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ANTAQ participa de audiência sobre o potencial da área portuária no Amapá
A ANTAQ participou, em 14 de outubro, de audiência pública que teve como objetivo debater os grandes potenciais da área portuária no Amapá. A reunião aconteceu na Assembleia Legislativa, em Macapá. Os diretores da Agência, Mário Povia (geral) e Adalberto Tokarski, compareceram à audiência a convite do deputado federal, Vinícius Gurgel (PL-AP).
Por sua localização altamente privilegiada, o Amapá é fundamental para o setor portuário brasileiro. Com o Porto de Santana, o estado é uma das principais rotas marítimas de navegação. Isso permite uma conexão com portos de outros continentes, além da proximidade com o Caribe, América do Norte, América Central, União Europeia e Canal do Panamá. “O Amapá é uma importante via para navegação de longo curso das cargas do Arco Norte”, destacou Povia.
Para o diretor da ANTAQ, Adalberto Tokarski, “o Amapá tem posição privilegiada, mas é preciso resolver a questão do calado da barra norte para que se possa receber navios maiores. Resolvida essa questão, o estado terá um grande avanço e será estratégico para movimentação de carga do Arco Norte (grãos) e também se tornar um hub para distribuição de combustível e contêineres para a Amazônia como um todo”.
Conforme o Estatístico Aquaviário da ANTAQ, o Porto de Santana movimentou em 2018 aproximadamente 1,5 milhão de toneladas, principalmente madeira, que responde por mais da metade da movimentação total desta instalação portuária.
A ANTAQ vem trabalhando para incrementar os terminais de uso privado amapaenses. Vale citar o Terminal da Plataforma Logística do Amapá para movimentação de combustível, que encontra-se na fase de análise de viabilidade locacional. A expectativa é que em um mês esse processo seja deliberado pela Diretoria e, em seguida, seja encaminhado para o poder concedente. A ideia é que o terminal movimente 1,131 milhão de metros cúbicos por ano. Os investimentos giram em torno de R$ 60 milhões. A ANTAQ autorizou também o Terminal da Ipiranga, que movimentará 416 mil metros cúbicos anualmente, com investimentos de mais de R$ 7 milhões.
Outra instalação que merece destaque é a da Companhia Norte de Navegação e Portos, a Cianport. A ANTAQ já emitiu a autorização. As obras devem iniciar entre trinta e sessenta dias. Será um ano de trabalho para concluir a instalação, que movimentará grãos e fertilizantes. Com dados atualizados, os investimentos serão de R$ 153 milhões. A expectativa de movimentação será de três milhões de toneladas por ano, o que dobrará, ou, quem sabe, triplicará a quantidade de carga que o estado do Amapá exportará, principalmente para o Caribe e para a Europa, alcançando também a China e o Oriente médio.
De acordo com representantes do terminal, o empreendimento desenvolverá a economia da região, beneficiará socialmente a comunidade, pois a instalação do TUP propiciará a geração de 80 empregos diretos e mais 250 empregos indiretos.
Durante a viagem ao Amapá, houve, ainda, uma visita técnica ao Porto de Santana e uma reunião com o governador Waldez Góes.