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Produção acumulada no campo de Lula supera 2 bilhões de barris de óleo equivalente
Observação: O nome do campo de Lula será alterado por força de decisão judicial.
Em julho, o campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural, registrando 988 Mbbl/d de petróleo e 43,2 MMm3/d de gás natural, totalizando uma produção acumulada (desde 29/12/2010) de 2,038 bilhões de barris de óleo equivalente, atrás apenas do campo de Marlim, na Bacia de Campos, que registra produção acumulada (desde 17/03/1991) de 2,827 MMboe.
As informações são do Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural da ANP, com dados detalhados referentes a julho de 2020. Neste mês, a produção nacional foi de 3,898 MMboe/d (milhões de barris de óleo equivalente por dia), sendo 3,078 MMbbl/d (milhões de barris por dia) de petróleo e 130 MMm3/d (milhões de m3 por dia) de gás natural.
A produção de petróleo aumentou 2,2% se comparada com o mês anterior e 10,9% frente a julho de 2019. No gás natural, houve aumento de 1,4% em relação a junho e de 5% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
Durante o mês de julho, 33 campos tiveram a suas respectivas produções interrompidas temporariamente devido aos efeitos da pandemia da Covid-19, dos quais 16 marítimos e 17 terrestres, e um total de 60 instalações de produção marítimas permaneceram com produção interrompida. Em junho, havia 34 campos com produção interrompida, sendo 16 marítimos e 18 terrestres. Não houve alteração em relação ao número de instalações marítimas.
Novos gráficos
A partir desta edição, o boletim traz novos gráficos (27 a 30) contendo dados sobre o volume de gás natural injetado e queimado das instalações marítimas, além das instalações que apresentam maior relação entre queima e produção e entre injeção e produção de gás natural.
A queima de gás natural é necessária durante a produção por questões de segurança, como a manutenção da chama dos pilotos da unidade de produção, cuja existência é fundamental em casos de emergência para que o gás possa ser direcionado para os queimadores. Além disso, é comum que durante o período de comissionamento das unidades, quando os equipamentos de cada sistema da unidade são postos em operação, todo o gás seja queimado, até que estejam operacionais estes equipamentos, poços de injeção ou infraestrutura de escoamento. Quanto à reinjeção do gás, ocorre em geral para aumentar o fator de recuperação do reservatório ou por falta de infraestrutura para escoamento.
A ANP, juntamente com os operadores, vem realizando um grande esforço nos últimos anos para reduzir a queima de gás natural para níveis mínimos necessários para a manutenção das operações das instalações de produção. Os critérios para queima estão previstos na Resolução ANP 806/2020.
Recentemente foi publicado um estudo coordenado pela ANP sobre o aproveitamento do gás natural no pré-sal, que pode ser acessado aqui.
Pré-sal
A produção no Pré-sal em julho foi de 2,739 MMboe/d, o que corresponde a 70,3% do total nacional. Foram produzidos 2,179 MMbbl/d de petróleo e 88,88 MMm3/d de gás natural por meio de 117 poços. Houve aumento de 2,5% em relação ao mês anterior e de 25,4% em relação a julho de 2019.
Aproveitamento do gás natural
Em julho, o aproveitamento de gás natural foi de 96,9%. Foram disponibilizados ao mercado 54,9 MMm³/dia. A queima de gás no mês foi de 4 MMm³/d, um aumento de 27,7% se comparada ao mês anterior e de 15,3% se comparada ao mesmo mês em 2019.
O aumento da queima de gás em relação a junho se deu principalmente pelo aumento de 6,3 vezes da produção da P-70, em relação ao mês anterior, que se encontra no campo de Atapu. A P-70 está em comissionamento e, portanto, queima 100% do gás natural produzido. Outro motivo foi o aumento de 9% e de 5,5% da queima associada aos campos de Búzios e Lula, respectivamente.
Origem da produção
Neste mês de julho, os campos marítimos produziram 96,9% do petróleo e 85,6% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras foram responsáveis por 94,8% do petróleo e do gás natural produzidos no Brasil. Porém, os campos com participação exclusiva da Petrobras produziram 43,1% do total.
Destaques
A plataforma Petrobras 76, produzindo no campo de Búzios por meio de quatro poços a ela interligados, produziu 168,649 Mbbl/d de petróleo e foi a instalação com maior produção de petróleo.
A instalação FPSO Cidade de Mangaratiba, produzindo no campo de Lula, por meio de sete poços a ela interligados, produziu 7,417 MMm³/d e foi a instalação com maior produção de gás natural.
Estreito, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores terrestres: 1.099. Marlim Sul, na Bacia de Campos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 67.
Campos de acumulações marginais
Esses campos produziram 376,4 boe/d, sendo 112,6 bbl/d de petróleo e 41,9 Mm³/d de gás natural. O campo de Iraí, operado pela Petroborn, foi o maior produtor, com 259 boe/d.
Outras informações
No mês de julho de 2020, 270 áreas concedidas, três áreas de cessão onerosa e cinco de partilha, operadas por 35 empresas, foram responsáveis pela produção nacional. Dessas, 63 são marítimas e 207 terrestres, sendo 10 relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais. A produção ocorreu em 6.807 poços, sendo 508 marítimos e 6.299 terrestres.
O grau API médio foi de 27,9 sendo 2,8% da produção considerada óleo leve (>=31°API), 85,4% óleo médio (>=22 API e <31 API) e 11,8% óleo pesado (<22 API).
As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) produziram 99 Mboe/d, sendo 78,9 mil bbl/d de petróleo e 3,2 MMm³/d de gás natural. Desse total, 82,2 mil boe/d foram produzidos pela Petrobras e 16,8 mil boe/d foram produzidos por concessões não operadas pela Petrobras, dos quais: 10.910 boe/d no Rio Grande do Norte, 5.338 boe/d na Bahia, 313 boe/d em Alagoas, 175 boe/d em Sergipe e 79 boe/d no Espírito Santo.