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A Saúde Suplementar vai bem, obrigada!
Apesar das fortes turbulências vividas desde o final de 2008 na área econômica em todo o mundo, o setor de saúde tem conseguido enfrentar as adversidades e até mesmo apresentar um pequeno crescimento. Esse foi o cenário apresentado pelos representantes dos diversos segmentos que compõem a saúde suplementar durante evento organizado pela Diretoria de Normas e Habilitação de Operadoras (Diope) da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), na terça-feira, 30 de junho de 2009. O encontro reuniu cerca de 80 pessoas, entre representantes do governo federal, de hospitais, de operadoras de planos de saúde e das indústrias farmacêutica e de equipamentos médico-hospitalares. O evento também contou com a presença do presidente da Frente Parlamentar de Saúde, deputado federal Darcísio Perondi.
A manhã começou com uma análise da crise econômica no mundo feita pelo executivo Pedro Meloni, da Corporação Financeira Internacional (IFC), Grupo Banco Mundial. Segundo Meloni, a expectativa é de um crescimento global fraco nos próximos dois anos, com a necessidade de um grande esforço de recuperação. "A boa notícia é que o pior foi evitado", destacou.
Em seguida, representando a indústria farmacêutica, Ciro Mortella ressaltou que a última coisa que as pessoas cortam em períodos de crise é o cuidado com a saúde. "Devemos chegar ao fim de 2009 mantendo a discreta curva de crescimento que vem se formando nos últimos anos". Para Franco Pallamolla, da indústria de equipamentos médicos, a situação do segmento é similar à do setor farmacêutico. "Não identificamos demissões nem cortes de investimentos. Acreditamos que o setor fechará o ano com crescimento entre 8 e 10%. Não é uma mensagem otimista, mas realista", enfatizou.
Antônio Silveira, da Secretaria de Acompanhamento Econômico, do Ministério da Fazenda, falou a respeito do Brasil no limiar da crise internacional. Segundo ele, o governo brasileiro deu respostas importantes para os impactos que começavam a se apresentar, como a redução de taxas básicas de juros, o aumento dos empréstimos dos bancos públicos e a liquidez no mercado interbancário. Ele também concorda que a crise não acabou, mas que o pior já passou. "A estabilização dos bancos americanos, as ações recentes do G20 e da administração Obama melhoraram a confiança. O crédito continua escasso, mas está voltando ao normal lentamente".
O gerente-geral de Acompanhamento das Operadoras e Mercado da Diope/ANS, Fabio Fonseca, fez uma análise da crise na saúde suplementar e destacou que os dados das operadoras de planos de saúde ainda mostram crescimento: "Até o momento, inexistem evidências de contágio do setor pela crise".
Representando as operadoras de planos de saúde, participaram os presidentes da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), Geraldo Rocha Mello, da Associação Brasileira de Medição de Grupo (Abramge), Arlindo Almeida, da Unimed do Brasil, Eudes Aquino, e da União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), Iolanda Ramos. Pelo setor hospitalar, participaram Henrique Salvador, da Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP) e Eduardo de Oliveira, da Federação Brasileira de Hospitais.
A Confederação Nacional de Saúde (CNS), parceira da ANS na realização do evento, foi representada pelo seu presidente, José Carlos Abrahão, que ressaltou a importância de o evento ter reunido representantes de toda a cadeia produtiva da saúde suplementar.