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ANTAQ divulga os números da movimentação portuária de 2018
A Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ divulgou nesta terça-feira o seu Estatístico Aquaviário, com os números da movimentação portuária do país em 2018. A apresentação foi feita durante a solenidade de comemoração do 17º aniversário da Autarquia, realizada hoje (12), na sede da Agência, em Brasília.
A movimentação dos portos públicos e terminais privados brasileira cresceu 2,7%, em 2018 em comparação a 2017, totalizando 1,117 bilhão de toneladas. “Quando a comparação compreende o período 2010/2018, o crescimento da movimentação de cargas atingiu 33%”, observou o gerente de Estatística e Avaliação de Desempenho GEA/SDS da ANTAQ, Fernando Serra, que fez a apresentação.
Considerando o perfil da carga, os granéis sólidos representaram 64% da movimentação total das instalações portuárias brasileiras em 2018, com 712 milhões de toneladas movimentadas. Já a movimentação de contêineres somou 112,8 milhões de toneladas, representando crescimento de 4,8% em relação ao total movimentado desse tipo de carga em 2017, e 52% na comparação do período 2010/2018.
A ANTAQ produz as estatísticas do setor aquaviário desde 2004. A partir de 2010, sua base de dados passou a contar com estatísticas de todas as instalações portuárias do país e, “hoje, são referência nacional e internacional em termos de dados do setor”, mencionou Serra.
No ranking de movimentação dos portos públicos, o Porto de Santos liderou as estatísticas de movimentação com 107,5 milhões de toneladas, seguido do Porto de Itaguaí (RJ), com 56 milhões de toneladas, e do Porto de Paranaguá (PR), com 48,5 milhões de toneladas. Rio Grande (RS), com 27,2 milhões de toneladas, e Suape (PE), com 23,4 milhões de toneladas, completaram a lista dos cinco portos públicos de maior movimentação em 2018.
O documento da ANTAQ também destaca as seguintes instalações portuárias em 2018: o terminal de uso privado (TUP) de Ponta da Madeira, que movimentou quase um quinto da movimentação total do país (198 milhões de toneladas, predominantemente minério de ferro); o Porto de Itajaí (SC), que apresentou crescimento de 123% na cabotagem de contêineres (aumento de 158.338 TEUs em relação a 2017); o Porto do Itaqui (MA), com crescimento de 17% em relação ao ano anterior, totalizando 22,3 milhões de toneladas, sendo 44% granel agrícola, com destaque para soja; e o Porto do Açu. Embora este TUP tenha iniciado suas operações apenas em 2015, em três anos (2015/2018) sua movimentação (combustíveis) cresceu 158%, somando mais 6,6 milhões de toneladas movimentadas em relação a 2017.
Na movimentação por tipo de navegação, os dados da ANTAQ mostram que a navegação de longo curso movimentou 823 milhões de toneladas de cargas, o que representou crescimento de 32% no período 2010/2018. Já a navegação de cabotagem (navegação entre os portos do país), movimentou 229 milhões de toneladas, registrando crescimento de 26% no período 2010/2018, enquanto que na navegação interior a movimentação atingiu 61 milhões de toneladas, apresentando 105% de crescimento em igual período.
Em relação à navegação interior, Serra destacou a mudança do perfil do tipo de instalação portuária na região do chamado Arco Norte, no período 2010/2018. “Em 2010, a movimentação de grãos na Região Norte do país era predominantemente feita pelos portos públicos, 71% contra 29% dos terminais privados. Em 2018, as instalações privadas representaram 87% contra 13% dos portos públicos”, informou.
O gerente de Estatística da ANTAQ também apresentou a projeção da Agência para movimentação portuária deste ano. A expectativa é que os portos e terminais do país irão movimentar 1,156 bilhão de toneladas de cargas em 2019, representando crescimento de 3,5% em relação à movimentação do conjunto das instalações portuária brasileiras em 2018.
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