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ANS promove novos encontros com pequenas e médias operadoras para discutir impactos da Covid-19
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) realizou a segunda edição dos encontros regionais com operadoras de planos de saúde de pequeno e médio porte para avaliar os impactos da Covid-19 na saúde suplementar. As reuniões, realizadas de forma remota, ocorreram nos dias 10, 11, 12 e 14 de agosto, dando continuidade ao monitoramento que a Agência vem fazendo desde maio, quando ocorreu a primeira edição do evento.
O diretor-presidente substituto da ANS, Rogério Scarabel, destacou a importância da realização de mais uma edição do evento. “Essas reuniões permitem que a reguladora acompanhe de perto o que está acontecendo e tenha conhecimento de como as pequenas e médias operadoras têm se comportado diante dos desafios impostos pela Covid-19 durante a crise causada pela pandemia de coronavírus”, destacou.
Para as reuniões, foram convidados representantes de aproximadamente 600 operadoras. Nos quatro dias, foram apresentadas informações sobre aspectos econômico-financeiros (inadimplência, sinistralidade, fluxo de caixa) e assistenciais (dados de utilização dos serviços de saúde, hospitalização, telemedicina e ações de coordenação do cuidado) que vão auxiliar as decisões da ANS quanto a medidas regulatórias para o enfrentamento do coronavírus.
O diretor de Normas e Habilitação das Operadoras, Paulo Rebello, destacou que cresceu recentemente o número de casos da Covid-19 no interior do País, o que torna as trocas de experiências nessas reuniões ainda mais importantes: "Além de ampliar a visão do regulador sobre os impactos que essas operadoras de menor porte estão enfrentando com a pandemia, auxiliando a Agência na tomada de decisões, os encontros propiciam o compartilhamento de boas práticas para a adoção de medidas já testadas e bem-sucedidas", disse.
Nessa troca de informações, foram apresentados diferentes cenários. A Unimed Noroeste do Paraná, por exemplo, relatou que o índice de inadimplência da operadora se manteve o mesmo de antes da pandemia. Mas, dentro do período pandêmico, foram feitas algumas negociações específicas para clientes, tanto de pessoa física como jurídica, para manter essa estabilidade. Já a Caixa de Assistência Sistema Saúde Integral destacou os benefícios da telemedicina, e informou que o fluxo de atendimentos nessa modalidade se ampliou expressivamente no período.
Neste período de Covid-19, a operadora de saúde FAPES / BNDES teve a iniciativa de criar um grupo no aplicativo Whatsapp para troca de experiências entre as operadoras sobre ações assistenciais, a partir das reuniões estabelecidas pela ANS. Já a Pladisa – Planos de Saúde aproveitou o período de menor demanda presencial para implementar melhorias nas rotinas internas.
De modo geral, as operadoras relataram ter observado queda na realização de consultas, procedimentos eletivos e de exames ambulatoriais no início da pandemia, mas muitas reportaram que já observam retorno gradual da demanda. Relatos de queda da sinistralidade, melhoria do fluxo de caixa e taxas relativamente controladas de inadimplência foram frequentes. A maioria das operadoras relatou não observar alteração na taxa de inadimplência e grande parte delas afirmou ter negociado com os contratantes.
No total, 54% das operadoras reportaram ações de coordenação de cuidado tomadas. A maioria manifestou oferecer aos seus beneficiários o uso da telemedicina. Em geral, a percepção foi de avanço acelerado na adoção dessa modalidade de atendimento no setor, em consequência da pandemia. Observou-se ainda um destaque para a atenção à saúde mental durante a pandemia por diversas operadoras, que relataram experiências bastante exitosas com atendimentos de psicologia e psiquiatria, uma vez que houve aumento significativo na procura por esse tipo de atendimento em decorrência do atual cenário.
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O Diretor Adjunto de Normas e Habilitação das Operadoras, César Serra, também falou sobre a relevância do debate em prol do setor. “É importante esse retorno do mercado sobre a evolução da pandemia em diferentes regiões. Eu avalio que o mercado vem reagindo bem em relação à crise econômica no País, mostrando-se resiliente diante dos desafios. Trata-se de uma característica bem interessante dos planos de saúde que estão conseguindo se manter, diferentemente de outros setores”.
As reuniões foram gravadas e os conteúdos estão disponíveis no canal da ANS no Youtube. Clique nos links abaixo para acessar diretamente:
Reunião do 10 de agosto de 2020 – Impacto do COVID 19 nas pequenas e médias operadoras das regiões Norte, Nordeste e Centro oeste 2°
Reunião do 11 de agosto de 2020 - Impacto do COVID 19 nas pequenas e médias operadoras da região Sul 2° edição
Reunião do 12 de agosto de 2020 - Impacto do COVID 19 nas pequenas e médias operadoras da região Sudeste (1) 2° edição
Reunião do 14 de agosto de 2020 - Impacto do COVID 19 nas pequenas e médias operadoras da região Sudeste (2) 2° edição