degradadas usadas pela pecuária para a produção de grãos. A região produz atualmente 20 milhões de toneladas e enfrenta problemas para o escoamento da safra devido a precariedade da infraestrutura.
Atualmente, a BR-163 está sobrecarregada com o intenso movimento de carretas que transportam grãos colhidos na região para os portos de Santos e Paranaguá. “Hoje damos o primeiro passo para ajudar o Brasil ser competitivo”, afirmou o senador Blairo Maggi, presente ao encontro.
Além de aumentar a competição entre os modais de transporte, a ferrovia Lucas do Rio Verde-Campinorte criará condições para que o estado de Mato Grosso amplie, em curto espaço de tempo, em 50%, sua produção de grãos, passando dos atuais 45 milhões para 60 milhões.