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ANTT prevê crescimento no setor ferroviário em 2006
O diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), José Alexandre Resende, estimou nesta sexta-feira (16) que o setor de transporte ferroviário poderá crescer cerca de 20% em 2006 em relação a 2005, no volume de toneladas transportadas por quilômetro útil (TKU).
A afirmação do diretor-geral está baseada nos números do setor no ano de 2004 apresentados durante entrevista coletiva realizada na sede da agência, em Brasília. José Alexandre lembrou que o crescimento também está atrelado ao processo de reestruturação societária da Brasil Ferrovias (Ferroban, Ferronorte e Novoeste) ocorrido em maio de 2005.
A reestruturação societária das ferrovias e o saneamento do setor, com sua regulamentação, está permitindo que as empresas firmem contratos mais longos de até 22 anos, que eram de um a três anos. “A regulamentação deu maior estabilidade ao setor facilitando a tomada de empréstimos”, afirmou o diretor.
A produção de transporte em 2004 atingiu a carga recorde de 206 bilhões de toneladas por quilômetro útil (TKU) contra 183 bilhões registrados no ano e 2003, que representou um crescimento de 12,6%. Para este ano José Alexandre disse que o crescimento do setor deve ficar no patamar do ano passado, pois estará refletindo o resultado negativo das empresas do grupo que compõem a Brasil Ferrovias.
Os investimentos das 11 concessionárias em 2004 totalizaram R$ 1,890 bilhão representando um crescimento de 76,3% em relação a 2003. Os principais investimentos ocorrem em material rodante, infra e superestrutura, comunicação e sinalização e oficinas. Este ano a expectativa é de que as concessionárias encomendem à indústria 7.500 vagões.
Em relação ao índice de acidentes houve uma redução de 11,1% entre os anos de 2004 e 2003. Segundo José Alexandre,nos contratos de concessão não está estabelecido o volume de investimentos que as empresas têm que fazer, mas há a obrigatoriedade das concessionárias encaminharem a ANTT, no início de cada ano, o seu plano trienal de investimentos. Cabe, no entanto, à ANTT estabelecer as metas de produção (transporte de cargas) e de redução de acidentes.