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Estudos sobre bacias da Margem Equatorial são apresentados em seminário da ANP
A ANP realizou hoje (4/8) o seminário “Plays exploratórios em águas profundas das bacias da Margem Equatorial Brasileira”. O evento, que ocorreu de forma virtual, teve como objetivo apresentar os resultados alcançados nos estudos sobre as Bacias da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão/Barreirinhas e Potiguar, realizados pela Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) a partir dos dados da Agência.
Na abertura do evento, o Diretor da ANP Raphael Moura falou sobre a importância da Margem Equatorial Brasileira, por seu alto potencial para descobertas de petróleo leve, que tem elevado valor comercial, além de uma localização geopolítica estratégica, próximo aos maiores mercados consumidores no mundo.
"Importante ressaltar que o nosso lado da Margem Equatorial se localiza no mesmo contexto geológico da Guiana e do Suriname e, dentro desse processo, em função das descobertas na Margem Equatorial no lado desses países, temos grande interesse e urgência em conhecer o potencial do nosso lado. A ANP acredita no potencial da Margem Equatorial Brasileira como catalisador do desenvolvimento regional, em especial do Norte e do Nordeste brasileiros. Quem sabe não conseguiremos reproduzir o sucesso dos nossos vizinhos Guiana e Suriname? Para atingir esse objetivo, precisamos de um esforço conjunto e de colaboração da indústria, da academia, do regulador e de políticas de governo. São necessários investimentos em pesquisa e desenvolvimento e nossas universidades têm um papel central nesses esforços para que possamos converter o potencial da atividade em prosperidade para a sociedade brasileira", afirmou Raphael Moura.
Os estudos apresentados hoje são resultado de uma parceria da ANP com universidades brasileiras e estrangeiras, que possuem acesso gratuito aos dados públicos (sem restrições de confidencialidade) do setor armazenados no Banco de Dados de Exploração e Produção (BDEP) da Agência. Em contrapartida, as instituições compartilham os trabalhos acadêmicos realizados com base nas informações acessadas.
Com o seminário, a ANP pretendeu conferir transparência aos seus processos, mostrando os benefícios da universalização dos dados petrolíferos, além de incentivar outras universidades a desenvolverem trabalhos e apresentarem os resultados obtidos a partir dos dados públicos do BDEP. Dados de 2019 a 2021 demonstram que o acesso dessas instituições de ensino e pesquisa corresponde a 26% do total de acessos anuais aos dados públicos.
A ANP, através do BDEP, tem a missão de disseminar conhecimento e fomentar pesquisas acerca das bacias sedimentares brasileiras, em especial sobre as que possuem potencial petrolífero. O acesso aos dados públicos pelas universidades e instituições de pesquisa é regulamentado pela Resolução ANP n° 757/2018 – especificamente no Capítulo VI, Seção II “Do Acesso para Universidades e Instituições de Pesquisa”.