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Representantes do setor mineral defendem estruturação e fortalecimento da ANM
Sousa: “É necessário valorizar as oportunidades dos minerais críticos”
Realizado nesta terça e quarta-feira (7/5 e 8/5) e organizado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o Seminário Internacional de Minerais Críticos e Estratégicos contou com a presença de autoridades, especialistas de diversos países e organizações. Nele, foram discutidos, dentre outros assuntos, a política mineral no futuro do Brasil e o potencial dos minerais críticos e estratégicos nas Américas. Além disso, autoridades concordaram e defenderam o fortalecimento da Agência Nacional de Mineração (ANM).
De acordo com o diretor-geral da ANM, Mauro Sousa, que participou da abertura do evento, é preciso ter um olhar especial para o tripé das instituições do setor público que trabalham com mineração: Agência Nacional de Mineração (ANM), Serviço Geológico do Brasil (SGB) e Centro de Tecnologia Mineral (CETEM). “A ausência de recursos materiais, humanos e orçamentários para essas instituições prejudica o crescimento e desenvolvimento do Brasil neste mercado mineral. O país precisa ter uma posição clara sobre o que quer, sobretudo na parte de minerais críticos. Este é um setor importante que contribui para o desenvolvimento econômico e social do país e para a qualidade de vida das atuais e futuras gerações.”, ressaltou.
O diretor-geral defendeu ainda que o país precisa construir uma política direta e objetiva para aproveitar as oportunidades dos minerais críticos, além de valorizar as instituições que querem promover a mineração segura e ética.
O presidente do Ibram, Raul Jungmann, também defendeu uma ANM mais forte e estruturada, e destacou que o setor mineral é um dos mais importantes do país, representando 4% do PIB. Segundo ele, o Brasil é uma potência agrícola que depende dos agrominerais importados, como potássio e fosfato, para manter a segurança ambiental. Complementou ainda que “A agenda dos minerais críticos também contribui para a manutenção e preservação da Floresta Amazônica, tendo em vista a defesa da mineração mais ética e sustentável”.
Ricardo Cappelli, presidente da Associação Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), destacou que a situação da ANM é dramática e reforçou necessidade de fortalecimento “É um problema do Brasil, há 213 mil processos aguardando análise e não tem pessoal, estrutura e orçamento para resolvê-los. Sabemos o que deve ser feito, mas não temos os meios.” Segundo ele, o debate diz respeito ao destino do Brasil e o país como um todo precisa estar atento.
O evento contou também com a presença de Silvia Cristina Alves França, diretora do CETEM, Francisco Valdir Silveira, diretor do SGB e o Deputado federal Keniston Braga (MDB).