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Agência estimula ações de promoção da saúde
As ações para melhoria na qualidade de vida e da atenção à saúde foram o tema central do 8º Workshop Regional sobre Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças, promovido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), nesta quinta-feira (10), em Fortaleza (CE). O objetivo do evento foi discutir o estímulo à adoção de programas que podem melhorar a qualidade de vida dos beneficiários de planos de saúde. Alguns deles são o incentivo à mudança de hábitos alimentares, como a redução do uso do excesso de sal e açúcar, a prática de exercícios físicos e o combate à obesidade, tabagismo e alcoolismo.
Na pauta, estavam a discussão sobre a efetividade de modelos de atenção que enfatizam a promoção da saúde e o gerenciamento de riscos e doenças como forma de garantir sustentabilidade ao setor de saúde suplementar frente a diversos desafios. Alguns deles são a mudança do perfil epidemiológico, o envelhecimento populacional e o aumento das doenças crônicas no Brasil, entre outros.
Diante desse cenário, o encontro organizado pela ANS ofereceu suporte teórico e operacional para as operadoras aperfeiçoarem ou implantarem programas para promoção da saúde e prevenção de doenças dos beneficiários.
Foram criados três grupos de discussão com os participantes: um sobre os principais desafios em relação à mudança de hábito das pessoas; outro sobre as dificuldades das operadoras para a criação de programas; e um sobre incentivos para estimular o desenvolvimento de programas.
“O nosso intuito é contribuir para que as ações sejam melhor planejadas, estruturadas e gerenciadas, otimizando a gestão em saúde a partir da perspectiva da promoção de envelhecimento saudável e da melhoria da qualidade de vida dos beneficiários de planos de saúde”, explica a diretora de Normas e Habilitação dos Produtos, Karla Santa Cruz Coelho.
“A gestão da informação em saúde é um aspecto importante a ser observado pelas operadoras. Os dados precisam ser sistematizados e analisados. Com isso, as operadoras podem propor e implementar ações de promoção da saúde e prevenção de riscos e doenças a partir das informações de seu próprio banco de dados. Ali elas têm o perfil de sua clientela, como idade e sexo e os procedimentos mais utilizados. Com base nessas informações, é possível identificar o perfil dos usuários e definir os grupos a serem priorizados e propor ações que impactem na melhoria da qualidade de vida das pessoas, bem como a redução de desperdícios com a realização de procedimentos, como consultas desnecessárias, por exemplo”, diz a Gerente de Monitoramento Assistencial (GMOA), Kátia Audi.
O evento em Fortaleza reuniu 60 participantes, com representantes de 21 operadoras de planos privados de assistência à saúde das regiões Norte e Nordeste, que foram o foco dessa edição do evento.
EXPERIÊNCIAS
Três operadoras de planos de saúde regionais apresentaram experiências. Uma delas foi a Unimed Fortaleza, que desenvolve um programa de combate e controle da obesidade infantil, doença que oferece alto risco de desenvolvimento de futuras enfermidades crônicas, como o diabetes e a hipertensão. Um ponto forte do programa é o envolvimento da família, que é estimulada a participar das atividades de orientação e acompanhamento da criança.
Outra experiência foi compartilhada pela operadora Camed. Neste caso, o programa visa a prevenção de problemas odontológicos, como as cáries. A proposta é estimular a promoção de saúde através da conscientização e orientação para o auto cuidado, apostar nas orientações sobre higiene bucal adequada e cuidados com a alimentação, como a redução da ingestão de refrigerantes e doces na rotina de crianças, adolescentes, adultos e idosos.
Já a operadora Caixa de Assistência dos Servidores Fazendários Estaduais (Cafaz), apresentou sua experiência em oncologia, desenvolvendo programas de prevenção de câncer de próstata, mama e cólon (intestino grosso). O principal objetivo é detectar precocemente a doença e iniciar, em tempo oportuno, os cuidados necessários ao paciente com diagnóstico positivo, com a inclusão dele na linha de cuidado oncológico e encaminhamento para radioterapia e quimioterapia.