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QUALIDADE DA SAÚDE
ANS alerta sobre o controle das infecções hospitalares
Com o surgimento da Covid-19 e os impactos sanitários provocados pela pandemia, a lavagem correta das mãos tornou-se um hábito entre toda a população mundial, no intuito de mitigar a disseminação do novo Coronavírus. O que poucos sabem é que esta simples medida foi aplicada há mais de 170 anos pelo médico húngaro Ignaz Semmelweis, que passou a adotar a prática como obrigatória para enfermeiros e médicos que visitavam as enfermarias do seu hospital, quando foi observada uma importante redução nas taxas de mortalidade dos pacientes. Por essa razão, o dia 15 de maio foi incorporado ao calendário da saúde como o Dia Nacional de Controle da Infecção Hospitalar.
A data, instituída pela Lei nº 11.723/2008, tem o objetivo de conscientizar autoridades sanitárias, diretores de hospitais e trabalhadores de saúde sobre a importância do controle das infecções hospitalares, que são adquiridas após a admissão do paciente na unidade hospitalar e pode se manifestar durante a internação ou após a alta. Pela sua gravidade e aumento do tempo de internação do paciente, é causa importante de morbidade e mortalidade, caracterizando-se como problema de saúde pública.
Segundo a Associação Médica Brasileira, mais de 45 mil brasileiros morrem anualmente devido a infecções hospitalares. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que esse número possa chegar a até 100 mil por ano.
Cuidados a serem adotados durante visitas a uma unidade hospitalar
O visitante deve sempre higienizar as suas mãos na chegada ao hospital, antes e após tocar o paciente ou superfícies próximas ao seu redor e ao sair da unidade. Essa higienização pode ser feita tanto com água e sabão quanto com álcool a 70%, o qual deve estar disponível em todo o hospital. Para que a higienização das mãos possa ser mais efetiva, é importante que os adornos sejam retirados (por exemplo, anéis, pulseiras e relógios), para facilitar o contato da água ou do álcool com a superfície da pele que está sendo higienizada.
Além da higienização das mãos, visitantes e acompanhantes também podem contribuir para o combate às infecções hospitalares, adotando os seguintes cuidados:
- Não visite o paciente caso você esteja doente;
- Não circule com alimentos no hospital nem leve para o paciente;
- Não sente no leito do paciente;
- Não leve flores ou plantas para o quarto do paciente;
- Evite trazer crianças para o ambiente hospitalar;
- Evite o excesso de visitantes e acompanhantes;
- Não mantenha contato com outros pacientes.
Lavagem correta das mãos
As mãos devem ser umedecidas antes de colocar o sabão, de preferência líquido, para evitar que se toque no reservatório. Em seguida, esfregam-se bem o dorso, a palma, os dedos e os interdígitos, isto é, o vão dos dedos. É preciso tomar cuidado também com a área embaixo das unhas. Se a pessoa tem unhas mais longas, deve colocar sabão e esfregar embaixo delas. Os dedos devem ser virados para cima, na direção da água que cai. Não devem ser usadas toalhas de pano para secar as mãos e, sim, toalhas de papel que servirão também para fechar a torneira.
ANS iniciará Projeto de Monitoramento da Qualidade Hospitalar
No segundo semestre de 2021, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) iniciará, por meio do sistema SIHOSP, o Projeto de Monitoramento da Qualidade da Assistência Hospitalar na Saúde Suplementar, cuja iniciativa tem como principal objetivo monitorar a qualidade assistencial dos hospitais participantes, por meio da coleta mensal de indicadores gerais selecionados e divulgar à sociedade os índices de qualidade assistencial ofertada aos beneficiários pelos hospitais vinculados aos seus planos de saúde.
Dentre os indicadores relacionados ao monitoramento de infecções hospitalares, podemos destacar a taxa de início de antibiótico intravenoso profilático; taxa de infecção de sítio cirúrgico; taxa de infecção de corrente sanguínea associada à cateter venoso central e taxa de infecção do trato urinário associada à cateter vesical.
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