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ANS incentiva ações para enfrentar o tabagismo
Em atenção ao Dia Nacional de Combate ao Fumo (29/08), a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) reforça a necessidade de se promover ações para o combate ao tabagismo como forma de prevenir seus riscos à saúde de todos os beneficiários e minimizar os impactos decorrentes do tratamento das doenças relacionadas ao hábito de fumar. As operadoras de planos de saúde estão sendo incentivadas a promover campanhas educativas e ações que possam contribuir para a informação qualificada de seus beneficiários quanto aos riscos de exposição ao tabaco, em especial, da população adolescente e adulta jovem.
“Essa data é mais uma oportunidade para abordar o problema do tabagismo e chamar a atenção da população para a importância da adoção de hábitos saudáveis, em especial os jovens. O sistema de saúde tem responsabilidade nesse processo, por isso incentivamos as operadoras a realizarem campanhas educativas sobre o tema”, aponta a diretora de Normas e Habilitação de Produtos da ANS, Karla Coelho. Ela lembra que o uso do tabaco continua sendo a principal causa de mortes evitáveis, por isso a ANS estimula medidas de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças junto ao setor. “O tabagismo é um fator de risco importante para o desenvolvimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) como câncer, doenças pulmonares e cardiovasculares. Toda ação que potencialize a prevenção à iniciação ao tabagismo, promova o fim do ato de fumar e proteja a população da exposição à fumaça ambiental do tabaco são bem-vindas”, destaca.
No Brasil, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2015, mais de 30% dos jovens de 13 a 15 anos experimentam fumar antes dos 12 anos de idade. A dependência da nicotina se estabelece rapidamente e a probabilidade de jovens usuários de tabaco continuarem fumando na fase adulta é elevada. Entre jovens, a prevalência de tabagismo quase sempre aumenta com a idade. Resultados do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes Estudo (ERICA) de 2015 mostram evolução do tabagismo ainda em idades precoces. Esse dado reforça a importância da manutenção e expansão de políticas efetivas para este grupo etário visando a redução da experimentação e da transição desta para uso frequente de cigarros e consequente estabelecimento da dependência da nicotina.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), cerca de 2.655 mortes por câncer de pulmão, doenças isquêmicas do coração e doenças cérebro-vasculares ocorridas somente na população urbana do Brasil poderiam ser evitadas a cada ano pela prevenção do tabagismo passivo.
O Dia Nacional de Combate ao Fumo será marcado este ano pela exposição INCA: 80 anos de história na saúde pública no Brasil e o lançamento do livro Dia Mundial Sem Tabaco e Dia Nacional de Combate ao Fumo: catálogo de campanhas 1997-2017. O evento o ocorrerá nesta terça-feira (29/08), em Brasília, às 15h. A exposição será inaugurada no túnel que liga o prédio principal do Ministério da Saúde (MS) a seu edifício anexo e celebra as oito décadas de trabalhos do INCA em ações de controle do câncer no país.
Saúde suplementar
Entre os beneficiários de planos de saúde, dados coletados pelo Vigitel 2015 da saúde suplementar revelaram que o percentual de pessoas que se declararam fumantes ficou em 7,2%. Em 2008, eram 12,4%, o que representa uma queda de 42% no período.
Embora o consumo de tabaco tenha reduzido entre os homens, o percentual ficou acima da média nacional, chagando a 9,5% em 2015. No entanto, é menor do que os 13,6% de 2008. Portanto, houve uma redução de 43,1% no período nesse grupo. Para o sexo masculino, os mais altos percentuais foram encontrados em São Paulo (12,2%), Curitiba (11,8%) e Porto Alegre (11,2%). Os menores percentuais foram encontrados em Salvador (4,9%), Macapá (5,3%) e Manaus (5,4%).
Percentualmente, as mulheres ficaram abaixo da média brasileira, com 5,4% em 2015 – eram 11,4% em 2008. Isso representa uma redução de 52,6% do tabagismo nesse grupo. Os maiores percentuais de mulheres fumantes foram detectados em Porto Alegre (8,2%), Rio de Janeiro (8%) e Florianópolis (7,8%). As menores concentrações estão em Fortaleza (1,9%), Goiânia e São Luís (2%).
De acordo com o Vigitel, para os homens a frequência de fumantes apresentou pequenas variações ao longo da vida. Para as mulheres e o conjunto da população, este hábito tendeu a ser crescente, com exceção da população com 65 anos ou mais de idade. A frequência do hábito de fumar foi maior entre homens e mulheres com até oito anos de escolaridade (14,9% e 8,2%, respectivamente).