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Diretor da ANTAQ destaca potencial logístico do Corredor Centro-Norte
O diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários – ANTAQ, Adalberto Tokarski, participou nesta terça-feira (9), em Brasília, do Road Show Integração e Desenvolvimento do Corredor Centro-Norte. Pela manhã, Tokarski participou da abertura dos trabalhos, e à tarde palestrou sobre O Papel das Hidrovias no Escoamento da Produção do Piauí e do Tocantins (Parnaíba e Tocantins-Araguaia). O encontro aconteceu no auditório da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias.
O debate foi promovido pela Agência de Desenvolvimento Sustentável do Corredor Centro-Norte – Adecon, e reuniu especialistas, autoridades e empresários do setor portuário, como o presidente do Porto do Itaqui, Ted Lago, o presidente da Adecon, Roland Klein Junior, e o presidente da Valec, André Kuhn.
Na abertura dos debates, Tokarski destacou o potencial do Corredor Centro-Norte, e manifestou que a incorporação da Ferrovia Norte-Sul na logística da região trará cada vez mais maior eficiência ao Porto do Itaqui. “A eficiência portuária depende essencialmente da ferrovia. Portanto, vamos buscar as parcerias necessárias para viabilizar essa importante ferrovia que atravessa todo o Brasil e utilizá-la bem”, salientou.
Ao falar sobre a inovação no setor portuário, o diretor da ANTAQ mencionou que o Corredor Centro-Norte dispõe da tecnologia necessária para se tornar uma das principais saídas de produtos brasileiros para o exterior. “Nós temos uma ferrovia nova e moderna, uma empresa que investe em tecnologia, que é a VLI, e um porto que dispõe de equipamentos que dão uma maior dinâmica ao carregamento e descarregamento dos navios, que é o Porto do Itaqui. Só precisamos integrar tudo isso, trazendo ganhos para o setor e para a sociedade”, afirmou.
Mas para tirar esse modelo do papel, Tokarski entende que a Agência de Desenvolvimento deverá promover encontros dos investidores com as autoridades do porto, da Valec e de outras instituições intervenientes do setor, a exemplo da ANTAQ, para saberem dos planos com detalhes. “A ideia é que se o investidor tiver maior clareza do que é o corredor, de como ele funcionará, certamente vai estar mais seguro para fazer seu investimento”, afirmou.
Papel das hidrovias
Em sua apresentação sobre o papel das hidrovias no escoamento da produção do Piauí e Tocantins, o diretor da ANTAQ informou que a obra de derrocagem da estrutura de 35 km, conhecida como Pedral de Lourenço, no rio Tocantins, se arrasta há anos. Segundo ele, a obra precisa sair do papel para viabilizar o tráfego de embarcações no rio Tocantins, aumentando a navegabilidade do rio com segurança. A estimativa, segundo Tokarski, é que após as obras o transporte de mercadorias na hidrovia poderá atingir até 40 milhões de toneladas/ano.
Em relação à Hidrovia do Parnaíba, Tokarski disse que a ideia é fazer uma navegação saindo da região de Balsas, no Maranhão, subindo a eclusa de Boa Esperança, que ainda não está terminada, trazer até Teresina e, daí, seguir até o Porto do Itaqui. “Com isso, agrega-se mais de três milhões de toneladas de cargas, contemplando uma região maior para circulação de insumos”, avalia o diretor.
O diretor da ANTAQ informou que o projeto de navegação no rio Parnaíba está parado, mas que, agora, poderá ser retomado, bastando que haja um grupo interessado em pegar a concessão da hidrovia, concluir a eclusa, fazer a dragagem e navegar. “A ANTAQ poderá conduzir esse processo, pois está na sua competência celebrar atos de outorga de concessão para exploração de infraestrutura aquaviária”, observou. Como informou o diretor, a Agência está elaborando o plano geral de outorgas das infraestruturas aquaviárias, a ser apresentado posteriormente ao Ministério da Infraestrutura.