Notícias
ANTAQ atua em Manaus para dar rapidez ao desembarque de oxigênio
A ANTAQ, por meio da Unidade Regional de Manaus (UREMN), vem empreendendo esforços nos últimos dias para que oxigênio e materiais hospitalares cheguem à capital do Amazonas com mais rapidez pelo transporte de travessia. Essas ações têm sido fundamentais para que esses insumos estejam disponíveis para as pessoas que estão internadas em virtude da Covid-19.
O Ministério da Infraestrutura, em apoio ao Ministério da Saúde, implementou uma rota emergencial pela BR-319 (Porto Velho-Manaus). Nela, há dois serviços de travessia que a ANTAQ regula: Igapó-Açu – Manaus e Careiro-Manaus.
Carregamento de oxigênio líquido: ação da ANTAQ na travessia
A atuação dos servidores, que estão in loco , tem sido decisiva para que as travessias sejam realizadas no menor tempo possível. Em Igapó-Açu (a 215km de Manaus), por exemplo, os dois operadores da travessia foram colocados em prontidão para atender a qualquer hora os comboios e realizar a travessia.
“Também foi autorizado que os dois prestadores de serviço operassem simultaneamente, de forma excepcional, para diminuir o tempo de travessia. Caso o transporte fosse realizado por apenas um operador, levaria cerca de seis horas. Houve, no dia 23 de janeiro, um comboio de sete carretas e oito veículos de apoio. A operação se iniciou às 21h30, tendo sido concluída a 0h10, do dia 24, levando apenas 2h40 de duração”, explicou Luiz Carlos de Souza, chefe substituto da UREMN. “Foram sete caminhões transportando oxigênio líquido, totalizando 190 mil metros cúbicos. Esta quantidade é suficiente para abastecer Manaus por dois dias”, informou.
A travessia Careiro da Várzea – Manaus seria outro ponto que poderia ter algum problema logístico e atrasar a chegada do comboio com oxigênio a Manaus. No entanto, a Unidade Regional da ANTAQ coordenou, junto aos operadores da travessia, a colocação de uma balsa exclusiva em sobreaviso para auxiliar no transporte do comboio. “No dia 24 de janeiro, tendo confirmado a aproximação do comboio, a UREMN deslocou uma equipe para Careiro da Várzea de forma a organizar o embarque dos caminhões e sua divisão entre as balsas. Às 11h, o embarque foi encerrado com sucesso, e as balsas deslocaram-se para o porto da Ceasa, desembarcando às 12h15, seguindo destino para o Pátio da Planta da White Martins em Manaus”, relatou Souza. Mais 190 mil metros cúbicos de oxigênio líquido foram entregues na capital amazonense.
Outra ação da Unidade Regional contribuiu para que uma carga de oxigênio chegasse a Autazes, a 112km de Manaus. Na terça-feira (26), por volta das 23h30, a UREMN teve conhecimento de um carregamento com 40 cilindros para Autazes, cujo abastecimento era fundamental, pois o estoque só duraria até às 4h, na madrugada seguinte. No entanto, o serviço de travessia na Ceasa se encerra às 20h e recomeça às 4h30. “Caso o carregamento esperasse, não haveria tempo hábil para sua chegada, o que fatalmente poderia gerar óbitos em Autazes. A UREMN prontamente iniciou uma empreitada de contactar os operadores e colocar um deles à disposição do carregamento. Deslocamos um servidor para a travessia para acompanhar e coordenar os esforços. Por volta de 1h30, conseguimos realizar o transporte com a chegada do carregamento às 3h30 ao município, a tempo de suprir a demanda”, detalhou Souza.
Conforme o chefe substituto, “com o aumento exponencial dos casos e dos óbitos, vieram as restrições, e mais uma vez a ANTAQ foi chamada a agir, principalmente por que nós detemos um conhecimento muito refinado da logística na Região Norte. Pensamos que o momento, apesar do medo, da incerteza e da falta de leitos, requer a nossa participação, não só como servidores públicos, mas também como integrantes de uma comunidade que precisa de ajuda”, afirmou.
Resolução da ANTAQ determina prioridade no embarque e desembarque de veículos com cargas de material hospitalar ou oxigênio para o Amazonas
Para contribuir ainda mais com o combate à Covid-19, uma equipe de servidores vem fiscalizando embarcações autorizadas pela ANTAQ, principalmente em relação aos cuidados de higiene e distanciamento social, visando mitigar o risco de contaminação nas viagens. Em média, são fiscalizadas até oito embarcações por dia entre 6h e 18h. “Com relação aos passageiros, tendo em vista a restrição às viagens realizadas, as embarcações, em regra, seguem somente com carga. Apenas poucos passageiros seguem viagem, caso estejam enquadrados em situações de urgência ou emergência, ou caso estejam se deslocando para prestar algum serviço essencial”, explicou.
Em Brasília, a Superintendência de Fiscalização e Coordenação das Unidades Regionais (SFC) procura dar todo o apoio para a equipe local, mantendo comunicação aberta 24h diretamente com a superintendente Gabriela Costa e com os demais técnicos, visando acompanhar o trabalho desenvolvido pela equipe e atender a eventuais necessidades. “Procuro deixar a comunicação muito estreita com os chefes das unidades regionais, mas nesse momento essa relação se faz ainda mais importante, porque em alguns momentos são necessárias gestões emergenciais por parte da SFC que viabilizem de forma rápida o trabalho que está sendo desenvolvido pelos técnicos na UREMN”, afirmou Gabriela. Os técnicos encaminham diariamente os resumos das operações à SFC, além disso, são realizadas reuniões periódicas para alinhar as estratégias.
Resolução N o 8096
Além da atuação em Manaus, a ANTAQ vem editando normas para que haja prioridade no embarque e desembarque de veículos com cargas de material hospitalar ou oxigênio para o Amazonas nas travessias reguladas pela ANTAQ. Trata-se, por exemplo, da Resolução N o 8096, de 19 de janeiro de 2021. Conforme o texto legal, os operadores da linha de travessia de veículos entre os municípios de Manaus e Careiro da Várzea, na diretriz da rodovia BR-319, deverão realizar o transporte imediato do veículo com esse tipo de carga. A obrigação de transporte imediato se dará pela empresa que se encontrar disponível. “A UREMN, de forma a dar conhecimento da resolução, reuniu os operadores da travessia para enfatizar e orientar sobre a necessidade de dar prioridade para o transporte de oxigênio e outros gêneros hospitalares, o que vem ocorrendo sem maiores intercorrências”, garantiu Souza.