Áreas em Oferta
Estão em oferta 54 blocos na Quarta Rodada de Licitações, 15 blocos em terra e 39 blocos no mar, para atividades de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás natural, distribuídos por 18 bacias sedimentares brasileiras.
Bacia do Amazonas
Na Bacia do Amazonas está em oferta um bloco (BT-AM-2) de 12.529 km².
A bacia terrestre do Amazonas, com área de 615.600 km², situa-se na região norte do Brasil e ocupa parte dos estados do Amazonas, Pará e Amapá. É uma bacia intracratônica, predominantemente paleozóica, encaixada entre os escudos das Guianas, a norte, e Central Brasileiro, a sul. É limitada a oeste pelo Arco de Purus, que a separa da Bacia do Solimões, e a leste pelo Arco de Gurupá, que a separa da Bacia do Marajó.
A bacia já apresenta um sistema petrolífero comprovado. Em 1953 foi descoberta a acumulação de óleo de Nova Olinda, que se revelou subcomercial em função da extensão limitada do reservatório devoniano do Grupo Curuá.
Descobertas subcomerciais significativas de óleo e gás ocorreram na década de 80. Em 1999 foi feita a primeira descoberta significativa, a acumulação de gás de Rio Uatumã no bloco BA-3 da Petrobras. Os reservatórios produtores são arenitos meso a neopensilvanianos da Fm Nova Olinda, capeados por evaporitos da mesma formação.
Os melhores reservatórios são considerados os arenitos neomissipianos a eopensilvanianos da Fm Monte Alegre. Esta unidade é equivalente à Fm Juruá, principal produtora na vizinha Bacia do Solimões. A Fm Monte Alegre está ausente nas partes mais altas do Arco de Purus e o seu pinchout constitui um dos prospectos a serem pesquisados no bloco, além de prospectos relacionados a discordâncias e prospectos estruturais.
Os folhelhos de alta radiatividade devonianos desta bacia são considerados os de melhor qualidade dentre os geradores paleozóicos. O teor médio é de 4%, com picos de até 10% e sua espessura varia de 30-40m na plataforma a 150-160m no depocentro.
As trapas são predominantemente estruturais, em geral anticlinais em blocos altos de falhas reversas. Importantes também deverão ser trapas associadas a discordâncias e adelgaçamentos.
A bacia conta com uma baixa densidade de poços exploratórios e de sísmica. A maioria dos poços foi perfurada sem suporte sísmico. Esta bacia, de nova fronteira, é bastante promissora, por apresentar todos os requisitos necessários para a formação de campos de hidrocarbonetos .
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- Bacia do Amazonas - Pacote de Dados
- Bacia do Amazonas - Carta Estratigráfica e Seção Geológica
Bacia de Barreirinhas
Na Bacia de Barreirinhas estão em oferta dois blocos, totalizando 7.304 km². Esta bacia localiza-se na margem equatorial brasileira, abrangendo parte da costa do Estado do Maranhão e a plataforma adjacente. Está limitada a noroeste pela Plataforma da Ilha de Santana, a leste pelo Alto de Tutóia e, a sul pela Plataforma de Sobradinho. Possui uma área de aproximadamente 50.000 km², dos quais 10.000 km² na sua porção emersa.
Recentemente, a bacia foi alvo de levantamento sísmico 2D do tipo spec survey. Foram perfurados 105 poços exploratórios na bacia, dos quais apenas 9 estão situados na plataforma continental. Este esforço exploratório resultou, até o momento, nas descobertas das acumulações sub-comerciais de São João (óleo e gás), Oeste de Canoas (gás) e Espigão (gás), situadas na porção terrestre da bacia.
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- Bacia de Barreirinhas - Pacote de Dados
- Bacia de Barreirinhas - Carta Estratigráfica e Seção Geológica
Bacia de Campos
Na Bacia de Campos estão emm oferta seis blocos, totalizando 6.910 km². Situada no litoral dos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, esta bacia abrange uma área de 115.800 km² até a lâmina d'água de 3.000 metros. Uma pequena parte dessa área se estende para terra.
Recentemente, a bacia foi alvo de levantamento sísmico 2D do tipo spec survey. A interação dos elementos do sistema petrolífero resultou num sincronismo ideal de geração, migração e trapeamento de hidrocarbonetos tornando esta bacia a mais prolífica do Brasil, com a descoberta de enormes volumes de óleo e gás. A produção atual da bacia é superior a 1.000.000 de barris de óleo por dia.
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- Bacia de Campos - Pacote de Dados
- Bacia de Campos - Carta Estratigráfica e Seção Geológica
Bacia de Cumuruxatiba
Na Bacia de Cumuruxatiba estão em oferta dois blocos, totalizando 3.109 km². Esta bacia localiza-se na margem leste brasileira, extremo sul do Estado da Bahia. Abrangendo parte da planície costeira, a bacia ocupa uma área total de 20.200 km² até o limite da cota batimétrica de 2.500m e está coberta por recente levantamento sísmico 2D do tipo spec survey.
A parte terrestre ocorre entre as cidades de Porto Seguro e Alcobaça, na direção norte-sul, e a sua parte submersa é circundada pelos bancos vulcânicos de Royal Charlotte ao norte, Abrolhos ao sul, e o Sulphur Minerva a leste. A perfuração de 46 poços exploratórios na bacia, resultou na descoberta das acumulações de Arraia e da área do poço BAS-94.
- Bacia de Cumuruxatiba - Blocos Exploratórios
- Bacia de Cumuruxatiba - Pacote de Dados
- Bacia de Cumuruxatiba - Carta Estratigráfica e Seção Geológica
Bacia do Espírito Santo
Na Bacia do Espírito Santo-Mucuri estão em oferta sete blocos (dois em terra e cinco no mar), totalizando 5.376 km².
Esta bacia localiza-se ao longo do litoral centro-norte do Estado do Espírito Santo e sul do Estado da Bahia. Seu limite sul é a feição geológica conhecida como Alto de Vitória, que a separa da Bacia de Campos, enquanto seu limite norte, com a Bacia de Cumuruxatiba, é apenas geográfico. A bacia possui uma área sedimentar total de 123.130 km² até a lâmina d'água de 3.000 m (17.900 km² em terra), e está coberta por recente levantamento sísmico 2D do tipo spec survey.
A perfuração de 483 poços exploratórios na bacia resultou na descoberta de 51 acumulações de hidrocarbonetos, sendo 46 na porção terrestre e 5 na plataforma continental. Duas descobertas foram recentemente verificadas na bacia: a primeira, em terra, constatou óleo e, a segunda, em águas rasas, uma acumulação de gás. A bacia apresenta um volume original provado de 71 milhões de m³ de óleo e 9 bilhões de m³ de gás.
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- Bacia do Espírito Santo - Pacote de Dados
- Bacia do Espírito Santo - Carta Estratigráfica e Seção Geológica
Bacia da Foz do Amazonas
Na Bacia da Foz do Amazonas estão em oferta dois blocos, totalizando 15.230 km². Esta bacia situa-se na porção oeste da margem equatorial brasileira, ao longo da costa dos estados do Amapá e do Pará. Ocupa uma área aproximada de 261.170 km², incluindo a plataforma continental, talude e região de águas profundas, até o limite entre as crostas continental e oceânica. Recentemente, a bacia foi alvo de levantamento sísmico 2D do tipo spec survey.
Foram perfurados 93 poços exploratórios na bacia, sendo 60 pela Petrobras e 33 por companhias que atuaram sob contrato com cláusula de risco. Este esforço exploratório resultou na descoberta de duas acumulações sub-comerciais de gás: Pirapema, e a área do poço APS-51A.
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- Bacia da Foz do Amazonas - Pacote de Dados
- Bacia da Foz do Amazonas - Carta Estratigráfica e Seção Geológica
Bacia do Jequitinhonha
Na Bacia do Jequitinhonha estão em oferta dois blocos, totalizando2.598 km². Esta bacia localiza-se na porção nordeste da margem leste brasileira, no litoral sul do estado da Bahia, em frente à foz do rio Jequitinhonha. A norte, limita-se com a Bacia de Camamu-Almada através do Alto de Olivença, e a sul, com a Bacia de Cumuruxatiba, através do banco vulcânico de Royal Charlotte. Ocupa uma área de cerca de 10.100 km², dos quais 9.500 km² são submersos (7.000 km² até 1.000 m de lâmina d'água e 2.500 km² entre 1.000 e 2.000 m).
Recentemente, a bacia foi alvo de levantamento sísmico 2D do tipo spec survey. A perfuração de 33 poços exploratórios na bacia, resultou em uma descoberta na área do poço 1-BAS-37.
- Bacia do Jequitinhonha - Blocos Exploratórios
- Bacia do Jequitinhonha - Pacote de Dados
- Bacia do Jequitinhonha - Carta Estratigráfica e Seção Geológica
Bacia do Pará-Maranhão
Na Bacia do Pará-Maranhão estão em oferta três blocos, totalizando 8.845 km². Esta bacia está localizada na porção norte da plataforma continental brasileira, na costa dos estados do Pará e Maranhão. Ocupa uma área total de 95.875 km², sendo 81.265 km² até a batimetria de 400 m, e 14.610 km² entre 400 m e 3.000 m.
Recentemente, a bacia foi alvo de levantamento sísmico 2D do tipo spec survey. Foram perfurados 33 poços na bacia, resultando em uma acumulação sub-comercial de óleo (1-PAS-11), em carbonatos fraturados do Terciário, além de produção sub-comercial de óleo (37o API) em arenitos turbidíticos, no poço 1-MAS-5.
- Bacia do Pará-Maranhão - Blocos Exploratórios
- Bacia do Pará-Maranhão - Pacote de Dados
- Bacia do Pará-Maranhão - Carta Estratigráfica e Seção Geológica
Bacia do Parnaíba
Está em oferta um bloco ( BT-PN-1) de 12.261 km². A Bacia do Parnaíba é uma bacia terrestre intracratônica, com cerca de 600.000 km², que se distribui principalmente pelos estados do Maranhão, Piauí e Tocantins e subordinadamente pelos estados do Pará, Ceará e Bahia. e que é preenchida predominantemente por rochas paleozóicas.
Ela é separada da Bacia de Barreirinhas, a norte, pelo Arco Ferrer Urbano-Santos, e da Bacia do São Francisco, a sul,pelo Arco do São Francisco.
A bacia conta com apenas 31 poços exploratórios, dos quais apenas 7 foram perfurados com apoio da sísmica. A cobertura sísmica de somente 13.000 km é distribuída esparsamente.
A espessura máxima perfurada é de cerca de 3.500m. Espessuras bem maiores podem ocorrer em grabens mais antigos, proterozóicos e cambro-ordovicianos, pouco perfurados, sendo a espessura de 3.500m relativa à sinéclise paleozóica, que se desenvolveu a partir do siluriano. O gerador principal é folhelho devoniano givetiano-frasniano da Fm Pimenteiras, com teor médio de 2%-2,5% e picos de até 6%. Ígneas básicas juro-triássicas e cretácicas contribuiram para a maturação da matéria orgânica. Geradores potenciais são folhelhos silurianos e neodevonianos.
Os principais reservatórios são os arenitos devonianos (Fm Cabeças) capeados por folhelhos devonianos. Arenitos silurianos, capeados por folhelhos transgressivos silurianos e reservatórios carboníferos e permianos,selados por evaporitos permianos, são reservatórios potenciais. Além de contribuirem para a maturação, sills de diabásio também podem funcionar como selantes.
O arcabouço estrutural no flanco E e S da bacia é fortemente influenciado por uma zona de falha, com cerca de 3.000 km de comprimento, denominada Lineamento Transbrasiliano, e que exerceu influência na formação dos riftes mais antigos e dos depocentros eopaleozóicos. O basculamento geral da bacia para NW no cretáceo e a possibilidade de inversão de atitude na área sul tornam também atrativo o flanco S-SE.
As estruturações em geral são relacionadas a blocos falhados, com fechamentos providos por falhas normais e reversas. Muitas estruturações são causadas por intrusões de diabásio. Um astroblema reconhecido na bacia, o de Riachão, pode ser um futuro prospecto.
O bloco oferecido se situa na parte profunda da bacia, onde foi perfurado o poço 2-CP-1-MA (Capinzal). Este poço apresenta condições muito favoráveis para acumulação de hidrocarbonetos. A Fm Cabeças, com topo situado a 1666m, tem espessura total de 340m,apresentando em perfil forma de caixote. A Fm Pimenteiras é muito espessa, com topo a 2006m e base a 2476m, e apresenta, dentro dos folhelhos geradores, intrusões de diabásio que somam 125m de espessura, A Fm Cabeças é selada por diabásio com cerca de 170m de espessura. O poço foi testado em diabásio dentro da Fm Pimenteiras, queimando gás com chama de 2-4m. Reavaliação dos perfis indicam a possibilidade do poço conter uma acumulação de gás na Fm Cabeças, não testada, com estimativas de net-pay que variam de 8,5m, 34m e 58m.
O bloco apresenta possibilidades de trapes não convencionais do tipo "basin-centered gas", com sills de diabásio funcionando como selantes para possíveis jazidas de gás acumuladas em "sweet spots".
- Bacia do Parnaíba - Blocos Exploratórios
- Bacia do Parnaíba - Pacote de Dados
- Bacia do Parnaíba - Carta Estratigráfica e Seção Geológica
Bacia do Pelotas
Na Bacia de Pelotas está em oferta um bloco, com 11.042,7 km². Esta bacia situa-se na extremidade sul da margem continental brasileira, desde o Uruguai, a sul, até a Bacia de Santos, a norte. A sua área é de aproximadamente 210.000 km², até a cota batimétrica de 2.000 metros. O esforço exploratório realizado resume-se a 20 poços, sendo que 11 destes são estratigráficos perfurados na parte emersa da bacia. Recentemente foi perfurado um poço no bloco BP-1.
A bacia não apresenta a seção evaporítica e sua prospectividade ainda precisa ser mais bem avaliada. Prospectos principais são turbiditos cretáceos e terciários, carbonatos e arenitos albianos, em trapas estratigráficas e estruturais. Secundariamente, podem ser considerados prospectos aptianos/barremianos e paleozóicos nas regiões mais rasas e proximais.
- Bacia do Pelotas - Blocos Exploratórios
- Bacia do Pelotas - Pacote de Dados
- Bacia do Pelotas - Carta Estratigráfica e Seção Geológica
Bacia do Pernambuco-Paraíba
Na Bacia de Pernambuco-Paraíba está sendo oferecido 1 bloco, com 3.554 km². Esta bacia situa-se na parte mais setentrional da costa leste do Brasil, estendendo-se pelo litoral dos Estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Limita-se ao norte com a bacia Potiguar, através do Alto de Touros, e ao sul, com a Bacia de Sergipe-Alagoas, através do Alto de Maragogi. A bacia possui uma área emersa de 7.600 km² e cerca de 31.400 km² na sua porção submersa, que se estende pela plataforma continental até a cota batimétrica de 3.000 metros. Recentemente, a bacia foi alvo de levantamento sísmico 2D do tipo spec survey. Foram perfurados apenas 3 poços na parte emersa da bacia, o mais profundo com cerca de 3.000m. Embora a informação geológica seja insuficiente, a presença de anomalias de hidrocarbonetos pesados, identificadas pela geoquímica de superfície, pode indicar um sistema petrolífero efetivo na bacia.
- Bacia do Pernambuco-Paraíba - Blocos Exploratórios
- Bacia do Pernambuco-Paraíba - Pacote de Dados
- Bacia do Pernambuco-Paraíba - Carta Estratigráfica e Seção Geológica
Bacia do Potiguar
Na Bacia Potiguar estão em oferta oito blocos (três em terra e cinco no mar), totalizando 7.657 km². Esta bacia situa-se no extremo leste da Margem Equatorial Brasileira, compreendendo um segmento emerso e outro submerso, ao longo dos Estados do Rio Grande do Norte e do Ceará. O Alto de Fortaleza define seu limite oeste com a Bacia do Ceará, enquanto que o Alto de Touros define seu limite leste com a Bacia de Pernambuco-Paraíba. Sua área, até a isóbata de 3.000m, alcança 119.295 km², sendo 33.200 km² (27,8%) emersos e 86.095 km² (72,2%) submersos.
Recentemente, a porção offshore da bacia foi alvo de levantamento sísmico 2D do tipo spec survey. O esforço exploratório já realizado resultou na descoberta de 70 campos de óleo e gás, sendo 6 no mar e 64 em terra. Recente perfuração na porção terrestre da bacia constatou uma acumulação de óleo, indicando que a bacia ainda oferece boas oportunidades. A Bacia Potiguar, com uma produção diária de 110 mil boe, é atualmente a segunda região produtora do país.
- Bacia do Potiguar - Blocos Exploratórios
- Bacia do Potiguar - Pacote de Dados
- Bacia do Potiguar - Carta Estratigráfica e Seção Geológica
Bacia do Recôncavo
Na Bacia do Recôncavo estão em oferta quatro blocos, totalizando 919 km². Localiza-se na região nordeste do Brasil, em parte emersa do Estado da Bahia, ocupando área de 10.200 km². Limita-se com a Bacia do Tucano, ao norte, pelo Alto de Aporá, e com a Bacia de Camamu-Almada, ao sul, por uma zona de transferência E-W (Falha da Barra). Os limites leste e oeste da bacia são afloramentos pré-cambrianos oriundos, respectivamente, dos sistemas de falhas de Salvador e de Maragogipe.
A descoberta de petróleo nesta bacia ocorreu em 1939 com a perfuração de um poço em Lobato, considerado como o marco inicial da indústria petrolífera nacional. Recente descoberta de uma acumulação de óleo leve revelou, em testes, boa capacidade de produção. A Bacia do Recôncavo produz atualmente cerca de 80.000 barris/dia de óleo equivalente.
- Bacia do Recôncavo - Blocos Exploratórios
- Bacia do Recôncavo - Pacote de Dados
- Bacia do Recôncavo - Carta Estratigráfica e Seção Geológica
Bacia do Santos
Na Bacia de Santos estão em oferta oito blocos, totalizando 17.013,5 km². Esta bacia localiza-se na porção sudeste da margem continental brasileira, em frente aos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Limita-se ao sul pelo Alto de Florianópolis, que a separa da Bacia de Pelotas; enquanto que ao norte é limitada pelo Alto de Cabo Frio, que a separa da Bacia de Campos. Com área total de 352.260 km² até a lâmina d'água de 3.000 m, a Bacia de Santos constitui-se na mais extensa dentre as bacias costeiras do Brasil.
Recentemente, a bacia foi alvo de levantamento sísmico 2D do tipo spec survey. A perfuração de 123 poços exploratórios, na bacia, resultou na descoberta de 5 campos de óleo (Tubarão, Coral, Estrela do Mar, Caravela e Caravela Sul) e um campo de gás e condensado (Merluza), que somam um volume original de óleo-equivalente da ordem de 190 milhões de m³. A mais recente descoberta, ainda em fase de avaliação, foi realizada no bloco BS-3, fato que aumenta a potencialidade da bacia.
- Bacia do Santos - Blocos Exploratórios
- Bacia do Santos - Pacote de Dados
- Bacia do Santos - Carta Estratigráfica e Seção Geológica
Bacia do São Francisco
Um bloco (BT-SF-1), com área de 2.946 km², está em oferta na parte central da Bacia do São Francisco, localizada na região central brasileira, cobrindo área total de 354.800 km² distribuída nos estados de Minas Gerais, Bahia, Goiás, Tocantins e no Distrito Federal. Com formato alongado, tem cerca de 1.000 km de extensão na direção Norte - Sul e aproximadamente 400 km de largura máxima, Leste - Oeste, em sua posição média.
Geologicamente, a Bacia do São Francisco é classificada como uma bacia de foreland, da idade proterozóica. É limitada a oeste pela faixa de dobramentos Brasília, a leste pela faixa de dobramentos Araçuaí, a norte pelo arco do São Francisco e a sul pelo arco do Alto Parnaíba. Seu preenchimento sedimentar é representado principalmente por rochas clásticas e carbonáticas neoproterozóicas.
A bacia vem despertando interesse exploratório para hidrocarbonetos desde que foram descobertas várias exsudações de gás, naturais ou em poços rasos perfurados para água. Até o momento foram levantados 2.826 km de linhas sísmicas 2-D e quatro poços exploratórios foram perfurados na bacia, dois dos quais apresentaram vazão sub-comercial de gás. A área do bloco corresponde a região de foredeep da bacia e está situada na parte frontal da faixa de dobramentos Brasília. Apresenta um prospecto mapeado por sísmica representando uma estrutura anticlinal fechada no topo da supersequência Rifeana (Neoproterzóico inferior).
A geração é atribuída aos folhelhos negros rifeanos (teores médios de carbono orgânico da ordem de 4% com picos de até 11%) e os objetivos seriam os arenitos do Grupo Paranoá (Rifeano) e os calcários fraturados do Grupo Bambuí (Vendiano).
- Bacia do São Francisco - Blocos Exploratórios
- Bacia do São Francisco - Pacote de Dados
- Bacia do São Francisco - Carta Estratigráfica e Seção Geológica
Bacia do São Luiz
Na Bacia de São Luís está em oferta um bloco terrestre de 7.944 km². A bacia terrrestre de São Luís, localizada no litoral noroeste do estado do Maranhão, ocupa a parte central de um rifte alongado, conhecido como Bragança-Viseu, São Luís e Ilha Nova, que se estende desde o litoral nordeste do estado do Pará até a vizinha Bacia de Barreirinhas. O conjunto das 3 bacias ocupa uma área de cerca de 30.000 km², dos quais aproximadamente 20.000 km² cabem à bacia de São Luís. A cidade de São Luís, capital do estado do Maranhão, situa-se dentro desse conjunto de bacias, sendo importante mercado consumidor. A bacia se limita a norte por embasamento do craton de São Luís e pela Plataforma de Ilha de Santana. A sul, limita-se com a Bacia do Parnaíba pelo Arco Ferrer- Urbano Santos.
O esforço exploratório é representado por 18 poços perfurados e 2.479 km de sísmica 2D executados. A Bacia de São Luís é um rifte abortado, desenvolvido no Aptiano e Albiano, relacionado à abertura da margem equatorial norte do Oceano Atlântico.
Modelagem gravimétrica permite estimar espessura máxima de sedimentos em torno de 5.000m. Os sedimentos mais antigos perfurados são provavelmente cambro-ordovicianos, distribuídos em uma calha central.No flanco sul ocorrem remanescentes paleozóicos silurianos e devonianos da Bacia do Parnaíba.
O principal gerador da bacia é a Fm Codó, de idade aptiana, com teores muito altos, entre 4% e 15%, que deve estar maturo nas partes mais profundas da bacia. No flanco sul, embora de ocorrência restrita, pode ser considerado como gerador potencial o folhelho devoniano da Fm Pimenteiras.
Os principais reservatórios são arenitos do Cretáceo Inferior. Reservatórios paleozóicos também devem ser considerados.
Além das trapas relacionadas a falhas normais da fase rift, movimentos transcorrentes, resultantes do deslocamento das placas africana e sul-americana, que ocorreram no Albiano, ocasionaram dobras e falhas reversas que podem armazenar hidrocarbonetos. Adelgaçamentos de reservatórios paleozóicos constituem prospectos potenciais.
- Bacia do São Luiz - Blocos Exploratórios
- Bacia do São Luiz - Pacote de Dados
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Bacia de Sergipe-Alagoas
Na Bacia de Sergipe-Alagoas estão em oferta dois blocos, totalizando 5.106 km². Esta bacia situa-se na região nordeste do Brasil e abrange os estados de Sergipe e Alagoas. Limita-se, a norte, com a Bacia de Pernambuco/Paraíba, pelo Alto de Maragogi. A sul, o limite da porção emersa é constituído pela Plataforma de Estância e da porção submersa, pela Bacia de Jacuípe, através do sistema de falhas do Vaza-Barris. Sua porção terrestre apresenta uma área de 13.000 km², enquanto a parte submersa se estende por uma área de 32.760 km² até a cota batimétrica de 3.000 metros. Esta porção offshore da bacia foi coberta recentemente por levantamento sísmico 2D do tipo spec survey.
O esforço exploratório desenvolvido resultou na descoberta de 28 campos de petróleo, sendo 23 em terra e 5 no mar. Recente e significativa descoberta de uma acumulação de óleo leve, em águas profundas, propicia uma nova frente exploratória na bacia. A produção atual é de aproximadamente 23.000 barris/ dia de óleo equivalente.
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Bacia do Solimões
Na Bacia do Solimões estão em oferta dois blocos, BT-SOL-1 e BT-SOL-2 de 7.662 km² e 6.160 km², respectivamente. A bacia terrestre do Solimões, antigamente denominada Bacia do Alto Amazonas, situa-se na região norte do Brasil e ocupa parte do estado do Amazonas, sendo coberta pela exuberante floresta amazônica. Trata-se de uma bacia intracratônica cuja área é de cerca de 900 km². Ela é limitada a norte e sul pelos escudos da Guiana e Central Brasileiro, respectivamente. O Arco de Iquitos, a oeste, e o Arco de Purus, a leste, a separam das bacias do Acre e Amazonas.
A exploração na bacia ganhou um novo alento quando, em 1978, depois de cerca de 60 anos de atividade, foi descoberta a primeira acumulação comercial, de gás, em Juruá. Em 1986, na região do Rio Urucu, foi encontrado o primeiro campo de hidrocarboneto líquido.
A produção média diária em agosto de 2001 foi de 40.000 barris de óleo e 6,4 milhões de m³ de gás. Em dezembro de 2.000 as reservas provada e total, no estado do Amazonas, correspondiam a 128,838 milhões e 156,998 milhões de barris de óleo e 44,402 milhões e 88,138 milhões de m³ de gás.
As duas províncias produtoras, gaseífera de Juruá e oleífera/gaseífera de Rio Urucu, compreendem 16 campos que se alinham em 2 trends paralelos de direção NE. Uma descoberta recente, a província de São Mateus, tem 3 campos cujo trend é NW.
O principal gerador é o folhelho radiativo devoniano (Frasniano) da Fm Jandiatuba, com teor médio de 6% e com picos superiores a 8% e espessura máxima de 50m.
Reservatórios comprovadamente produtores são arenitos carboníferos da Fm Juruá, capeados por evaporitos também carboníferos da Fm Carauari.
As trapas são eminentemente estruturais, em geral anticlinais associados a falhas reversas relacionadas a uma extensa zona de megacizalhamento.
Ígneas básicas exercem papel importante na maturação da matéria orgânica e provavelmente na definição do tipo de hidrocarboneto, líquido ou gasoso, que se formou.
Em vista dos fatores geológicos favoráveis que apresenta, a bacia pode ser considerada bastante atrativa do ponto de vista exploratório. Por ser ainda pouco perfurada, grandes volumes de hidrocarbonetos podem ser descobertos com uma campanha exploratória mais intensa.