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ANTAQ realiza ações de educação ambiental em terminal de passageiros em Belém
A ANTAQ realizou, nesta sexta-feira (7), ações de educação ambiental no Terminal de Passageiros Luiz Rebelo Neto, em Belém. Foram desenvolvidas atividades educacionais com divulgação de práticas ambientalmente adequadas para a preservação dos rios, reciclagem e reutilização de resíduos. As atividades fizeram parte da segunda edição da campanha “Rio Limpo, Amazônia Viva”, que segue até amanhã (8), quando ocorrerá uma caminhada a partir das 8h, com início no Ver-o-Rio.
Durante o dia inteiro, servidores da ANTAQ orientaram os passageiros por meio da entrega de cartilhas. Os materiais distribuídos fazem referência aos direitos e deveres dos passageiros de embarcações e à coleta seletiva de resíduos.
Escalpelamento
Outras instituições participaram das atividades. Entre elas, a Marinha do Brasil, que realizou apresentações sobre escalpelamento, que acontece quando a pessoa perde todo o couro cabeludo e, às vezes, até parte do rosto. Esse acidente ocorre quando o cabelo fica preso no eixo (em movimento) do barco. As vítimas são, na maioria, crianças e mulheres que utilizam embarcações como meio de transporte. A Lei 11.970/09 torna obrigatório o uso de proteção no motor, eixo e partes móveis das embarcações, de forma a proteger os passageiros e tripulações de acidentes.
A segundo-tenente Vanessa Rafael diz que, na Capitania dos Portos da Amazônia Oriental, houve seis escalpelamentos nesse ano, contra um em 2017. O número surpreendeu a Marinha, visto que a instituição instalou 237 coberturas de eixo nas embarcações em 2018. Em 2017, foram 64. A militar ressalta que a instalação do equipamento é gratuita e demora apenas trinta minutos. As coberturas de eixo são doadas à Marinha por instituições privadas. Mais informações sobre o assunto pelo telefone: (91) 3218-3950.
A segundo-tenente diz que a Capitania dos Portos da Amazônia Oriental visita municípios paraenses para realizar ações educativas sobre o perigo do escalpelamento. Nessa ação, estão envolvidos 160 militares. “A prefeitura faz a solicitação, e a Marinha oferece a capacitação”, explica Vanessa Rafael, informando que os militares já visitaram mais de uma centena de cidades para alertar sobre esse tipo de acidente.
A segundo-tenente explica que a maioria dos acidentes acontece porque a pessoa se abaixa para retirar a água que entra na embarcação e, assim, acontece o escalpelamento. Além das explicações sobre esse acidente, os militares que estiveram no terminal orientaram os passageiros a colocarem o colete salva-vidas.
Outras atividades
As atividades foram bem diversas. A Universidade Federal do Pará abordou os passageiros para oferecer informações sobre alimentação sustentável e sustentabilidade. A futura engenheira de alimentos, Mayra Braga, que cursa o sexto semestre, distribuiu panfletos que informavam sobre a importância de se lavar as mãos e sobre os perigos das contaminações química, física e biológica dos alimentos. “Uma forma fácil de se higienizar os alimentos é usando uma solução com água sanitária”, disse.
Representantes da Companhia Docas do Pará realizaram apresentações sobre a destinação correta dos resíduos. Servidores da Anvisa proferiram palestra sobre como cuidar da saúde nas viagens e deram dicas sobre febre amarela e malária, acondicionamento de alimentos, entre outras informações. Os passageiros também puderam aferir a pressão arterial, receberam preservativos e fizeram teste de bioimpedância (voltado para uma análise completa para avaliação do peso corporal). Sandra Borges, da Propaz, proferiu palestra sobre tráfico de pessoas. A programação foi encerrada pela orquestra da Emaús.