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Estudo de viabilidade do trem regional de passageiros é apresentado
Em audiência pública, na manhã desta quinta (28), o coordenador do Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Rodolfo Nicolazzi Fhilippi, apresentou o estudo de viabilidade técnica, econômica, financeira, social e ambiental para o sistema de transporte ferroviário de passageiros ligando os municípios de Rio Grande, Pelotas e Capão do Leão. A apresentação aconteceu no auditório do IFRS – Câmpus Rio Grande e contou com as presenças do técnico do Ministério dos Transportes, Carlos Alberto Bandeira de Mello, do assessor da ANTT, José Queiroz, do prefeito do Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer, de representantes das prefeituras São José do Norte, Pelotas e Capão do Leão, entre outros.
“Estou convencido de que mais do que viável, é uma necessidade”, afirmou Fhilippi, sobre a concretização do sistema de transporte ferroviário de passageiros na região. Com base no estudo, o coordenador afirma que a implementação do sistema poderá trazer ótimos resultados para a região. Entre eles, citou a redução da ociosidade de trechos ferroviários, a promoção da integração regional, a revitalização urbana e requalificação dos espaços públicos, a dinamização da economia regional, o desenvolvimento de empreendimentos ao longo do trecho, solução para problemas de trânsito, redução da emissão de poluentes, redução do número de acidentes rodoviários e menor necessidade de gastos com conservação e restauração de rodovias.
Na oportunidade, Fhilippi apresentou o traçado para a linha férrea que percorrerá 99,285 quilômetros desde Capão do Leão até o balneário Cassino. O traçado é divido em três trechos, sendo o trecho compreendido entre os municípios de Capão do Leão e Pelotas (S1) com 54,506 quilômetros; o trecho entre Pelotas e Rio Grande (S2) com 8,775 quilômetros, e o trecho que percorre a área urbana do município do Rio Grande (S3) com 36,004 quilômetros. O S3 formará um anel passando pelos distritos (Povo Novo, Domingos Petroline, Quinta), centro do Rio Grande, região portuária e Cassino. Ainda está em discussão a possibilidade de o traçado na área urbana do Rio Grande ser duplicado (viabilizando que o trem circule nos dois sentidos).
O estudo propõe 43 estações ao todo, seis em Capão do Leão, seis em Pelotas e 31 em Rio Grande. Também está previsto no projeto, a construção de 16 pontes e reforma de outras 4 e a instalação de 10 passarelas ao longo de todo o trajeto. Levando-se em conta todas essas obras, entre outras construções de apoio, estima-se um gasto total de R$ 339,4 milhões com a duplicação da linha S3, sem a duplicação os investimentos ficam em torno de R$ 302 milhões.
Com o estudo pronto, os próximos passos para a concretização do sistema são a prospecção de interessados na outorga, definição de licitação e editais, divulgação do vencedor da licitação, captação de financiamento, aquisição de material rodante e execução de obras de melhorias e obtenção de outorga. E não existe ainda um prazo estimado para a entrada em operação do sistema de transporte ferroviário de passageiros da região.