Orientações para o envio do projeto de interpretação associado ao PAD ou ao RFAD, caso solicitado pela ANP
Formato de dados para envio do projeto de interpretação para a ANP
1. Neste documento define-se o formato de dados em meio magnético ou digital, referentes aos projetos de interpretação sísmica dos Planos de Avaliação de Descoberta (PAD). Os dados, se solicitados pela ANP, devem ser entregues preferencialmente via SEI ou via protocolo em mídia eletrônica (CD, DVD).
2. Um projeto é composto de dados sísmicos e outros atributos gerados (Ex. AVO, impedância sísmica, etc.), perfis de poços, interpretações de horizontes e falhas que possam subsidiar a análise deste projeto. Os dados enviados devem ser abrangentes (por exemplo, no caso de perfis, cobrindo as profundidades de interesse) e suficientes em área (por exemplo, no caso dos dados sísmicos) para prover um estudo satisfatório da descoberta. Os aspectos a seguir enumerados devem ser observados.
- As unidades devem estar no sistema SI (Sistema Internacional); caso contrário, deverão ser devidamente explicitadas.
- Os dados poderão ser gravados no próprio sistema de projeção utilizado para interpretação dos dados. Todavia, o sistema usado deverá ser devidamente documentado, conforme orientações descritas no item seguinte.
- Deverão acompanhar os dados em meio magnético ou digital, um arquivo (por exemplo, README.txt) e/ou documentação contendo os formatos e as informações básicas do projeto, sistema de projeção e demais parâmetros (itens a – l).
a) Sistema de Projeção:
- Datum;
- Meridiano Central;
- Elipsóide;
- Datum sísmico
b) Dados sísmicos:
- densidade de gravação dos dados;
- posição do byte do PT, CDP e coordenadas X e Y;
- Intervalo de Amostragem
c) No caso de 2D, informar:
- CDP e PT iniciais;
- tipo de formato do arquivo de navegação;
- tipo de arquivo de topografia (dados terrestres);
d) No caso de 3D, informar dados do grid:
- Inline Crossline e coordenadas de pelo menos 3(três) pontos do grid;
- CDP e Inline inicial e final;
- Incremento das linhas
e) Tipo de arquivo dos dados de velocidade de empilhamento
f) Formato dos horizontes, falhas e grids:
- Sistema de projeção (informado analogamente ao item (a) acima)
g) Dados de poços:
- Nome do poço;
- Lâmina de água;
- Coordenadas X e Y da base do poço e do fundo do poço;
- Sistema de projeção análogo ao item (a) acima;
- Tipo de formato das curvas;
h) Dados de Check shot e/ou VSP;
i) Dados de RFT
j) Dados de marcos estratigráficos e formações
l) Dados culturais
V. Os dados a serem gravados deverão seguir as orientações abaixo (itens 1 - 6).
1) Informações dos dados sísmicos
1.1) Informar o sistema de projeção dos dados sísmicos:
a) Projeção: por exemplo, UTM ou Polyconic - American;
b) Datum: por exemplo, SIRGAS 2000;
c) Meridiano central: por exemplo, – 39 ou - 54.00, no caso de coordenadas em projeção UTM ou policônica, respectivamente;
d) Elipsóide: por exemplo, South American 1969 (SAD 69), origem latitude = 0.0, False Easting = 5.000.000, False North = 10.000.000);
e) Datum sísmico, no caso de levantamento terrestre.
1.2) Formato do dado sísmico em SEGY, especificando:
a) Densidade de gravação dos dados: 8, 16 ou 32 bytes com integer ou floating point;
b) Posição do byte do PT (shot point), CDP e coordenadas X e Y.
c) Intervalo de amostragem (ms).
1.3) No caso de sísmica 2D, informar:
a) CDP e PT iniciais e finais, em formato ASCII;
b) arquivo de coordenadas de navegação, em formato ASCII ou UKOOA P1/90;
c) no caso de dados terrestres, fornecer o arquivo de topografia (x, y, altitude), em formato ASCII ou UKOOA P1/90.
1.4) No caso de dados 3D, especificar informações do grid, em formato ASCII:
a) Inline e crossline (CDP) e coordenadas X e Y de três dos quatro pontos (vértices) do levantamento;
b) CDP inicial e final; Inline inicial e final bem como incremento das inlines e crosslines.
1.5) Dados de velocidade de empilhamento (stack), devidamente referenciado às linhas sísmicas.
a) No caso de 3D, sugere-se enviar dados colunados com as seguintes informações:
- inline;
- crossline;
- coordenadas X e Y;
- tempo (ms);
- velocidade (m/s).
b) No caso de 2D, sugere-se enviar dados colunados com as seguintes informações:
- nome da linha;
- número do PT;
- coordenadas X e Y;
- tempo (ms);
- velocidade (m/s).
2) Informações de horizontes, falhas e grids
2.1) Sistema de projeção, datum, meridiano central, etc., análogo ao item 1.1.
2.2) No caso de saída Geoframe utilizar o formato *.ifdf para horizontes, falhas, contatos, etc.
2.3) No caso de saída de outro aplicativo, seguem abaixo as especificações:
- Horizontes e grids: devem ser enviados em formato ASCII incluindo X, Y e Z (para2D ou 3D)
- Falhas: devem ser enviados em formato ASCII contendo as seguintes informações:
- 1ª coluna: nome da survey (nome da área de levantamento);
- 2ª coluna: nome da linha 2D (no caso de linhas 2D);
- 3ª, 4° e 5° colunas: X, Y e Z , respectivamente;
- 6ª coluna: identificador do traço da falha (cada traço de falha apresenta um valor de identificação diferente, este valor, porém, é o mesmo para os pontos de um mesmo traço de falha. Ex.: 1, 2, 3, etc.)
Exemplo:
Survey linha(caso de 2D) X Y Z Identif.
Nome_Programa 02250010 650.000 7.500.000 2999 1
Nome_Programa 02250010 650.000 7.500.000 2999 1
Nome_Programa 02250011 650.000 7.500.000 2999 2
Nome_Programa 02250011 650.000 7.500.000 2999 2
3) Dados gerais dos poços
3.1) Apresentar em formato ASCII, as seguintes informações:
a) Sistema de projeção das coordenadas, datum, meridiano central, etc., análogo ao item 1.1;
b) Informar para cada poço: nome do poço; mesa rotativa (m); espessura da lâmina de água; coordenadas X e Y da base do poço; coordenadas X e Y do fundo do poço.
3.2) Apresentar polígono do contorno da(s) jazidas constatadas georreferenciadas exclusivamente ao datum SAD-69 geográfica em shapefile ou de acordo com o estabelecido no padrão ANP 4B.
3.3) Deverão ser informadas as curvas emendadas (splice curves), nos seguintes formatos possíveis: ASCII, LIS, DLIS ou LAS. No caso de formato ASCII, enviar segundo a especificação abaixo:
- 1ª coluna: profundidade medida (MD), em metros;
- 2ª coluna: caliper;
- 3ª coluna: raios gama (quando indisponível, substituir por SP - potencial espontâneo);
- 4ª coluna: resistividade profunda;
- 5ª coluna: sônico;
- 6ª coluna: densidade;
- 7ª coluna: neutrônico.
3.4) No caso de poço com desvio, informar desvio com relação à base do poço (dx e dy, em metros) referenciado à profundidade medida (MD) no formato DLIS, LIS,LAS OU ASCII;
3.5) No caso de existir dados de amarração (Ex. check-shot, VSP, etc.), a curva tempo versus profundidade deverá estar no formato ASCII. Deverá ser informada a coluna de profundidade medida (MD) e/ou TVD (verticalizada) e uma coluna de tempo simples (ms).
4) Dados de RFT
4.1) Quando disponível, apresentar em formato ASCII, as seguintes informações:
- 1ª coluna: profundidade medida (MD) do registro;
- 2ª coluna: pressão medida , em kgf/cm2;
- 3ª coluna: permeabilidade, se houver, em mD.
5) Marcos estratigráficos e formações
5.1) Quando disponível, apresentar em formato ASCII para cada poço, os principais marcos estratigráficos; topos e base das unidades litoestratigráficas e bioestratigráficas:
- nome do poço para o marco em questão;
- 1ª coluna: nome do marco ou da unidade;
- 2ª coluna: profundidade medida (MD), em metros;
6) No caso de informações de dados culturais:
6.1) Sistema de projeção, datum, meridiano central, análogo ao item 1.1.
6.2) Valores em X e Y e nome (somente na primeira linha para identificação do dado cultural).