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Diretor da ANS participa de Congresso da Unidas
Nos dias 17 e 18 de novembro, em São Paulo, a União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas) promoveu o 7º Congresso de Gestão de Assistência à Saúde, evento destinado à discussão de alguns do principais temas do mercado de planos de saúde. O diretor de Normas e Habilitação de Operadoras da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Alfredo Cardoso, participou do painel "Como mitigar os riscos de um plano de saúde. Melhor forma de definir cobertura-preço-rede", juntamente com o presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Arlindo de Almeida, e a gerente do Núcleo de Atenção à Saúde da Federação das Unimeds do Estado de São Paulo, Maria Elisa Gonzalez Manso.
"Para a ANS, não há duvida de que mitigar riscos é constituir garantias", afirmou Alfredo Cardoso enquanto falava sobre as garantias financeiras previstas na regulamentação da ANS. No entanto, segundo ele, a função econômica de uma operadora de planos de saúde é assumir riscos que um individuo ou empresa não esteja apto a assumir. A grande questão é como gerenciar e mitigar esses riscos.
Alfredo Cardoso apresentou casos internacionais de sucesso, que obtiveram êxito com a integração do cuidado e o foco na saúde. "É preciso focar a saúde e não mais a doença. O risco assistencial pode ser sustentável se as operadoras agregarem valor ao cuidado, e insustentável se as operadoras focarem apenas em fluxo de caixa de curto prazo", enfatizou.
Durante o painel, o presidente da Abramge, Arlindo de Almeida, apresentou algumas tendências percebidas no mercado, tais como a abertura de capitais, o aumento do número de planos comercializados junto à classe C, verticalização, entre outras. Almeida falou também sobre a busca por um novo modelo assistencial de prevenção e qualidade de vida e sobre a importância do Padrão de Troca de Informações em Saúde Suplementar (TISS) e do Programa de Qualificação da Saúde Suplementar. "Acredito que o TISS foi uma das melhores resoluções da ANS", elogiou o presidente da Abramge, Arlindo Almeida.
Em sua palestra, a gerente do Núcleo de Atenção à Saúde da Federação das Unimeds do Estado de São Paulo, Maria Elisa Gonzalez Manso, apontou a falta de eficiência dos custos como um problema crônico do setor, que segundo ela, gasta muito sem necessidade. "Hoje, não trabalhamos com o cliente como uma pessoa saudável, esperamos ele adoecer. É preciso enfatizar ações de promoção e prevenção de doenças. Ações desse tipo são uma linha no tempo, o retorno delas demora", argumentou Maria Elisa.