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Hospital Business 2008
Entre os dias 14 e 16 de outubro, cerca de 8 mil pessoas e 1,1 mil congressistas estiveram presentes no Hospital Business 2008, maior evento médico-hospitalar do estado do Rio de Janeiro e segundo maior do país. Representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) participaram das discussões nos dias 15 e 16 de outubro.
Durante o congresso de Gestão em Saúde, o diretor de Gestão da ANS, Hésio Cordeiro, falou sobre a qualificação do setor de saúde suplementar e debateu sobre segurança em saúde supletiva com a médica Denise Schout. "Estamos mudando o perfil econômico-financeiro do mercado para um perfil de gestores de saúde", afirmou Cordeiro. Para Denise Schout, a questão da qualidade da informação é o maior desafio: "A ANS tem investido pesado na promoção e prevenção e é muito claro o movimento que está sendo feito para mundança do perfil do setor. Mas o maior desafio continua sendo a cultura de informação. É preciso investir em registro clínico", ressaltou.
Aprofundando o debate sobre informação, o diretor-adjunto da Diretoria de Desenvolvimento Setorial, José do Vale, falou a respeito da Troca de Informação em Saúde Suplementar (TISS) e dos benefícios trazidos por essa ferramenta de segurança que está revolucionando a troca de dados, feita antes de maneira totalmente fragmentada entre os profissionais, os estabelecimentos de saúde e as operadoras de planos.
Encerrando a tarde de debates do dia 15, o gerente de Relacionamento com Prestadores de Serviços da ANS, Amâncio de Carvalho, abordou o tema Relações Contratuais entre operadoras e prestadores.
Workshop sobre atenção obstétrica reúne ANS, Anvisa, hospitais e médicos
No dia 16, a ANS participou do Workshop Abramge-RJ, promovido pela Associação Brasileira das Empresas de Medicina de Grupo, sobre o tema Parto Normal e Cesariana. Os altos índices de partos cesáreos percebidos no Brasil, em especial na saúde suplementar (80%), motivaram discussões sobre as razões e os riscos dessa realidade.
Conforme apresentou a gerente-geral Técnico-Asstistencial de Produtos da ANS, Martha Oliveira, ao abrir a manhã de debates, 70% das mulheres no primeiro trimestre de gestação desejam o parto normal, mas esse número se inverte assustadoramente nos últimos meses de gravidez, algo que se pode perceber diante do fato de que 91% das beneficiárias não entram em trabalho de parto por conta das cesarianas programadas com grande antecedência. "É um problema conjuntural. A estratégia para mudar essa realidade não pode se voltar somente às operadoras de planos de saúde. É preciso envolver a paciente, o médico, os hospitais e o governo", afirmou Martha.
O movimento Parto Normal Está no Meu Plano, conduzido pela ANS em parceria com o Ministério da Saúde junto à sociedade brasileira, mais especificamente, às beneficiárias de planos de saúde, vem gerando transformações no mercado. Hoje, 60% das operadoras já têm um coordenador de atenção obstétrica, e algumas dessas operadoras conseguem alcançar índices na casa dos 40% de cesarianas.
Na mesma direção da ANS, encontra-se a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que entre outras ações, editou em junho de 2008 a Resolução RDC nº36/08, regulamento técnico para funcionamento dos serviços de atenção obstétrica e neonatal no país. Presente no workshop, a gerente de Tecnologia da Organização em Serviços de Saúde da Anvisa, Maria Ângela Avelar Nogueira, apresentou e comentou a norma, que prevê, entre outras questões, os chamados "quartos PPP", ambientes hospitalares apropriados para as gestantes permanecerem durante o pré-parto, o parto e o pós-parto.
Na programação do Workshop Abramge sobre Parto Normal e Cesariana ainda ocorreram as palestras Indução ao Parto Normal, apresentada pelo Prof. Dr. Aníbal Faúndes, e Qualificação de Prestadores - uma proposta da ANS, apresentada pelo gerente de Relacionamento com Prestadores de Serviços da ANS, Amâncio de Carvalho. Outros representantes apresentaram o posicionamento das operadoras, dos hospitais, dos médicos e dos demais prestadores. Participaram do evento, coordenado por Sérgio Vieira, da Abramge-RJ, pesquisadores, profissionais e gestores de atenção obstétrica.