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Setor discute promoção de saúde em workshop da ANS
O cenário atual e as perspectivas futuras para a melhoria da atenção à saúde e da qualidade de vida foram tema do 9º Workshop Regional sobre Promoção de Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças promovido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no dia 05/12, em São Paulo. O evento reuniu representantes de operadoras de planos privados de assistência à saúde de São Paulo.
“As oficinas e workshops de Promoprev realizadas pela ANS visam estimular as operadoras a repensarem a organização das suas redes de atenção à saúde. Para avançar, precisamos do engajamento dos atores do setor em uma visão ampliada da saúde, saindo do modelo de atenção centrado na doença para um modelo baseado em programas de promoção e prevenção como ferramenta de gestão da saúde”, explicou Raquel Lisbôa, gerente-geral de Regulação Assistencial da ANS.
Durante o encontro, representantes de operadoras discutiram os principais desafios para a implementação de programas de promoção de saúde, e foram apresentadas iniciativas exitosas da Fundação Copel, SulAmérica e Amil. A gerente de Monitoramento Assistencial da ANS, Katia Audi, resumiu o panorama do setor e apontou os caminhos possíveis:
“Temos hoje um aumento da longevidade e das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), além de maior exposição a fatores de risco, em um modelo assistencial fragmentado e centrado em procedimentos. O foco está na produção, e não no cuidado”, explicou Katia, lembrando que as DCNT incluem as principais causas de mortalidade e morbidade hoje no mundo: câncer, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias crônicas, doenças mentais e diabetes.
Para a efetiva promoção de saúde e prevenção de riscos e doenças que garantam a qualidade da saúde e a sustentabilidade do setor, a ANS preconiza a adoção de programas estruturados e gerenciados que promovam a longevidade com qualidade de vida e a melhoria da qualidade de vida da população. “Para isso é necessário que as operadoras adotem instrumentos de gestão para incorporar melhor custo-efetividade. É fundamental conhecer o perfil da saúde da carteira; definir linhas de cuidado, ações e procedimentos baseados em evidências científicas; contribuir para a mudança do papel do hospital, incorporando a atenção primária e secundária; integrar a saúde ocupacional à assistencial; introduzir o conceito de saúde populacional e a Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC)”, afirmou Katia Audi.
A ANS disponibiliza em seu portal a lista das operadoras que tiveram programas para promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças aprovados, além da Declaração de Aprovação, na qual consta a conformidade do programa.
“Entre os incentivos regulatórios concedidos pela ANS às operadoras estão o bônus no Monitoramento Assistencial para operadoras com programas aprovados ou que ofereçam bonificação para os beneficiários, e o recebimento de pontuação bônus no Índice de Desempenho da Dimensão Qualidade na Atenção à Saúde (IDQS)”, explicou a especialista em Regulação da ANS Graziela Scalercio.
No dia 12/12 será realizado no Rio de Janeiro o Seminário Internacional de Inovações na Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças na Saúde Suplementar.