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Na CTLog, Adalberto Tokarski apresenta nova ferramenta de análise logística, o Arco Amazônico
O Arco Amazônico
As instalações portuárias que compõem o Arco Amazônico movimentaram 360 milhões de toneladas em 2020. A informação é do diretor da ANTAQ, Adalberto Tokarski, e foi dada durante reunião virtual da Câmara Temática de Infraestrutura e Logística (CTLog) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que aconteceu nesta quarta-feira (7).
Em sua palestra, Tokarski estabeleceu um novo recorte geográfico e logístico para analisar a movimentação de cargas. Trata-se do Arco Amazônico, que contempla os complexos portuários de Porto Velho (RO), Manaus/Itacoatiara (AM), Santarém (PA), Itaituba/Miritituba (PA), Belém/Vila do Conde (PA), Santana (AP) e Itaqui (MA). “A partir de agora, a ANTAQ, que é referência na produção de estatísticas portuárias e de navegação, vai analisar a movimentação de cargas no Arco Amazônico e também no Arco Norte, como já vinha fazendo”, afirmou Tokarski.
Vale lembrar que os portos que estão localizados acima do paralelo 16º S consistem no que é chamado de Arco Norte, que também engloba os terminais das regiões Norte e Nordeste.
Conforme as estatísticas elaboradas pela Agência, os terminais privados do Arco Amazônico movimentaram 298,8 milhões de toneladas no ano passado. Já os portos públicos ficaram com 61,3 milhões de toneladas em 2020. A instalação portuária do Arco Amazônico que mais movimentou cargas foi o Terminal Marítimo de Ponta da Madeira (MA) – 191,3 milhões de toneladas.
Tokarski também destacou a evolução da movimentação de cargas de 2010 a 2020, quando o número saiu de mais de 150 milhões de toneladas, saltando para 360 milhões de toneladas.
Soja e Milho
Em relação à soja e ao milho, as instalações portuárias do Arco Amazônico movimentaram 72 milhões de toneladas em 2020, sendo 45 milhões de toneladas movimentadas pelos portos privados; e 27 milhões de toneladas movimentadas pelos portos públicos. Os destaques ficaram por conta do Porto de Santarém (PA), que movimentou 13 milhões de toneladas; do Porto do Itaqui (MA), com 12 milhões de toneladas; e do Porto de Vila do Conde (PA), com 10,7 milhões de toneladas.
Sobre fertilizante, o destaque foi o Porto do Itaqui, movimentando 2,6 milhões de toneladas em 2020. Já a movimentação de contêineres no Arco Amazônico ficou assim: 7,4 milhões de toneladas nos portos privados; e 1,5 milhão de toneladas nos portos públicos.
Navegação e crescimento das exportações
O transporte de cargas na navegação de longo curso em vias interiores no Arco Amazônico foi de 44,6 milhões de toneladas em 2020, contra 45,6 milhões de toneladas em 2019. Apenas a navegação interior transportou 27,9 milhões de toneladas no ano passado. Em 2019, esse número foi de 25,2 milhões de toneladas. Em relação à cabotagem em vias interiores, a movimentação foi de 12,4 milhões de toneladas, um crescimento de 1% sobre 2019. As principais cargas transportadas no ano passado foram soja, milho e bauxita.
Com essa nova abordagem, verificou-se o crescimento da exportação de grãos, mais especificamente, soja e milho, passando 32,7 milhões de toneladas em 2019 para 34,4 milhões de toneladas em 2020. Segundo Tokarski, “com essa nova ferramenta teremos uma visão mais qualificada do que sai mais a norte do Brasil, e são essas saídas a norte que são e no futuro serão mais ainda estratégicas, proporcionando opções logísticas concorrente com as atuais, trazendo competição, fazendo baixar assim o custo logístico para o agronegócio brasileiro”.