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Minas dá início ao projeto de trens de passageiros
Secretaria de Gestão Metropolitana (Segem) do governo de Minas Gerais selecionou duas empresas para o desenvolvimento do plano básico de engenharia para dois trechos previstos na PPP das ferrovias
O plano é de restauração da malha ferroviária da Região Metropolitana de Belo Horizonte e sua utilização para transporte de passageiros, em traçado que abrange, no total, 21 municípios, com extensão de cerca de 450 quilômetros.
Dados preliminares de um estudo encomendado à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontou um potencial de demanda de 120 mil passageiros ao dia. Como comparação, o metrô de Belo Horizonte transporta uma média de 215 mil passageiros diariamente
As empresas selecionadas deverão entregar os estudos até fevereiro de 2013 e, até meados do mesmo ano, deverá ser desenvolvido o edital de licitação para concessão dos trechos à iniciativa privada. O início da concessão está previsto para 2014.
Traçado
No primeiro lote, de Divinópolis a Sete Lagoas, dos 245,4 quilômetros de extensão, 110 deles são duplicados. Em cinco quilômetros, de General Carneiro a Sete Lagoas não haverá revitalização, mas a construção do trecho.
O projeto básico e a proposta de modelo de concessão ficará por conta da Brasell Gestão Empresarial, sediada em São Paulo.
O segundo lote, de Belo Horizonte a Brumadinho, com derivação até o Eldorado (Contagem) e outra para Águas Claras (Nova Lima) terá o projeto e a modelagem de concessão elaborada pela construtora mineira Aterpa M. Martins e a Vertran Gerenciamento e Controle de Tráfego.
Investimento
A Segem estima que essas empresas deverão desembolsar entre R$ 6 milhões e R$ 8 milhões nos levantamentos. “Haverá o ressarcimento a essas empresas somente no caso de seus projetos serem implementados”, afirmou o diretor de Planejamento Metropolitano, Articulação e Intersetorialidade da Segem, Adrián Machado Batista.
Em um terceiro trecho, que vai de Belo Horizonte a Ouro Preto, não houve interessados na iniciativa privada e o Estado vai confeccionar o projeto por conta própria. Já o lote que pretendia revitalizar ferrovias no Vale do Aço foi suspenso. Nenhuma empresa manifestou interesse e o Estado decidiu suspender o projeto.
Fonte: Hoje em Dia