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Nove Estados já têm projetos de veículos leves
A necessidade de ampliação da infraestrutura de transporte urbano para atender à demanda de passageiros durante a Copa do Mundo estimulou o desenvolvimento de projetos de veículos leves sobre trilhos, os VLTs, também conhecidos como metrô de superfície. No total, estão sendo desenvolvidos 11 projetos, em 9 Estados. Nem todos devem ficar prontos até o ano que vem, mas a introdução desse sistema na malha urbana significa o resgate de um tipo de transporte que funcionou nas principais capitais brasileiras até os anos 1960 e 1970, os bondes elétricos.
"As seis linhas de VLT no Rio terão 28 quilômetros. Nos anos 1960, a cidade tinha 400 quilômetros de bondes, que não deveriam ter sido retirados do centro da cidade", compara Joubert Flores, presidente da Associação Nacional dos Transportes de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos). O bonde moderno destina-se a trajetos com média demanda, de cerca de 40 mil passageiros por hora e por sentido. No Rio, o VLT ligará a região portuária ao centro financeiro da cidade e Aeroporto Santos Dumont. O projeto prevê seis linhas com 42 paradas e o sistema será integrado a metrô, trens, barcas, BRT"s, linhas de ônibus convencionais e teleférico do Morro da Providência.
Quando o sistema estiver concluído, sua capacidade atingirá 285 mil passageiros por dia. Cada carro poderá transportar até 415 passageiros, a uma velocidade média de 17 km/hora, e o intervalo entre veículos poderá variar entre 3 e 15 minutos, conforme a linha e período do dia. O repasse de recursos do PAC da Mobilidade para implantação do VLT do Rio foi assinado em 16 de junho e a obra deve ser concluída em até 36 meses. O sistema será construído e operado pelo Consórcio VLT Carioca, formado pelas empresas Actua-CCR, Invepar, OTP-Odebrecht Transportes, Riopar, RATP e Benito Roggio Transporte, vencedor da licitação para uma parceria público-privada (PPP). Com investimentos totais de R$ 1,164 bilhão, dos quais R$ 532 milhões do Ministério das Cidades e R$ 632 milhões da contrapartida da Prefeitura do Rio, o sistema será entregue em duas etapas, em 2015 e 2016.
O Estado de São Paulo conta com dois projetos, na Baixada Santista, com trajeto de 15 quilômetros, e em São José dos Campos, com 94. Orçado em R$ 503,6 milhões e com obras inauguradas em maio, o projeto de Santos poderá ser o primeiro do país, projetado para transportar 135 mil passageiros por dia. O primeiro trecho, de Santos a São Vicente, deve ficar pronto em meados de 2014 e transportar cerca de 70 mil passageiros. O primeiro VLT deve começar a circular em julho de 2014.
Já o VLT de Cuiabá (MT), Orçado em R$ 1,477 bilhão, iniciado no segundo semestre do ano passado e com 27,6% das obras executadas, terá 22,2 quilômetros e 33 estações.
(Valor Econômico - SP
Edição do dia 24/06/2013)