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Médicos e enfermeiros de planos de saúde participam no Rio de curso sobre diagóstico e tratamento da dengue
O maior problema da dengue é o erro de diagnóstico ou diagnóstico tardio, além da demora na busca pelo atendimento do paciente. O alerta foi feito pela pediatra Lúcia Alves da Rocha, doutora em Medicina Tropical, servidora da Prefeitura de Manaus. A médica enfatizou ainda a importância de uma ampla campanha educativa sobre a doença junto à população, como forma de buscar a redução dos casos.
Durante o curso desta quinta-feira, dia 2/6, com a participação de 40 médicos e enfermeiros vinculados às operadoras de planos de saúde ou aos hospitais da rede credenciada, a médica Lúcia Rocha explicou com projeções na tela como se dá a transmissão do vírus e quais as providências necessárias para se evitar os óbitos. Para o Ministério da Saúde, é fundamental evitar o agravamento do quadro clínico do paciente que busca diagnóstico e tratamento na rede particular.
Numa iniciativa da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), em parceria com o Ministério da Saúde, o curso de capacitação tem o objetivo de orientar os participantes a proceder de forma adequada diante de um caso de suspeita de dengue. Na próxima quinta-feira, dia 9, de 9 às 18 horas, será a vez de São Paulo ter o mesmo curso. Os interessados podem se inscrever através do endereço eventos@ans.gov.br . O curso será nos Auditórios da Paulista, que fica na Avenida Paulista, nº 1.776. Além do Rio e de São Paulo, Belo Horizonte também sediará um curso, em data a ser definida. Dependendo da adesão, a ANS poderá programar outras edições de capacitação.
No primeiro curso da série, para capacitação de profissionais da área privada, a médica Lúcia Rocha ressaltou a importância do diagnóstico clínico precoce da dengue, explicando que os sintomas básicos são febre por até sete dias, mialgia e sangramento ou não.
Na parte da tarde, os participantes formaram um grupo de trabalho, para estudar casos expostos no livro distribuído pelo Ministério da Saúde, intitulado “Roteiro para capacitação de profissionais médicos no diagnóstico e tratamento da dengue”. Em seguida, confrontaram as conclusões a que chegaram, no estudo de casos clínicos, com os expostos no livro, discutindo caso a caso.
A Coordenadora Geral do Programa Nacional de Controle da Dengue, Cristiana Ferreira Jardim de Miranda, explicou aos participantes que, após a notificação, não pode haver demora no encaminhamento de material para exame. E um médico ligado à rede pública defendeu o desenvolvimento de esforço redobrado, para que os profissionais da rede particular comecem a notificar com mais freqüência os casos de dengue.