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Mercado converge em busca da portabilidade
Realizada no Rio de Janeiro no dia 6 de agosto, quarta-feira, a 2ª reunião da Câmara Técnica de Portabilidade de Carências, promovida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), foi marcada pelo espírito colaborativo de seus participantes. "Ficamos muito satisfeitos com o nível dos debates, com o grau de colaboração e reflexão de todos", comentou o secretário-executivo da ANS, Alfredo Scaff. Representantes de operadoras, consumidores e prestadores levaram propostas e debateram sobre as premissas que nortearão a normatização da portabilidade de carências.
"Desejamos um modelo sustentável que resguarde o direito à mobilidade com portabilidade para a parte do mercado que não tem poder de negociação", afirmou a representante do Procon-SP, Renata Molina, ao comparar planos individuais e coletivos. A representante do Procon-SP destacou ainda a importância do Anuário de Produtos e de outros projetos da ANS voltados para a ampliação do acesso à informação por parte do consumidor.
O valor da informação para a tomada de decisão do consumidor foi um dos aspectos mais citados por todos. Afinal, o mercado hoje oferece grande diversidade de opções para quem deseja contratar um plano de saúde e, para que o consumidor acerte nessa escolha, é importante poder comparar alternativas. "É preciso dar ao beneficiário mais informações para que ele tenha melhores condições de escolha", enfatizou o representante da Federação Nacional de Saúde Suplementar (Fenasaude), Márcio Coriolano.
"As preocupações dos atores do setor são convergentes. Essa reunião da Câmara Técnica se pautou pela racionalidade das propostas e amadurecimento do mercado", avaliou o gerente-geral Econômico-Fnanceiro de Produtos da ANS, Fábio Fassini, ao comentar que as operadoras estão preocupadas em não perder beneficiários por motivos de falta de qualidade. As empresas se manifestaram dispostas a corrigir erros e aumentar a qualidade para não perder beneficiários que, com o direito à portabilidade, poderão procurar outros planos nas operadoras concorrentes.
Os cenários estudados pela equipe técnica da ANS e as contribuições dos representantes do setor irão à Diretoria Colegiada. Após essa etapa, a minuta com as regras propostas será submetida a Consulta Pública.