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Boletim Mensal da Produção completa 10 anos
A ANP publicou hoje (05/11) a edição nº 121 do Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural, que marca os 10 anos de publicação ininterrupta deste relatório, iniciada em novembro de 2010 com dados referentes ao mês de setembro daquele ano. Esta edição comemorativa apresenta diversos destaques sobre a evolução da produção de petróleo e gás natural ocorridos nestes últimos 10 anos.
Durante esse período, ocorreram profundas transformações no ambiente de produção petrolífero no país, com destaque para o Pré-sal, que ajudou o Brasil a saltar da 13ª para a 10ª posição no ranking dos maiores países produtores de petróleo. Em 10 anos, a produção do Pré-sal foi ampliada em quase 60 vezes, superando a marca de 2 milhões de barris/d e já corresponde a 70% da produção nacional.
As informações são do Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural da ANP, que também traz dados detalhados da produção nacional referentes a setembro de 2020.
Produção nacional
Em setembro, a produção nacional foi de 3,695 MMboe/d (milhões de barris de óleo equivalente por dia), sendo 2,907 MMbbl/d (milhões de barris por dia) de petróleo e 125 MMm3/d (milhões de m3 por dia) de gás natural. A produção de petróleo reduziu 5,8% se comparada com o mês anterior e 0,7% frente a setembro de 2019. No gás natural, houve redução de 6,2% em relação a agosto e de 2,8% na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Os principais motivos para a queda foram a parada parcial da plataforma P-69 no campo de Tupi e a parada total do FPSO Cidade de São Paulo do campo de Sapinhoá.
Neste mês, 32 campos permaneceram com suas respectivas produções temporariamente interrompidas devido aos efeitos da pandemia de Covid-19, sendo 16 marítimos e 16 terrestres, e um total de 60 instalações marítimas permaneceram com produção interrompida. Em agosto foram 33 campos e 60 instalações marítimas.
Pré-sal
A produção no Pré-sal em setembro foi de 2,586 MMboe/d, sendo 2,054 MMbbl/d de petróleo e 84,605 MMm3/d de gás natural. No total, houve redução de 6,8% em relação ao mês anterior e aumento de 13% em relação a setembro de 2019. A produção no Pré-sal teve origem em 117 poços e correspondeu a 70% da produção nacional.
Aproveitamento do gás natural
Em setembro, o aproveitamento de gás natural foi de 97,5%. Foram disponibilizados ao mercado 52,9 MMm³/dia. A queima de gás no mês foi de 3,4 MMm³/d, uma redução de 13% se comparada ao mês anterior e um aumento de 6,1% se comparada ao mesmo mês em 2019.
Origem da produção
Neste mês de setembro, os campos marítimos produziram 96,8% do petróleo e 85,7% do gás natural. Os campos operados pela Petrobras foram responsáveis por 94,1% do petróleo e do gás natural produzidos no Brasil. Porém, os campos com participação exclusiva da Petrobras produziram 43% do total.
Destaques
Em setembro, o campo de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, foi o maior produtor de petróleo e gás natural, registrando 953 MMbbl/d de petróleo e 42,7 MMm3/d de gás natural.
A plataforma Petrobras 75, produzindo no campo de Búzios por meio de quatro poços a ela interligados, produziu 162,457 Mbbl/d de petróleo e foi a instalação com maior produção de petróleo.
A instalação FPSO Cidade de Itaguaí, produzindo no campo de Tupi, por meio de sete poços a ela interligados, produziu 7,342 MMm³/d e foi a instalação com maior produção de gás natural.
Estreito, na Bacia Potiguar, teve o maior número de poços produtores terrestres: 1.044.
Tupi, na Bacia de Santos, foi o campo marítimo com maior número de poços produtores: 58.
Campos de acumulações marginais
Esses campos produziram 477,9 boe/d, sendo 81,5 bbl/d de petróleo e 63 Mm³/d de gás natural. O campo de Iraí, operado pela Petroborn, foi o maior produtor, com 392,5 boe/d.
Outras informações
No mês de setembro de 2020, 265 áreas concedidas, três áreas de cessão onerosa e cinco de partilha, operadas por 36 empresas, foram responsáveis pela produção nacional. Dessas, 61 são marítimas e 212 terrestres, sendo 12 relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais. A produção ocorreu em 6.670 poços, sendo 490 marítimos e 6.180 terrestres.
O grau API médio do petróleo extraído no Brasil foi de 28, sendo 2,7% da produção considerada óleo leve (>=31°API), 89,9% óleo médio (>=22 API e <31 API) e 7,4% óleo pesado (<22 API).
As bacias maduras terrestres (campos/testes de longa duração das bacias do Espírito Santo, Potiguar, Recôncavo, Sergipe e Alagoas) produziram 98,5 Mboe/d, sendo 78,5 mil bbl/d de petróleo e 3,2 MMm³/d de gás natural. Desse total, 81,6 mil boe/d foram produzidos pela Petrobras e 16,9 mil boe/d foram produzidos por concessões não operadas pela Petrobras, dos quais: 11.329 boe/d no Rio Grande do Norte, 5.120 boe/d na Bahia, 278 boe/d em Alagoas, 127 boe/d em Sergipe e 90 boe/d no Espírito Santo.