NAVE
Previsto na Resolução ANP nº 918/2023, utiliza recursos da Cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) presente nos contratos de exploração e produção de petróleo e gás natural (E&P). A 1ª Edição conta com 8 empresas de energia e R$ 28 milhões, tendo a Fundep como entidade gestora. Fique por dentro das próximas etapas e novidades do NAVE ANP. Inscreva-se para participar de 25/9 a 22/11/2024 (prazo prorrogado). Conheça as regras. Saiba mais sobre o NAVE (apresentação institucional) |
Inscrições abertas de 25/9 a 22/11/2024
Desafios Tecnológicos
A 1ª edição conta com 67 desafios tecnológicos relacionados a cinco macrotemas.
No Anexo I do Edital de Chamamento Público é possível ver ainda exemplos de soluções esperadas.
Clique em cada macrotema e conheça os desafios.
- Exploração, produção, refino e descomissionamento
- Desafio 1: Economia Circular de Materiais Provenientes do Descomissionamento
Em campos maduros e de economicidade marginal, o aumento do Fator de Recuperação (FR) -porcentagem do petróleo presente em um reservatório que pode ser extraída durante a vida útil de um campo de petróleo - é crucial para prolongar a vida produtiva e adiar a decisão de descomissionamento. A inovação necessária deve se concentrar em soluções técnicas e econômicas viáveis para maximizar o FR, especialmente durante a fase final de produção. As soluções devem incorporar novas tecnologias para monitorar e gerenciar eficazmente o reservatório produtor, visando aumentar o FR e reduzir significativamente os custos operacionais. São também desejados métodos avançados para otimizar a recuperação de hidrocarbonetos nesses campos.- Desafio 2: Aumento do Fator de Recuperação dos Campos
O aumento do Fator de Recuperação (FR) é importante sobretudo para Campos maduros e de Economicidade Marginal, que necessitam maiores esforços para recuperação adicional hidrocarbonetos, sendo essenciais para prolongar sua vida produtiva e postergar a decisão pelo descomissionamento.- Desafio 3: Inovação em Catalisadores para Biocombustíveis e e-Fuels
A produção de biocombustíveis avançados e e-fuels enfrenta desafios significativos relacionados à viabilidade energética, principalmente devido ao uso de catalisadores caros e com vida útil limitada. Exemplos desses bicombustíveis são: etanol de segunda ou terceira geração, biodiesel, Sustainable Aviation Fuel (SAF), Hydrotreated Vegetable Oil (HVO), e-gasolina, e-querosene e outros. A oportunidade de inovação reside no desenvolvimento e aprimoramento contínuo desses materiais catalíticos. É necessário criar novos catalisadores e desenvolver soluções que reduzam os custos e prolongue a vida útil destes.- Desafio 4: Aperfeiçoamento e Expansão do CSEM para Redução de Risco na Exploração de Hidrocarbonetos
A exploração de hidrocarbonetos envolve altos níveis de incerteza e risco, mas o CSEM (Controlled Source Electromagnetic) tem se mostrado uma técnica promissora para mitigar esses riscos. Há uma oportunidade significativa para melhorar o processo CSEM e expandir sua aplicação na indústria de petróleo e gás, adaptando-o para diferentes formações geológicas. Além disso, a aplicação do CSEM em áreas como Carbon Capture and Storage (CCS) pode oferecer novas perspectivas para monitoramento e gestão eficaz desses processos.- Desafio 5: Desenvolvimento de Tecnologias Avançadas para Abandono Seguro e Sustentável de Poços
O abandono de poços é uma etapa crítica e complexa na vida útil de poços de petróleo e gás, sendo essencial para prevenir vazamentos de hidrocarbonetos e outros contaminantes que podem causar impactos ambientais e financeiros significativos. Com regulamentações ambientais cada vez mais rigorosas, surge a necessidade de novas abordagens tecnológicas e operacionais para garantir a segurança a longo prazo e a eficiência dos custos. Este desafio busca o desenvolvimento e a implementação de tecnologias e metodologias avançadas para o abandono seguro e eficaz de poços (P&A - Plug and Abandonment), focando na integridade das barreiras , proteção ambiental, redução do risco de integridade dos poços abandonados (melhora na eficácia e durabilidade do tamponamento), redução do ABEX (diminuição dos custos associados ao abandono), minimização de emissões de gases do efeito estufa, utilização em projetos de CCS (adequados para poços injetores de CO2) e redução de hora-homem (menos trabalho manual necessário)..- Desafio 6: Tecnologias Avançadas para Prevenção de Incrustações em Tubulações e Equipamentos
As incrustações em tubulações e equipamentos representam um desafio crítico para a eficiência operacional na indústria de petróleo e gás. Esses depósitos reduzem a eficiência de transferência de calor, aumentam o consumo de energia e podem causar paradas não planejadas. Além disso, o acúmulo de incrustações acelera a corrosão, comprometendo a integridade dos sistemas e elevando os riscos operacionais. A necessidade de prevenção eficaz é crucial para otimizar a produção, prolongar a vida útil dos ativos e reduzir custos operacionais. Este desafio busca desenvolver e implementar tecnologias avançadas para a prevenção de incrustações, que incluem depósitos minerais, parafinas e outros compostos. A inovação deve focar em abordagens que melhorem a eficiência, a segurança e a manutenção nas operações de óleo e gás.- Desafio 7: Desenvolvimento de Sensores Ópticos para Imageamento em Águas Rasas e Ultra Rasas
Levantamentos cadastrais e ambientais em áreas de águas rasas e ultra rasas são essenciais para o planejamento e execução de projetos de dutos submarinos e para a etapa de descomissionamento. A falta de visibilidade nesses ambientes tem causado ociosidade nas embarcações envolvidas, impactando financeiramente e em termos de prazo. Este desafio visa a fabricação ou adaptação de sensores ópticos capazes de realizar imageamento submarino em condições de baixa visibilidade, devido a sedimentos suspensos. A inovação deve focar em soluções que permitam a avaliação precisa dos elementos presentes na área do projeto, facilitando a execução eficiente e a gestão adequada das operações submarinas.- Desafio 8: Tecnologias para Monitoramento Seguro da Pressão de Anulares em Revestimentos de Poços
O monitoramento da pressão dos anulares de revestimento é um requisito crucial do Sistema de Gestão de Integridade de Poços (SGIP), especialmente quando a despressurização é necessária para a manutenção dos equipamentos de cabeça de poços. A degradação das válvulas pode tornar a verificação da pressão complexa e perigosa, frequentemente exigindo trepanação para acessar o local e medir a pressão, o que envolve riscos significativos, como a construção de andaimes no mar e o desconhecimento das condições internas. Este desafio busca desenvolver soluções tecnológicas que possibilitem a avaliação da pressão interna em poços sem a necessidade de medição direta, mitigando riscos operacionais e melhorando a segurança. A inovação deve proporcionar métodos precisos e seguros para determinar a pressão, evitando intervenções desnecessárias e melhorando a eficiência das operações.- Desafio 9: Estratégias para Mitigação do Stress Corrosion Cracking (SCC) na Indústria de Petróleo
O Stress Corrosion Cracking (SCC) representa um desafio crítico na indústria de petróleo, com implicações significativas para a segurança e os custos operacionais, principalmente nos equipamentos offshore. Para enfrentar esse problema, é essencial o desenvolvimento de novos materiais, como a criação de ligas e revestimentos mais resistentes ao SCC, além de novos materiais e revestimentos que ofereçam maior proteção contra a corrosão; tecnologias de monitoramento avançado e contínuo para detectar e avaliar o SCC de forma proativa; e modelagem e simulação utilizando ferramentas computacionais para prever e analisar a formação de SCC, permitindo uma abordagem mais eficaz para sua gestão e mitigação. Essas estratégias são fundamentais para minimizar os impactos econômicos e melhorar a segurança das operações.- Desafio 10: Automatização do Controle de Produção com Inteligência Artificial em Equipamentos de Completação
Na indústria de óleo e gás, o controle de produção de poços é atualmente feito por válvulas hidráulicas que regulam o fluxo e a pressão com base na avaliação manual dos operadores. Com a evolução para equipamentos de completação inteligente eletrificados, surge a oportunidade de automatizar este controle utilizando inteligência artificial e machine learning. A inovação proposta envolve o desenvolvimento de algoritmos avançados que, baseados em dados históricos de produção, otimizam as condições de vazão e pressão de forma autônoma. Esses algoritmos devem ser capazes de ajustar as condições operacionais em tempo real para maximizar o fator de recuperação e a eficiência do reservatório, além de prever e prevenir possíveis shutdowns e necessidades de intervenção. A aplicação de machine learning permitirá uma gestão mais eficiente, prolongando a vida útil do reservatório e melhorando o desempenho geral.- Desafio 11: Previsão e Controle Inteligente para Perfuração Segura e Eficiente de Poços
No processo de perfuração, sensores monitoram o poço para prever problemas de controle, mas a tomada de decisão ainda depende fortemente do julgamento humano, o que pode resultar em erros e atrasos. A proposta é desenvolver uma ferramenta baseada em machine learning que assista as equipes em tempo real, identificando sinais iniciais de problemas e sugerindo ações específicas. Isso visa melhorar a gestão de eventos críticos, reduzir erros humanos e acelerar a resolução de problemas. Em particular, perfurar formações carbonáticas apresenta desafios devido à perda de fluidos para fraturas. Embora a perfuração com pressão gerenciada (MPD) e o uso de agentes de tamponamento sejam estratégias eficazes para mitigar essas perdas, elas são caras e demoradas. Ferramentas preditivas que combinam geociências e machine learning podem prever as condições propensas a perdas e otimizar a decisão sobre a necessidade de MPD, potencialmente economizando milhões de dólares ao reduzir a aplicação de técnicas caras e direcionar os esforços para áreas com maior probabilidade de sucesso.- Desafio 12: Desenvolvimento de Tecnologia Eficaz de Medição Monofásica para Gás Natural em Alta Vazão e Alta Pressão
Apesar dos avanços nas tecnologias de medição multifásica e monofásica, ainda há uma lacuna no mercado para soluções eficazes de medição monofásica de gás em alta pressão no leito marinho. O desafio é desenvolver uma tecnologia que atenda aos requisitos regulatórios e normas técnicas locais, fornecendo medições precisas de gás natural em condições de alta pressão e alta vazão. A solução deve garantir eficácia, conformidade com regulamentações e potencial para desenvolvimentos incrementais futuros, visando aplicações submarinas na indústria de óleo e gás.- Desafio 13: Desenvolvimento de nano robótica para Inspeção Interna de Sistemas Petrolíferos em Operação
Atualmente, a inspeção e monitoramento interno de sistemas de petróleo, como tubulações e vasos de pressão, requerem a parada operacional. No entanto, a tecnologia de nano robótica, que já é utilizada em outros setores, como cirurgias assistidas por robótica, oferece uma oportunidade para melhorar esses processos na indústria de petróleo. O desafio é desenvolver sistemas nano robóticos capazes de operar em sistemas pressurizados e com fluidos de petróleo em fluxo, realizando inspeções visuais, medições de espessura e identificação de anomalias. Isso permitirá inspeções e monitoramentos contínuos sem a necessidade de paradas operacionais, aumentando a eficiência e segurança.- Desafio 14: Alternativas ao Alívio de FPSOs sem uso de Navios DP
FPSO é a sigla, em inglês, para Floating Production Storage and Offloading. É um navio-plataforma que tem a capacidade de produzir, armazenar e transferir petróleo e gás natural. É utilizado na indústria petrolífera para a exploração e produção de petróleo e gás natural em locais distantes da costa. Fica ancorado, não se move. O alívio de FPSOs é geralmente efetuado com navios DP, que são escassos e caros. Procurar uma alternativa que mantenha a segurança, mas traga economia pode ser muito relevante para as companhias.- Desafio 15: Nanotecnologia e nano robótica para Solução de Problemas de Flow Assurance em Sistemas Petrolíferos
Problemas relacionados ao escoamento (Flow Assurance) na produção de petróleo frequentemente envolvem a combinação de temperatura e outros fatores, resultando em eventos como plugs de hidrato. Uma solução inovadora pode ser o uso de sistemas de nanotecnologia e nano robótica para penetrar em longas distâncias no fluxo do sistema petrolífero e realizar o aquecimento controlado das áreas afetadas. Este processo pode dissolver plugs e restaurar o fluxo sem prejudicar os equipamentos ou reservatórios. O desafio inclui o desenvolvimento de uma solução nano robótica integrada com nanotecnologia. A solução deve ser eficaz e capaz de ser injetada no fluxo para atuar nas regiões plugadas, contribuindo para a resolução de problemas de Flow Assurance. - Segurança energética, armazenamento de energia e fontes alternativas
- Desafio 16: Eficiência, Economicidade e Segurança no Transporte de Hidrogênio
A resolução referente às questões de transporte é um incentivo fundamental à produção de hidrogênio de baixo carbono no Brasil, uma vez que diversos materiais que compõem os dutos projetados e instalados para o transporte e distribuição de gás natural são passíveis de sofrer processos de fragilização e ruptura. Caso haja a utilização destes dutos atuais para a realização do transporte de hidrogênio, há a possibilidade de comprometer o aproveitamento da infraestrutura existente. Todavia o uso destes dutos pode viabilizar este transporte sem o comprometimento da infraestrutura.- Desafio 17: Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono
A produção de hidrogênio por meio dos processos termoquímicos (pirólise, gaseificação ou combustão), eletroquímicos ou biológicos (biopirólise, foto fermentação ou fermentação escura), apesar de ser estudada em nível acadêmico, carece de projetos pilotos que possam viabilizar sua escalabilidade e viabilidade econômica. Dentre os principais desafios técnicos em todos os processos de pirólise de gás natural estão relacionados às: altas taxas de conversão da reação necessária para que a operação de um processo seja economicamente viável, altas temperaturas associadas ao processo, à pureza do gás produzido e ao manuseio de sólidos gerados. Dessa forma, é imprescindível um projeto piloto que estude as principais variáveis do processo e possa melhorar os indicadores de forma a viabilizar a produção do hidrogênio a partir de biomassa e outras fontes, como gás natural.- Desafio 18: Detecção e Captura de Hidrogênio Natural
Durante o processo de produção de O&G pode existir H2 natural disponível e que pode ser utilizado como gás renovável para a geração direta de energia de diversos processos. Porém, este gás ainda não é utilizado para geração de energia.- Desafio 19: Produção de Amônia com Eletrolisadores Avançados
A produção verde de amônia usando eletrolisadores avançados é crucial para a transição energética global. A amônia serve como um ingrediente chave em fertilizantes e um potencial meio de armazenamento de energia. Ao aproveitar eletrolisadores avançados, podemos aumentar a eficiência e a escalabilidade da produção desse material.- Desafio 20: Soluções de Monitoramento para Armazenagem Geológica de CO2 ou Gás Natural
O monitoramento de longo prazo de CO2 um aspecto crucial para o seu armazenamento seguro, sendo discutido mundialmente pela sociedade, a fim de garantir a descarbonização dos processos industriais. Por outro lado, considera-se que o gás natural permanecerá relevante como energético de origem fóssil de menor intensidade de carbono. Sua estocagem pode garantir segurança energética sazonal e equilíbrio do fluxo de gás nos gasodutos de transporte, reduzindo o custo transacional e atuando como “pulmão” do sistema de gás natural. Dessa forma, para garantia do uso das técnicas de armazenamento geológico para ambos os fluidos, é fundamental o desenvolvimento de tecnologias de monitoramento seguras, confiáveis e amplamente disponíveis.- Desafio 21: Desenvolvimento de Soluções de Geração de Energia Submarina para Campos Offshore
Tradicionalmente, a energia necessária para plataformas e sistemas submarinos em campos de petróleo é gerada na planta de superfície. No entanto, com a crescente complexidade dos campos offshore em águas profundas e ultra profundas, a demanda por energia tornou-se crítica. Sistemas de processamento submarino e linhas aquecidas, por exemplo, exigem mais energia do que muitas vezes pode ser fornecida por um FPSO. Além disso, a transição energética demanda uma redução no uso de combustíveis fósseis para geração de energia. A inovação em geração de energia submarina pode desbloquear novas soluções tecnológicas para sistemas de tieback e processamento subsea, promovendo redução de custos, eficiência energética, descarbonização e flexibilidade nos layouts operacionais. Espera-se que soluções inovadoras abordem essas necessidades, oferecendo alternativas sustentáveis e eficientes.- Desafio 22: Novas Tecnologias de Armazenamento de Energia e Desenvolvimento de Cadeia Nacional de Fornecimento
A geração de energia a partir de fontes renováveis, como fotovoltaica e eólica, tem avançado rapidamente, oferecendo eletricidade de baixo custo e reduzindo a pegada de carbono. No entanto, a intermitência e as flutuações no fornecimento são desafios significativos. Tecnologias de armazenamento de energia e sistemas de backup são frequentemente usados para complementar períodos de oferta insuficiente. No contexto offshore, as energias renováveis do oceano, como eólica e marinha, enfrentam os mesmos problemas de sazonalidade e intermitência. É crucial combinar essas fontes com sistemas de estabilização para garantir um fornecimento contínuo de energia para plataformas e sistemas submarinos. As soluções atuais, como a conexão ao grid onshore ou o uso de baterias, células de combustível e reatores nucleares, ainda estão se desenvolvendo e têm altos custos. Há uma oportunidade para desenvolver tecnologias e soluções nacionais que ofereçam estabilidade e escalabilidade a custos competitivos. Por exemplo, um sistema desenvolvido localmente poderia permitir a conexão eficiente de um campo de petróleo a um parque eólico offshore, fornecendo uma solução robusta e integrada para garantir energia contínua e sustentável para plataformas. Além disso, com um olhar mais amplo, a produção de baterias e seus componentes não acontece nacionalmente, trazendo problemas como: falta de homologação, logística e custos.- Desafio 23: Novas Tecnologias em Energia Solar e Eólica para Aumento de Eficiência
Energia solar e eólico estão em constante evolução e são excelentes alternativas para produção de energia limpa e sustentável. Porém, são comuns desafios relacionados a redução de custos, durabilidade e circularidade dos materiais (extração, fornecimento e reciclagem). Buscam-se soluções que possam reduzir os custos destas alternativas, conceder melhoramento de performance e vantagens no processo posterior de reciclagem.- Desafio 24: Recuperação de Metais Estratégicos
Diversos são as matérias primas que podem ser recuperadas e contribuir para a transição energética mais sustentável. Esses materiais estão presentes em diversas etapas do processo de exploração e produção O&G. Exemplos de metais com valor agregado são: prata, cobre, índio, gálio, telúrio, cádmio e lítio.- Desafio 25: Melhoramento da Saúde do Solo e Aumento da Disponibilidade de Biomassa para Produção de Biocombustíveis
No Brasil, a produção de biomassa para fins energéticos tem apresentado crescimento limitado, com uma média anual de apenas 1,4% entre 2015 e 2018. Esse cenário é agravado pelo impacto negativo das práticas de cultivo intensivo sobre a qualidade do solo, reduzindo sua capacidade de retenção de água e afetando o desenvolvimento das plantas. Para reverter essa situação, é essencial implementar sistemas de cultivo mais sustentáveis que melhorem a estrutura do solo e aumentem o teor de matéria orgânica. Adicionalmente, a viabilidade de rotas de biocombustíveis enfrenta o desafio de assegurar um feedstock que não concorra com a cadeia alimentar. É necessário garantir que as espécies utilizadas sejam adaptáveis e viáveis em diferentes condições, sem comprometer a oferta alimentar.- Desafio 26: Aproveitamento de Calor para Aumento da Eficiência de Processos e Produção de Energia
Um dos principais desafios no desenvolvimento de ferramentas para o aproveitamento de calor perdido em operações de exploração e produção de petróleo é a eficiência na recuperação desse calor residual. Frequentemente, o calor gerado durante processos industriais é dissipado no ambiente, resultando em significativa perda de energia que poderia ser reaproveitada. Espera-se uma solução energética eficiente e sustentável, com impacto ambiental reduzido e operação sem emissões de CO2. - Transformação digital
- Desafio 27: Desenvolvimento de uma Central de Operação do Sistema Elétrico Brasileiro e Ferramenta de Análise de Dados de Sistemas Futuros
A segurança energética é essencial para a sustentabilidade e resiliência dos sistemas elétricos, especialmente com a crescente integração de fontes alternativas, como solar e eólica, que apresentam intermitência. Atualmente, os sistemas de operação enfrentam dificuldades no gerenciamento eficiente de dados em tempo real e na análise preditiva, o que compromete a tomada de decisões rápidas e informadas. A falta de uma base de dados consolidada e ferramentas analíticas avançadas prejudica a otimização do armazenamento de energia e a estabilidade da rede, resultando em riscos de falhas e ineficiências operacionais. Este desafio busca desenvolver ferramentas automáticas que utilizem dados públicos atualizados continuamente, permitindo decisões mais precisas na compra e venda de energia. Essas ferramentas proporcionarão uma visão detalhada e em tempo real do sistema elétrico, melhorando a eficácia das decisões operacionais e estratégicas e garantindo a relevância e precisão das análises e insights gerados.- Desafio 28: Tecnologias para Execução e Operação de Projetos e Ativos Solares e Eólicos
Atualmente, a integração de tecnologias de ponta para o projeto, design, instalação e gestão de ativos solares e eólicos é fundamental para assegurar a rentabilidade de fontes alternativas de produção de energia. Por isso, são necessárias soluções que permitam o desenvolvimento de técnicas e serviços de O&M que permitam reduzir o LCOE das tecnologias e tornar estas fases seguras, eficientes e necessária garantia de qualidade.- Desafio 29: Uso de IoT para Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis
A medição remota da qualidade e integridade de cargas e bateladas de combustíveis e lubrificantes seriam úteis para controlar modificações ou desvios de qualidade e especificações de produtos energéticos.- Desafio 30: Inovações para Monitoramento do Abastecimento de Combustíveis
A imprevisibilidade de ameaças ao abastecimento de combustíveis, como desastres naturais, movimentos sociais, atividade criminosa e crises de saúde pública, destaca a necessidade de sistemas logísticos mais resilientes. Apesar dos avanços no monitoramento de estoques, as informações sobre o fluxo de combustíveis ainda são compartilhadas de forma pouco sistemática, criando uma oportunidade para inovação. Soluções inovadoras devem integrar tecnologias como sensoriamento remoto, IoT, blockchain e digital twins para otimizar a gestão logística. Espera-se que essas soluções melhorem a eficiência, reduzam o tempo de resposta a crises, minimizem desvios e roubos de carga, e diminuam custos operacionais. Incentivar inovações no downstream é crucial para promover maior competitividade em um setor com baixa diferenciação de produto.- Desafio 31: IA e Blockchain para Rastreabilidade da Cadeia de Valor de Biocombustíveis
Nos dias de hoje, a valorização de resíduos baseada em inteligência artificial assim como sensores para a produção de biocombustíveis ainda é escassa. Por questões regulatórias, operacionais e de negócio, torna-se importante encontrar soluções que permitam fazer a rastreabilidade de toda a cadeia de valor, espacialmente de feedstocks.- Desafio 32: Medição Virtual de Vazão em Cenários de Apropriação de Petróleo e Gás Natural
Sistemas convencionais de medição usados no desenvolvimento de campos maduros ou marginais, como tie backs, muitas vezes requerem altos investimentos e não são viáveis em todos os casos. Este desafio visa o desenvolvimento de ferramentas, como softwares avançados, combinados com simulações e equipamentos de medição, que proporcionem medições confiáveis e precisas, reduzindo a necessidade de sistemas tradicionais. Espera-se que essas soluções inovadoras possam determinar com precisão os volumes apropriados de petróleo e gás, bem como o potencial de produção de cada poço, viabilizando a exploração e desenvolvimento econômico desses campos.- Desafio 33: Digitalização do Processo de Medição Fiscal
Usualmente o processo de medição fiscal envolve vários diferentes stakeholders, assim como, várias verificações para assegurar a lisura e acurácia do processo. Este processo é fundamental para assegurar aspectos regulatórios, tributários, divisão de Royalties, entre outros aspectos cruciais no processo de medição fiscal e apropriação da produção de campos de petróleo e gás. Todas as operadoras de petróleo presentes no país são obrigadas a realizar medições em acordo com a regulamentação e, hoje, ainda existe muita tarefa manual/ realizada neste processo. Assim, a digitalização do processo como um todo, de forma padronizada em um esforço multioperador pode trazer ganhos a todos os stakeholders envolvidos e à indústria de petróleo e gás no Brasil.- Desafio 34: Desenvolvimento de Sistemas de Conectividade Submarinos com Foco em Segurança e Interoperabilidade
O desenvolvimento de sistemas de conectividade subsea, que permitam a implementação de IoT em operações submarinas, está ganhando força entre operadores e Joint Industry Projects (JIPs). No entanto, a ausência de padronização de protocolos de comunicação, interfaces e práticas de segurança cibernética representa um grande obstáculo para a interoperabilidade e segurança desses sistemas. Com a crescente necessidade de sistemas integrados e seguros, surge a oportunidade de desenvolver soluções que contemplem esses requisitos e que possam ser utilizadas por diversos operadores. A proposta é criar soluções para sistemas submarinos nacionais, com alinhamento multioperador e envolvimento da ANP, assegurando que os protocolos de comunicação e cibersegurança estejam alinhados com as melhores práticas do setor.- Desafio 35: Eletrificação Industrial: Sistemas para Controle e Monitoramento de Processos
A eletrificação industrial é crucial para a modernização das indústrias e para a redução de impactos ambientais, uma vez que tem como foco descarbonizar o calor das indústrias (aço, vidro, cimento etc.) utilizando fornos de arco elétrico que podem ou não ser complementados com fontes alternativas, como hidrogênio. Para o controle e garantia de eficiência desses processos, serão necessárias ferramentas digitais e softwares para monitoramento contínuo.- Desafio 36: Sistema Inteligente com Reconhecimento de Voz para Otimização de Processos em Laboratório
Na indústria de O&G são realizadas diversas análises cotidianas em laboratórios. Essas análises precisam estar de acordo com normas e legislações e muitas vezes essas informações estão dispersas em vários sistemas. Além disso, é comum receber visitas e auditorias nacionais e internacionais, além de novos técnicos- Desafio 37: LabGenius: Sistema para Tratamento de Dados de Análises de Equipamentos de Laboratório
A maioria das análises cotidianas realizadas em laboratório dependem da interpretação manual de técnicos. A possibilidade de utilizar ferramentas digitais, como machine learning, apresenta um grande potencial para otimização desses processos, a partir da interpretação e integração de resultados de análises, como cromatografia e "spot tests".- Desafio 38: Sistema Inteligente para Balanço Hídrico Global em Tempo Real e Detecção de Perdas
As refinarias são intensivas no uso da água, em especial para os sistemas de resfriamento. Entretanto, o acompanhamento dos consumos de água e o controle de eventuais perdas não é realizado de forma contínua. Isso impede agilidade nas ações de mitigação de perdas, assim como no aumento da eficiência no consumo de água.- Desafio 39: Desenvolvimento de Metodologia para Avaliação da Integração entre as Camadas de Otimização da Pirâmide de Automação
Hoje, o refino possui diferentes soluções digitais com foco em otimização que olham para problemas, escopo e escala de tempo diferentes. Essas soluções precisam estar integradas em tempo real, de forma a tornar o processo decisório das Unidades de processo mais assertivo. Em outras palavras, as decisões do planejamento da produção que olham todo o parque de refino e tem horizonte de médio prazo precisam chegar até o operacional da planta de forma mais eficiente via uma integração entre as soluções digitais que carregam a informação desde o plano estratégico até o operacional.- Desafio 40: Soluções Digitais para Manutenção Preditiva Visando Integridade contra Corrosão e Incrustações de Equipamentos Offshore
A integridade dos equipamentos offshore na indústria de petróleo e gás enfrenta desafios significativos, como corrosão, desgaste, falhas mecânicas e incrustações, devido às condições adversas do ambiente marinho. Esses problemas afetam diversas partes das instalações, como plataformas e tubulações, gerando riscos de vazamentos de óleo, acidentes, interrupções na produção e altos custos de reparação. Atualmente, medidas preventivas como o uso de materiais resistentes à corrosão, inspeções regulares e proteção contra incrustações são adotadas para mitigar esses efeitos, mas continuam a representar uma ameaça à segurança e à operação contínua. Este desafio busca soluções inovadoras para melhorar o monitoramento e prevenção de falhas devido a corrosão e/ou incrustações.- Desafio 41: Previsão Avançada de Estados de Transição Química com IA
Os estados de transição são essenciais para entender reações químicas e redes de reações para gás natural liquefeito (GNL), captura e armazenamento de carbono (CCS) e descobertas de materiais avançados. Vários métodos computacionais avançados foram propostos para simular de maneira eficaz as trajetórias moleculares das reações químicas. No entanto, devido aos enormes custos computacionais, os resultados estão longe de serem precisos e ainda dependem fortemente da teoria clássica. A nova tecnologia permitirá a previsão precisa das estruturas de estado de transição de reações químicas em fase gasosa utilizando inteligência artificial. Este é um avanço em termos de velocidade, precisão e custo.- Desafio 42: Criação de Dados Sintéticos Realistas para Modelagem de IA em Cenários de Dados Escassos
A transformação digital na indústria de energia está restrita pelo sucesso das novas tecnologias introduzidas para resolver problemas complexos e difíceis. Na maioria dos casos, soluções personalizadas são desenvolvidas para abordar etapas específicas em um grande fluxo de trabalho. Há uma necessidade urgente de adotar agentes de IA multifacetados, capazes de incorporar informações de diversos domínios para tomar decisões onde os dados são limitados. Isso cria uma oportunidade para adotar uma abordagem de IA de fusão, que evolua além dos dados atuais para incluir atributos realistas em dados sintéticos. Esta abordagem visa resolver questões do mundo real, considerando decisões técnicas, econômicas e de segurança no design e na implementação.- Desafio 43: Simulação e Modelagem Inversa por IA de Grandes Sistemas Físicos
A compreensão profunda do comportamento de grandes sistemas físicos dinâmicos (por exemplo, reservatórios, biomas orgânicos etc.) é crucial para gerenciar de forma segura e econômica a vida útil dos recursos. A solução esperada é um novo produto que possa ser oferecido como uma solução independente ou como um serviço. Existe um incentivo lucrativo para gerar receita ao oferecer as soluções desenvolvidas para consumo como um serviço por diversos clientes.- Desafio 44: MRV de Carbono: Ferramentas para Monitoramento e Verificação em Escala
O MRV (Mensuração, Report e Verificação) é uma solução essencial para garantir a eficácia e a credibilidade das iniciativas de captura de carbono e soluções baseadas na natureza (SBNs), atendendo à crescente necessidade de ferramentas que permitam monitorar e relatar com rigor as emissões evitadas ou capturadas. Mitigar as mudanças climáticas é um dos maiores desafios globais atuais, e a implementação de soluções eficazes de MRV é vital para a transição para uma economia de baixo carbono. O desafio proposto é de importância estratégica por várias razões, como credibilidade e transparência no mercado de carbono, cumprimento de metas climáticas e regulamentares e apoio à inovação tecnológica e competitividade econômica.- Desafio 45: Tecnologias que Permitam Operações Submarinas Autônomas
A indústria de petróleo e gás enfrenta desafios significativos para manter operações subaquáticas eficientes e sustentáveis, especialmente em termos de segurança humana e desempenho operacional. Ao minimizar a intervenção humana, essas tecnologias avançadas não apenas reduzem o risco para os recursos humanos, mas também melhoram a precisão e a velocidade da coleta e análise de dados em ambientes subaquáticos. Além disso, esses sistemas são projetados para operar com supervisão humana mínima, reduzindo significativamente o potencial de erro humano e permitindo o monitoramento e controle contínuos.- Desafio 46: Compartilhamento e Integração Direta de Dados entre Parceiros de um Consórcio
Centenas de documentos técnicos e nãos técnicos, com dados estruturados e não estruturados, são trocados com diferentes formatos e frequências entre os parceiros de um campo de petróleo. A empresa operadora do campo precisa disponibilizá-los de forma online, seja por e-mail ou por um sistema web, onde seus parceiros fazem o download dos arquivos, na maioria dos casos manualmente, e armazenam em suas bibliotecas internas. Tal processo acarreta num alto investimento de tempo dos colaboradores para extraírem as informações; arquivos são duplicados gerando o risco de confiabilidade da informação mais atualizada para tomadas de decisão; e a dificuldade de automação de relatórios devido à falta de dados estruturados e mudança constante de templates.- Desafio 47: Implementação de Tecnologias Digitais para Otimização de Manutenções Corretivas e Preventivas
A manutenção de ativos offshore é tradicionalmente baseada em abordagens corretivas e preventivas, o que pode resultar em falhas inesperadas ou manutenções desnecessárias. Tecnologias digitais, como gêmeos digitais, IA, Machine Learning e IoT, oferecem uma solução mais eficaz ao permitir uma manutenção preditiva e baseada em condições reais. A integração de dados em tempo real, combinada com análises avançadas, pode prever falhas antes que ocorram, otimizando a confiabilidade e disponibilidade dos equipamentos. O mesmo acontece em plantas de biocombustíveis, onde essas manutenções podem ocasionar abaixo na produtividade e eficiência das plantas. - Impacto ESG na geração de energia e produção de combustíveis
- Desafio 48: Acompanhamento do Processo de Gerenciamento de Resíduos de Perfuração
Essa oportunidade de gerenciamento de resíduos diz respeito principalmente aos fluidos de perfuração e cascalhos gerados em operações de perfuração offshore, que requerem tratamento e monitoramento rigoroso para cumprir as regulamentações do IBAMA. No processo de monitoramento de resíduos existente, não há um sistema automatizado ou integrado em vigor, e essa lacuna abre uma boa oportunidade para uma solução que gerencie os resíduos de forma mais eficaz. O processo de gerenciamento de resíduos envolve múltiplas partes interessadas, incluindo a empresa que gera os resíduos, transportadoras, instalações de tratamento e agências ambientais que monitoram as quantidades e a disposição dos resíduos.- Desafio 49: Analisador Online de TOG (Teor de Óleos e Graxas) para Descarte de Água Produzida.
O descarte de água produzida, seja no mar ou em rios, exige que o teor de óleos e graxas tenha um limite, que atualmente é determinado com dias entre a coleta e o resultado. Deste modo, é necessário que possa ser utilizado um sensor online que possa ser confiável pelo órgão regulador ambiental, e com isso seja decido pelo não descarte de modo imediato.- Desafio 50: Inovação em Segurança Operacional para Instalações de Produção de Hidrogênio de Baixo Carbono
A produção de hidrogênio de baixo carbono acabou de ser normatizada por lei e será de atribuição da ANP e regulação de Segurança Operacional. Nessa seara, a produção de hidrogênio apresenta alto riscos, pois possui alta faixa explosividade e sua chama é invisível, requerendo o desenvolvimento de sistemas e equipamentos de segurança específicos e adequados às especificidades deste energético.- Desafio 51: Fontes Alternativas ou Novas Soluções para a Oferta de Biometano
O projeto de Lei nº 528/2020 propõe que produtores e importadores de gás natural adquiram uma quantidade mínima de biometano em relação ao volume de gás natural que vendem ou consomem. Se aprovado, a oferta atual de biometano no mercado nacional pode não ser suficiente para atender a essa demanda, resultando em preços elevados e potencial escassez do combustível. O desafio é identificar e desenvolver soluções para aumentar a oferta de biometano, garantindo que a oferta atenda à nova regulamentação e que os custos permaneçam acessíveis. Isso pode envolver a otimização de processos de produção de biometano, expansão das instalações de biogás, e incentivo a novas iniciativas de geração de biometano a partir de resíduos orgânicos.- Desafio 52: Tecnologias de Impacto ESG com Base em Soluções NBS para Estudo e Quantificação de Carbono Aprisionado no Processo Produtivo
As tecnologias destinadas ao estudo e à quantificação do carbono que será aprisionado e mantido por meio do manejo de biomas, seja para o uso sustentável das florestas com madeira legalizada e certificada, seja para o uso sustentável da agroindústria, contribuirão para a redução dos custos tanto dos estudos quanto da manutenção do mercado de carbono. Caso uma área seja recuperada e absorva, ao longo de 10 anos, um total acumulado de 10 bilhões de toneladas de CO2, e considerando um valor, ainda que modesto, de 60 euros por tonelada de CO2, pode-se estimar que serão gerados 60 bilhões de euros em créditos de carbono.- Desafio 53: Geração de Energia a partir de Resíduos da Cadeia de Petróleo e Gás
Em um mundo que avança em direção à descarbonização e sustentabilidade, a indústria de petróleo e gás está pressionada a tornar suas operações mais ecológicas. Um desafio crucial é a gestão e aproveitamento dos resíduos gerados ao longo de sua cadeia produtiva. A transformação desses resíduos em energia pode contribuir significativamente para a sustentabilidade, reduzindo desperdícios e minimizando o impacto ambiental. Este desafio busca identificar e desenvolver sistemas para a geração de energia, em pequena, média ou larga escala, utilizando resíduos provenientes de processos industriais da cadeia de petróleo e gás. A solução deve focar na conversão eficiente de resíduos em fontes de energia, alinhando-se com os objetivos de redução de emissões e aumento da sustentabilidade operacional.- Desafio 54: Mitigação de Emissões de Metano e Gases Fugitivos nas Operações de Petróleo e Gás
As emissões de metano e outros gases fugitivos das operações de petróleo e gás representam um desafio ambiental significativo para alcançar as metas climáticas globais e para o cumprimento de regulamentações rigorosas. A identificação e tratamento de vazamentos, como em flanges e válvulas, por meio de tecnologias avançadas, são fundamentais para reduzir essas emissões indesejáveis. Soluções como câmeras infravermelhas, sensores a laser e drones equipados com detectores de metano oferecem alta precisão na detecção de vazamentos. Métodos eficazes de reparo, como a substituição de componentes defeituosos e a vedação de vazamentos, são essenciais para minimizar as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Além da detecção e reparo, a implementação de tecnologias de controle de emissões, como unidades de recuperação de vapor e sistemas de captura de metano, aliada à melhoria da eficiência operacional com manutenção e monitoramento contínuos, desempenha um papel vital na eliminação dessas emissões, trazendo grandes ganhos ambientais e operacionais para a indústria de petróleo e gás.- Desafio 55: Bioconversão de CO2 em Produtos como Etanol e Metanol
A conversão de CO2 em produtos como etanol é crucial para reduzir emissões de CO2 fósseis e promover a descarbonização de setores difíceis de descarbonizar. A abordagem biotecnológica, embora energeticamente mais eficiente, enfrenta desafios significativos. A baixa eficiência de conversão se deve às limitações do metabolismo dos microrganismos naturais e à complexidade da fermentação de gás. Apesar de propostas de otimização na literatura, faltam dados experimentais que comprovem a eficácia de linhagens geneticamente modificadas comparadas às naturais. A oportunidade de inovação está em desenvolver rotas de conversão do gás carbônico em produtos de valor agregado, como etanol e metanol, a partir de rotas de conversão química ou biotecnológicas.- Desafio 56: Tecnologias Avançadas para Monitoramento e Controle de Emissões de Gases de Efeito Estufa
A redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE), como dióxido de carbono e metano, é essencial para combater as mudanças climáticas. O metano, com alto potencial de aquecimento global, requer atenção especial. Empresas de óleo e gás precisam identificar e quantificar vazamentos de GEE para reparar e mitigar essas emissões. Informações precisas sobre emissões e intensidade de GEE serão cruciais para as reduções globais nas próximas décadas. Embora haja avanços em medição e monitoramento de GEE (MMRV) e tecnologias de detecção e reparo de vazamentos (LDAR), ainda há lacunas tecnológicas no Brasil, especialmente em soluções de baixo custo e em grande escala para ambientes offshore. O desenvolvimento de sensores remotos, por exemplo, pode ser uma oportunidade crítica para aprimorar a detecção de GEE em operações marítimas.- Desafio 57: Gestão e Redução de Emissões de GEE nas Fases de Construção, Instalação e Operação Offshore
A redução de emissões de gases de efeito estufa (GHG) é fundamental nas fases de construção, instalação e operação das plataformas offshore para combater as mudanças climáticas e atender às regulamentações ambientais. O problema é mais evidente durante a construção e instalação, onde a falta de supervisão adequada das emissões pode gerar impactos ambientais, problemas de saúde e prejuízos econômicos. Uma gestão eficaz requer colaboração entre diversos departamentos para garantir o monitoramento e controle dessas emissões. Além disso, é crucial implementar iniciativas para reduzir as emissões durante a operação, como a otimização e modernização de equipamentos em plataformas do tipo FPSO, assegurando uma operação mais sustentável e eficiente. - Confiabilidade de sistemas, segurança operacional e proteção ambiental
- Desafio 58: Rastreabilidade Avançada e Automatizada para Vasilhames de GLP
A distribuição de GLP, utilizado em 95% das residências brasileiras, enfrenta barreiras relacionadas à exigência de vasilhames com marcas estampadas, limitando a entrada de novos agentes no mercado. O modelo atual, que garante segurança apenas por meio da marca no recipiente, impede a inovação e a competitividade. A proposta é desenvolver uma tecnologia de rastreamento que permita novos modelos de negócio, com segurança aprimorada e custos logísticos mais baixos, resultando em uma possível redução de preços para consumidores residenciais, comerciais e industriais. Isso pode ampliar o acesso ao GLP, especialmente para a população de baixa renda, e promover uma transição mais sustentável, considerando que o GLP, embora não renovável, tem uma queima mais limpa e eficiente em comparação com a lenha.- Desafio 59: Gamificação para Treinamentos de Segurança Operacional com Uso de Técnicas Computacionais
A realização de treinamentos de segurança operacional em forma de "vídeo games" possibilita uma forma amigável e agradável de treinar pessoas com relação a aspectos de segurança operacional, saúde e meio ambiente, assim como, permite simular cenários, assim como, ações e reações, impactos e resposta do sistema para decisões tomadas por aqueles que estão sendo treinados. Podendo-se estender para simulações de respostas a emergência ou outros de forma de jogos, simulando cenários, correntes de vento, correnteza, maré, umidade ou outros fatores que se pensem ser importantes para os cenários simulados.- Desafio 60: Proteção Contra Corrosão em Tubulações e Estruturas Offshore de Geometrias Complexas
O ambiente agressivo offshore junto a fluidos com contaminantes corrosivos faz com que corrosão seja um dos grandes desafios na gestão de integridade de ativos offshore. Além disto, algumas estruturas e tubulações offshore se encontram em áreas de difícil acesso ou possuem geometrias complexas, dificultando inspeção e proteção contra corrosão. Desta forma, soluções que buscam o tratamento, pintura e/ou proteção de tubulações e estruturas em áreas de difícil acesso ou geometrias complexas são soluções extremamente bem-vindas para a indústria.- Desafio 61: Fibras Óticas para Monitoramento Avançado em Operações Offshore
O uso de fibras óticas no gerenciamento de operações de óleo e gás é uma tecnologia inovadora que contribui significativamente para a confiabilidade dos sistemas, a segurança operacional e a proteção ambiental. As fibras óticas permitem a transmissão de dados em alta velocidade e com alta precisão ao longo de grandes distâncias, o que é crucial para monitorar e controlar as operações em ambientes desafiadores e muitas vezes remotos, como plataformas offshore. A utilização de fibra ótica para o monitoramento de linhas flexíveis offshore representa um avanço significativo na tecnologia de sensores e monitoramento.- Desafio 62: Criação de um mini laboratório de Campo Capaz de Realizar Análises Ambientais em Tempo Reduzido
Várias análises de rotina são realizadas pelas empresas, o que expõe muitos colaboradores na coleta amostras em locais de difícil acesso, próximo a plataformas offshore e rios. Além disso, as amostras correm risco de perda no transporte. Algumas situações de emergência precisam de resultado imediato para pronta resposta da companhia, caso não estejam de acordo com normas previstas na Conama 357, por exemplo.- Desafio 63: Implementação de Nanosensores para Mapeamento de Pluma de Dispersão de Água Produzida em Tempo Real
Indicar antecipadamente situações de potencial risco ambiental e operacionais, como por exemplo, presença em níveis superiores de íons metálicos (V, Ni, Hg e Ba), materiais orgânicos (BTEX, HPA e TOG), entre outros.- Desafio 64: Miniaturização de Sensores para Monitoramento da Fauna
As atividades da indústria de óleo e gás offshore exigem o monitoramento contínuo da megafauna marinha, como mamíferos, tartarugas e aves. No entanto, as metodologias atuais apresentam dificuldades na localização e registro contínuo desses animais, prejudicando o estudo de sua distribuição espacial e comportamento. A telemetria, tecnologia que monitora remotamente indivíduos ou populações, é fundamental para superar essas limitações, mas enfrenta desafios em relação à miniaturização de sensores para espécies específicas, como sirênios e aves marinhas. As atuais demandas tecnológicas, especialmente quanto à eficiência energética e adequação biológica, criam uma oportunidade significativa para o desenvolvimento de novos sensores de telemetria que possam atender de forma eficaz a essas necessidades, contribuindo para a inovação no monitoramento da biodiversidade marinha.- Desafio 65: Tratamento da Água Produzida Durante o Processo para Descarte Adequado
A água produzida junto com o petróleo representa um desafio significativo para a indústria offshore, devido à necessidade de tratamento antes de seu descarte no mar (Conama n°393/2007). O processo é complexo e apresenta altos custos operacionais, o que pode impactar diretamente a viabilidade financeira das operações. Além disso, a falha em tratar adequadamente essa água pode resultar em sérios impactos ambientais, prejudicando a vida marinha e comprometendo a conformidade com regulamentações ambientais. A falta de capacidade adequada para o tratamento gera riscos adicionais, tanto financeiros quanto operacionais, exigindo soluções inovadoras para otimizar os processos de descontaminação, reduzir custos e garantir a sustentabilidade ambiental das operações.- Desafio 66: Prevenção Avançada de Incêndio e Explosão
A prevenção de incêndios e explosões na indústria de petróleo e gás é crucial para garantir a segurança dos trabalhadores e a integridade das instalações. Uma das principais medidas preventivas é a implementação de sistemas de detecção e alarme de incêndio, que permitem a identificação rápida de qualquer sinal de fogo ou vazamento de gás. Além disso, é essencial realizar inspeções regulares e manutenção preventiva dos equipamentos, garantindo que estejam em perfeito estado de funcionamento. O treinamento contínuo dos funcionários sobre procedimentos de segurança e resposta a emergências também é fundamental para minimizar riscos.
Outra estratégia importante é a adoção de tecnologias avançadas, como sistemas de supressão de incêndio automáticos e o uso de materiais resistentes ao fogo nas construções. A criação de zonas de segurança e a implementação de barreiras físicas podem ajudar a conter possíveis incêndios e explosões, evitando que se espalhem para outras áreas.- Desafio 67: Captura e Compartilhamento de Lições Aprendidas Geradas Após Incidentes de Segurança na Indústria
Segurança é um aspecto prioritário na indústria e reconhecidamente um tema que possui mais abertura das empresas compartilharem suas dores, aprendizados e buscarem melhoria contínua. Apesar das empresas buscarem construir repositórios privados de lições aprendidas mais digitais e de fácil acesso para seus colaboradores, a forma que a indústria troca lições entre empresas ainda é ultrapassado.
Geralmente, as empresas são obrigadas a apenas reportar para órgãos reguladores seus incidentes, mantendo um nível superficial sobre os resultados de investigações, suas causas e ações corretivas ou mitigadoras. Quando parceiros atuam de forma proativa para maior aprofundamento, promovem workshops entre seus times, mas as informações trocadas não são consolidas em um produto estruturado e perene criado colaborativamente para ser usado nos projetos futuros por todos os agentes da indústria.
Participantes
As oito empresas de energia participantes da primeira edição do NAVE são: Petrogal Brasil, TotalEnergies, China National Petroleum Corporation (CNPC), Shell, ExxonMobil, Equinor, Repsol Sinopec e Petrobras. Para a primeira edição do Programa, cada empresa participante aportará o volume financeiro global de R$ 3,5 milhões.
Tire suas dúvidas
- 1) Como me inscrevo no programa?
Para se inscrever no NAVE, basta preencher o formulário de inscrição disponível nesta página dentro do período estipulado no regulamento do programa.
- 2) Posso me inscrever para mais de um desafio?
Sim. A startup pode se inscrever para quantos desafios possuir aderência. Porém, pode submeter uma única proposta para cada desafio.
- 3) Empresas de qualquer porte podem participar do Programa?
Não. Podem participar do NAVE organizações empresariais ou societárias, nascentes ou em operação recente, cuja atuação caracteriza-se pela inovação aplicada a modelo de negócios, produtos ou serviços ofertados, nos termos da Lei Complementar nº 182, de 1º de junho de 2021.
- 4) São apoiadas propostas de soluções já disponíveis no mercado?
A solução deve representar uma introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo e social, decorrente da realização de atividade de pesquisa e desenvolvimento, que resulte em novos produtos, serviços ou processos ou na agregação de novas funcionalidades ou características a produtos, serviços ou processos já existentes, gerando melhorias e ganho de qualidade ou desempenho.
- 5) O NAVE é um programa de aceleração?
Não. O NAVE é um programa de conexão com startups, com o objetivo de solucionar desafios comuns do setor de energia.
- 6) Quais são as etapas do NAVE?
Publicação da Chamada
25/09/2024 às 14h
Prazo final para submeter as inscrições via formulário
22/11/2024 às 22h
1ª fase de seleção
Segunda quinzena de novembro
2ª fase de seleção
Entre a última quinzena de novembro e segunda quinzena de dezembro
3ª fase de seleção
Segunda quinzena de dezembro
Divulgação do resultado preliminar
20/12/2024 às 17h
Prazo máximo para solicitação da interposição do recurso
Até 20 dias corridos após a divulgação do resultado preliminar
Resultado final
Segunda quinzena de janeiro
Contratação
Entre fevereiro e março de 2025
Acompanhamento
A partir de abril de 2025
- 7) Quais são os critérios de seleção para participar do NAVE?
Basta que a startup se enquadre na seguinte definição: organizações empresariais ou societárias, nascentes ou em operação recente, cuja atuação caracteriza-se pela inovação aplicada a modelos de negócios ou a produtos ou serviços ofertados, conforme estabelecido na Lei Complementar nº 182/2021, e seus critérios de enquadramento.
As propostas submetidas pela startup serão avaliadas de acordo com os seguintes critérios:
Fase 1:
- Coerência do escopo da proposta e do valor solicitado
- Nível de aderência ao desafio proposto
- Competência/Experiência da equipe
- Maturidade tecnológica e Maturidade empresarial
- Viabilidade Técnica e Escalabilidade
- Viabilidade Econômica e Potencial de Mercado
- Grau de Inovação/ Ineditismo
- Interação com ICT
Fase 2:
- Coerência do escopo proposto e do valor solicitado
- Entregáveis claros e de acordo com o desafio
- Descrição de equipe e infraestrutura necessárias
- Detalhamento das fases e cronograma de desembolso
- Diversificação do orçamento
- Viabilidade econômica do projeto
Fase 3:
- Due Dilligence
Mais detalhes constam no Edital de Chamamento Público. - 8) Há um número fixo de startups a serem selecionadas?
Não. O Comitê Gestor do NAVE irá avaliar a atratividade de cada oportunidade e priorizar conforme a aderência ao desafio, a disponibilidade de recursos e o potencial de impacto das soluções propostas.
- 9) Como é composto o Comitê Gestor do NAVE que atuará na seleção das startups?
O Comitê Gestor consiste em grupo de apoio técnico formado por especialistas que opinarão sobre a qualidade técnica das propostas apresentadas pelas startups. O Comitê será formado por pelo menos um representante da entidade gestora (Fundep) e de cada uma das empresas petrolíferas participantes. A ANP exercerá o papel de consultora, integrando as reuniões e demais atividades do Comitê.
- 10) O programa acontecerá de forma presencial ou remota?
O programa tem âmbito nacional, podendo a startup estar localizada em qualquer cidade do país. A startup selecionada poderá ser convocada para uma apresentação presencial do projeto em até 30 dias após a sua seleção. A etapa de encerramento ocorrerá preferencialmente em modo presencial.
- 11) Preciso entregar a propriedade intelectual da solução?
Não. A Resolução ANP nº 918/2023 estabelece que, no caso de haver registro de propriedade intelectual resultante de projeto realizado com recursos da cláusula de PD&I, este deverá ser garantido aos executores do projeto, conforme fixado em contrato.
- 12) Vou ter que ceder equity da empresa?
Não, no NAVE não há equity como contrapartida de participação.
Caso tenha alguma dúvida adicional entre em contato pelo e-mail contato@nave.fundep.ufmg.br