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Concessionárias de ferrovias devem investir R$ 6 bilhões entre 2014 e 2016
As concessionárias de ferrovias no País devem investir R$ 6 bilhões no modal entre 2014 e 2016, segundo a Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF). A previsão positiva aconteceu após a entidade anunciar que o modal transportou ano passado 490 milhões de toneladas úteis, alta de 1,8% ante a 2012.
Ao todo, o País conta com 11 empresas concessionárias de ferrovias e, segundo o balanço da ANTF, elas investiram R$ 4,6 bilhões no modal ao longo de 2013. Segundo a associação, o valor do investimento não contempla os aportes feitos para expansão da malha ferroviária, apenas o investido em modernização e melhoria dos trechos já existentes.
Segundo o balanço, o destaque da operação ano passado foi o movimento de minério de ferro e carvão que, juntos, responderam por 75,1% do transporte no ano. Outro destaque foram os produtos agrícolas, com participação de 14,86%.
A associação ressalta ainda que de 1997 - quando as concessões foram realizadas - para 2013 a movimentação de cargas por meio do modal avançou 94,1%, passando de 253,3 milhões para 490 milhões de toneladas. Até 2016, a previsão é que esse montante chegue a 550 milhões de toneladas, alta de 12,5% em relação ao patamar atual. Já o número de contêineres transportados pelos trens aumentou 25% em 2013, ante 2012.
Nos últimos três anos, a malha operada pela iniciativa privada no País ganhou apenas 260 novos quilômetros de trilhos, por meio da construção do trecho entre Alto Araguaia e Rondonópolis, no Mato Grosso, que custou R$ 880 milhões.
Leilão de ferrovias
O presidente da entidade, Rodrigo Vilaça, não acredita que o governo deva fazer novas licitações ferroviárias dentro do Programa de Investimento em Logística (PIL) ainda este ano. Na opinião do executivo, o modelo adotado pelo governo federal ainda precisa passar por uma série de ajustes para conseguir a aprovação e aceitação do mercado. "Não acredito em nenhuma concessão ferroviária este ano porque ainda existe o 'risco Valec' e a necessidade de estimular os investidores em projetos de longo prazo que exigem aportes significativos", afirmou Vilaça.
Entre as questões que precisam ser equacionadas, na opinião do executivo, está a burocracia no licenciamento ambiental dos projetos, desapropriações a obtenção de financiamentos com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além do chamado risco Valeq, caracterizado pelo medo do investidor de tomar um calote da estatal Valec, criada pelo governo para comprar a capacidade de carga das ferrovias.