ANTT define metas para ferrovias da Vale do Rio Doce

A Agência Nacional de Transportes Terrestres definiu nesta quinta-feira (18), metas de produção e de redução de acidentes para as Ferrovias da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD): Estrada de Ferro Vitória a Minas e Estrada de Ferro Carajás, para o qüinqüênio 2003/2007. Segundo o diretor-geral da ANTT, José Alexandre Resende, esta é a primeira vez em que são estabelecidas metas de produção para a CVRD no transporte de cargas para terceiros. “A iniciativa de se estabelecer metas de produção e redução de acidentes propiciará a ampliação e melhorias na prestação de serviços públicos de transporte ferroviário de cargas nas ferrovias operadas pela CVRD”.

Pelas metas estabelecidas, a produção referente ao transporte de cargas para terceiros da Estrada de Ferro Vitória a Minas, no último ano do qüinqüênio (2007), será de, no mínimo, 17,80 bilhões de TKU (Tonelada Quilômetro Útil), representando um acréscimo de 11,3% em relação a produção realizada em 2002. Do total de 333 bilhões de TKUs (Tonelada por Quilômetro Útil) transportadas entre os anos de 1997 e 2002 pela Vitória a Minas, 72% são de carga própria (minério de ferro, minério de manganês, cloreto de potássio, ferro sílico e cal), e 28% de carga para terceiros (usinas siderúrgicas, produtores de cimento e Grupo Votorantim).

A meta de produção da Estrada de Ferro Carajás, no último qüinqüênio (2007), será de, no mínimo, 3,40 bilhões de TKU (Tonelada por Quilômetro Útil), representando um acréscimo de 13,3% em relação a produção de 2002. Dos 266 bilhões de TKUs (Tonelada por Quilômetro Útil), transportadas pela Carajás, entre os anos de 1997 e 2002, 94% do total são de carga própria (minério de ferro e minério de manganês), e 6% para terceiros ( ferro Gusa, soja e combustíveis).

Acidentes nas ferrovias

As metas de acidentes foram estabelecidas para as ferrovias da CVRD para o qüinqüênio 2003/2007. O número de acidentes na Estrada de Ferro Vitória a Minas em 2007 não poderá ultrapassar o quantitativo de 21,3 acidentes por milhão de trem.Km, que representará uma redução de 15,5% na incidência de acidentes verificada em 2003.

Já o índice de acidentes para a Estrada de Ferro Carajás não poderá ultrapassar 12,2 acidentes por milhão de trem.Km, que é considerado um dos menores índices do mundo.

A ANTT esclarece que o não cumprimento das metas mínimas estabelecidas sujeitará a Companhia Vale do Rio Doce às penalidades previstas na Resolução nº 288/03, que estabelece multas pecuniárias proporcionais aos desvios registrados na execução das metas de produção e de redução de acidentes.

A extensão da malha da Vitória a Minas que atende aos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo é de 898 Km, enquanto a da malha da Carajás, que opera nos Estados do Pará e Maranhão, é de 892 Km.

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