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Três campos do pré-sal já respondem por mais da metade da produção brasileira de petróleo e gás natural
No mês de setembro de 2019, a produção de petróleo e gás natural no Brasil totalizou 3,738 milhões de barris de óleo equivalente por dia (MMboe/d). Os campos de Lula, Búzios e Sapinhoá, todos no pré-sal da Bacia de Santos, produziram 1,924 MMboe/d, o que corresponde a cerca de 51,5% da produção brasileira no mês.
A produção de petróleo foi de aproximadamente 2,927 milhões de barris por dia (MMbbl/d), uma redução de 2,1% em relação ao mês anterior e um aumento de 17,8% em relação a setembro de 2018. Já a produção de gás natural foi de 129 milhões de metros cúbicos por dia (MMm3/d), uma redução de 3,4% em relação ao mês anterior e um aumento de 14,1% na comparação com setembro de 2018. O principal motivo para a queda na produção foi a parada programada do FPSO Pioneiro de Libra, no campo de Mero.
Os dados de produção de setembro estão disponíveis na página do Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural.
Pré-sal
A produção do Pré-sal, oriunda de 110 poços, foi de 1,827 MMbbl/d de petróleo e 73,3 MMm³/d de gás natural, totalizando 2,289 MMboe/d. Houve redução de 5,7% em relação ao mês anterior e aumento de 28,3% se comparada ao mesmo mês de 2018. A produção do Pré-sal correspondeu a 61,2% do total produzido no Brasil.
Aproveitamento do gás natural
Em setembro, o aproveitamento de gás natural foi de 97,5%. Foram disponibilizados ao mercado 67,1 MMm³/dia. A queima de gás no mês foi de 3,275 MMm³/d, uma redução de 1,4% se comparada ao mês anterior e aumento de 5,2% se comparada ao mesmo mês em 2018.
Campos produtores
Lula, na Bacia de Santos, foi o que mais produziu petróleo, uma média de 962 MMbbl/d. Também foi o maior produtor de gás natural: média de 39,7 MMm3/d.
Origem da produção
Os campos marítimos produziram 96,4% do petróleo e 80% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras produziram 92,9% do petróleo e do gás natural. Com relação aos campos operados pela Petrobras, com participação exclusiva, produziram 44% do total. A produção nacional ocorreu em 7.221 poços, sendo 655 marítimos e 6.566 terrestres.
Destaques
Estreito, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores terrestres: 1.105.
Marlim Sul, na Bacia de Campos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 74.
A plataforma Petrobras 66 (P-66), produzindo no campo de Lula por meio de sete poços a ela interligados, produziu 143,8 Mbbl/d e foi a instalação com maior produção de petróleo.
A instalação Polo Arara, produzindo nos campos de Arara Azul, Araracanga, Carapanaúba, Cupiúba, Rio Urucu e Sudoeste Urucu, por meio de 36 poços a ela interligados, produziu 8,6 MMm³/d e foi a instalação com maior produção de gás natural.
Campos de acumulações marginais
Esses campos produziram 48,5 bbl/d de petróleo e 1,0 Mm³/d de gás natural. O campo de Itaparica, operado pela Newo, foi o maior produtor, com 16,7 boe/d.
Outras informações
Em setembro de 2019, 293 áreas concedidas, duas áreas de cessão onerosa e cinco de partilha da produção, operadas por 34 empresas, foram responsáveis pela produção nacional. Destas, 71 são marítimas e 229 terrestres. Do total das áreas produtoras, 10 são relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais.
O grau API médio foi de 27,5 sendo 36,4% da produção considerada óleo leve (>=31°API), 52,7% óleo médio (>=22 API e <31 API) e 10,9% óleo pesado (<22 API).
As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) produziram 109,7 Mboe/d, sendo 87,5 mil bbl/d de petróleo e 3,5 MM m³/d de gás natural. Desse total, 101,6 mil boe/d foram produzidos pela Petrobras e 8,1 mil boe/d foram produzidos por concessões não operadas pela Petrobras, dos quais: 369 boe/d em Alagoas, 5.238 boe/d na Bahia, 17 boe/d no Espírito Santo, 2.298 boe/d no Rio Grande do Norte e 188 boe/d em Sergipe.