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Sobre a ANS
Dia Mundial do Rim
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O Dia Mundial do Rim, comemorado toda segunda quinta-feira do mês de março, foi instituído com o objetivo de informar a população sobre as doenças renais, com foco na prevenção e na incorporação de práticas saudáveis. Segundo estimativa da Organização Internacional World Kidney Day, 10% da população mundial (850 milhões de pessoas) tem alguma doença renal crônica, que se não for tratada, pode ser fatal. Para chamar atenção para o problema e estimular medidas para enfrentamento da doença, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reforça informações relevantes sobre o tema.
Os rins são dois órgãos localizados em ambos os lados da coluna vertebral. Sua principal função é remover os resíduos e o excesso de água do organismo. O problema é que, muitas vezes, por falta de prevenção, as pessoas podem descobrir problemas renais em fases muito avançadas das lesões. A Doença Renal Crônica (DRC), que consiste em lesão renal e perda progressiva e irreversível da função dos rins, é a mais grave delas. No Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) relativos a 2022, o número de pacientes com DRC avançada é crescente e, atualmente, mais de 140 mil pacientes realizam diálise no país.
Diversos fatores podem levar à insuficiência renal crônica, como a diabetes, a hipertensão arterial sistêmica, a obesidade, doenças cardiovasculares e tabagismo. Os principais sintomas são: mudanças na urina (espuma, alteração de cor, sangue, dificuldade para urinar), dores nas costas, inchaço no corpo, fraqueza e cansaço.
De acordo com o Ministério da Saúde, o transplante de rim representa cerca de 70% do total de transplantes de órgãos realizados no Brasil. Em números absolutos, o país ocupa a terceira posição mundial entre os maiores transplantadores de rim. Em 2021, foram registrados 4.828 procedimentos do tipo.
Doenças Renais na Saúde Suplementar
O Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, lista de coberturas obrigatórias para usuários de planos de saúde, possui diversos procedimentos relacionados ao tratamento das Doenças Renais Crônicas que são cobertos pelos planos de saúde, tais como a Hemodiálise Contínua; Hemodiálise Crônica; Hemodepuração de casos agudos (sessão de Hemodiálise, Hemofiltração, Hemodiafiltração Isolada, Plasmaférese ou Hemoperfusão); Hemodepuração de casos agudos (sessão de Hemodiálise, Hemofiltração, Hemodiafiltração Isolada, Plasmaférese ou Hemoperfusão); Implante por Punção de Cateter para Hemodiálise; Implante Cirúrgico de Cateter de Longa Permanência para Hemodiálise; Retirada de Cateter para Hemodiálise; Acompanhamento Clínico Ambulatorial Pós-Transplante Renal; Acompanhamento Clínico Ambulatorial Pós-Transplante Renal; Acompanhamento Clínico de Transplante Renal no período de internação do receptor e do doador; Autotransplante Renal; e Transplante Renal (Receptor E Doador Vivo ou Doador Falecido).
Também segundo a ANS, via D-TISS (painel de consulta de dados gerados pelo compartilhamento de informações na saúde suplementar), nos últimos cinco anos foram realizadas 6,82 milhões de sessões de hemodiálise (tratamento indicado para pacientes com insuficiência renal aguda ou crônica grave) no Brasil por meio da saúde suplementar.
No quadro abaixo, é possível observar o crescimento entre os anos de 2017 e 2020, e uma estabilidade em 2021.
SESSÕES DE HEMODIÁLISE CRÔNICA |
|
ANO |
QUANTIDADE |
2017 |
1,18 milhão |
2018 |
1,26 milhão |
2019 |
1,36 milhão |
2020 |
1,51 milhão |
2021 |
1,51 milhão |
TOTAL |
6,82 milhões |
Fonte: D-TISS |
A ANS estimula que as operadoras de planos de saúde desenvolvam Programas de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças (Promoprev) e, dessa forma, façam a gestão do cuidado dos pacientes de forma a evitar o surgimento ou agravamento de doenças, gerando maior qualidade de vida para os beneficiários. Existem diversos programas aprovados pela Agência que são relacionados a condições que podem levar à insuficiência renal crônica e abordam as seguintes linhas de cuidado: obesidade infantil (10), sobrepeso/obesidade do adolescente (5), tabagismo na adolescência (2), diabetes mellitus (309), hipertensão arterial sistêmica (302), sobrepeso/obesidade (277), doenças cardiovasculares (264), insuficiência cardíaca (159) e tabagismo (140).
- Como evitar Doenças Renais
É importante destacar que o controle dos fatores de risco às doenças renais estão diretamente relacionadas às condições de vida do indivíduo e ao acesso aos serviços no nível primário de saúde. O controle da glicemia e da pressão arterial, alimentação e atividade física, bem como o combate ao tabagismo são ações fundamentais nesse processo.
Em caso de sintomas, a recomendação é consultar um médico especialista para direcionar o tratamento adequado. Saiba mais informações sobre essa enfermidade e o tratamento no portal do Ministério da Saúde.