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Em evento no Rio, ANP defende mercado de refino aberto e competitivo
Diretor-geral da ANP, Décio Oddone, durante o evento na FGV-RJ.
O diretor-geral da ANP, Décio Oddone, afirmou hoje (19/04) que o Brasil precisa reduzir a dependência da importação de derivados de petróleo, que em 2017 foi superior a 500 mil barris/dia. A declaração foi feita durante apresentação no Seminário “Reposicionamento da Petrobras no Refino”, realizado hoje na FGV, no Rio de Janeiro.
Segundo ele, esse objetivo só será alcançado com um mercado aberto e competitivo no Refino. "O Brasil é grande demais para que uma única empresa seja responsável pelo abastecimento. Defendemos que exista um mercado aberto, diversificado e competitivo. A entrada de outros agentes permitirá que a precificação dos derivados seja definida pela competição, beneficiando o consumidor e reduzindo os riscos de interferência ou da adoção de práticas anticoncorrenciais.”
Para Oddone, o plano de parcerias da Petrobras pode ser o catalisador do processo de aceleração da abertura e transformação desse mercado. "O nosso país tem todas as condições de atrair investimentos. Somos o terceiro maior mercado consumidor de combustíveis de transporte no mundo, temos estabilidade regulatória e demanda crescente. O refino é uma atividade que impulsiona a economia", avaliou, completando que a tendência é a atração de investimentos para a conclusão dos projetos interrompidos e na construção de pequenas refinarias, com investimentos na casa dos US$ 200 milhões ou 300 milhões.
O diretor-geral acrescentou ainda que a ANP estuda a unificação do marco regulatório de toda a produção de combustíveis.
O diretor da ANP Aurélio Amaral também participou do evento, bem como representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP) e de outras entidades do setor.