ANTAQ lança 3ª edição da Campanha “Rio Limpo, Amazônia Viva”

Após a audiência presencial que discutiu com a sociedade a proposta de norma sobre a navegação interior, em 29 de janeiro, em Manaus, o diretor da ANTAQ, Adalberto Tokarski, lançou a 3ª Edição da Campanha “Rio Limpo, Amazônia Viva”. Trata-se de um projeto de coleta seletiva nas embarcações da navegação interior mista na Região Amazônica. As edições anteriores aconteceram em Santarém (PA), em 2017, e em Belém, em 2018. A campanha na capital amazonense acontecerá entre 13 e 18 de abril.

Durante a semana, estão previstas várias atividades, entre elas: encontros, oficinas, ações de educação ambiental, caminhada, atividades culturais e visitas técnicas. O objetivo geral da ANTAQ em realizar a campanha é aprimorar procedimentos de gestão dos resíduos sólidos produzidos pelas embarcações e geridos pelas instalações. Além disso, identificar ações possíveis de serem empreendidas pelos diversos atores intervenientes, com o propósito de minimizar o descarte dos resíduos sólidos, potencializando sua reutilização e reciclagem.

“Dentre os princípios gerais que devem nortear o gerenciamento da infraestrutura e a operação dos transportes aquaviários, tem-se a compatibilização dos transportes com a preservação do meio ambiente, reduzindo os níveis de poluição sonora e de contaminação atmosférica, do solo e dos recursos hídricos”, afirmou Tokarski, durante sua apresentação.

Conforme o diretor da ANTAQ, a navegação interior de passageiros/cargas gera uma grande quantidade de resíduos sólidos, que são destinados de forma inadequada, uma vez que não há um Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos (embarcação x instalação portuária), gerando reflexos negativos para a imagem da atividade e para o meio ambiente. “As dificuldades na destinação dos resíduos são evidenciadas tanto pela má gestão destes dentro das embarcações, como pela falta de estrutura nos municípios onde se encontram os pontos de parada dessas embarcações.”

A Agência também elencou os objetivos específicos da Campanha “Rio Limpo, Amazônia Viva”. São eles: promover a cultura do consumo sustentável; disponibilizar informações; promover ações de educação ambiental para os passageiros, tripulantes e instalações, como seminários e atividades com a comunidade local; e desenvolver uma proposta de selo para embarcações sustentáveis. “Precisamos reduzir a geração de resíduos pelas embarcações e reciclando e ou reutilizando, sempre que possível”, ressaltou Tokarski.

Conforme Tokarski, essas campanhas são importantes para: melhorar a qualidade da prestação do serviço aos usuários do transporte aquaviário; garantir a prestação dos serviços, dentro dos padrões de qualidade exigidos pela base legal; mudar o padrão dos procedimentos de coleta e destinação dos resíduos, dentro das embarcações; implementar a coleta seletiva de resíduos sólidos nas embarcações fluviais, das linhas interestaduais da Região Amazônica.

De acordo com o diretor da Agência, os parceiros são fundamentais para que a campanha tenha sucesso. “Pretendemos elaborar uma ação conjunta com os atores locais intervenientes, Anvisa, Capitania dos Portos, empresas de navegação, terminais de passageiros e municípios,  para minimizar o descarte inadequado dos resíduos sólidos e contribuir com a mudança de comportamento dos passageiros e prestadores de serviços.”

O vice-almirante e comandante do 9° Distrito Naval da Marinha, Paulo César Colmenero, prestigiou o lançamento da campanha. “Essa campanha é fundamental. Devemos, sim, nos preocupar com a saúde dos nossos rios. Isso faz parte da nossa missão.”