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Convênio entre a ANTT e ABPF vai identificar patrimônio histórico ferroviário
O diretor-geral em exercício da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Ivo Borges, assinou convênio de cooperação técnica com a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF) para levantar o patrimônio histórico de ferrovias.
No valor de R$ 386,8 mil, o termo de cooperação foi assinado na sede da ABPF, na estação de Anhumas, na antiga Estrada de Ferro Mogiana, em Campinas (SP) nesta quinta-feira (20/09).
O convênio tem por objetivo, especificamente levantamento, identificação, documentação e cadastro de material rodante, oficinas e rotundas de valor histórico existentes no Rio Grande do Sul.
Essa forma de cooperação faz parte das atribuições da ANTT e tem por objetivo, contribuir para a preservação do patrimônio histórico e da memória das ferrovias existentes no Brasil.
“É o primeiro convênio nesse sentido, que se reveste de importância histórica na preservação da memória ferroviária”, enfatizou Ivo Borges.
A Lei 10.233 de 2001 dispõe que a agência faça esse tipo de convênio para cooperação com instituições culturais com o objetivo de preservação do patrimônio histórico das ferrovias.
Caberá à ABPF promover o levantamento (trabalho de capo) em toda a malha ferroviária que pertenceu à antiga Rede Ferroviária Federal (RFFSA).
O resultado desse levantamento servirá de base para futuros projetos de intervenção destinados à preservação, revitalização e valorização desse patrimônio.
Os dados colhidos serão também destinados à divulgação do acervo da malha ferroviária brasileira, do século 19 à primeira metade do século 20, por meio de site na internet ou outras formas de divulgação.
Participaram do ato de assinatura do convênio, além do diretor da ANTT, Hélio Gazetta Filho, presidente da ABPF, e Geraldo Godoy, da assessoria da entidade.
Após a cerimônia de assinatura, os presentes fizeram o percurso de 20 km (ida e volta) da estação de Anhumas a Tanquinho (entre Campinas e Jaguariúna), utilizando um trem turístico que foi recuperado pela ABPF.
A locomotiva a vapor (Maria Fumaça), utilizada no percurso, foi feita nos Estados Unidos em 1912 e o vagão, construído em 1950, na antiga Ferrovia Noroeste do Brasil, que fazia a ligação entre Bauru (SP) e Corumbá (MS).