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Brasília vai parar
Diretor-superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) Brasília vai parar e não é por convocação de manifestantes: vai parar porque será impossível circular no trânsito da cidade. Estudos do PDTU/GDF indicam um colapso das principais vias do DF em 2020. São apenas sete anos se os trilhos não chegarem.
Os protestos de rua pedem: mobilidade com dignidade. O império do pneu não pode mais adiar esta urgente decisão. A indicação científica dos estudos, hoje, é reivindicação popular. Nos dois últimos anos a Sudeco trabalha para que o trem seja a opção viável se quisermos ter algum futuro. As principais cidades no mundo se movem principalmente pelos trilhos do Metrô, VLT – veículo leve sobre trilhos - e trens de média e alta velocidades.
O trem Brasília/Luziânia, para cargas e passageiros, beneficiará 500 mil habitantes. O edital, lançado pela Sudeco/ANTT/GO/GDF, prevê a contratação de empresa para estudos técnicos da viabilidade econômica, operacional e ambiental. O trecho já conta com trilhos para ligar as cidades e o custo será menor. Cerca de 40 mil carros poderão ser retirados das vias.
O trem de passageiros TMV, que chega a 180 km/h, ligando Brasília-Anápolis-Goiânia é outra emergência. O IBGE e o Ipea indicam a concentração de 12 milhões de habitantes, até 2027, nessa região. O consórcio vencedor elabora o Estudo de Viabilidade Técnica Econômica e Sócio Ambiental (EVTEA).
O trem da esperança já partiu, sua necessidade é mais que urgente e útil: resta chegar na estação dos que querem realmente um desenvolvimento justo e acessível para muitos. Se a cidade parar, que seja por cidadania e busca de dias melhores, nunca parar pelo congestionamento do seu presente/futuro
Marcelo Dourado
Jornal de Brasília
Edição de 23/07/2013